quinta-feira, 14 de outubro de 2010

[À Descoberta de Vila Flor] Flashes do Outono (01)

Durante o mês de Setembro fiz várias saídas em bicicleta. Percorri muitos dos caminhos que já conhecia nas freguesias de Vila Flor, Samões, Carvalho de Egas, Valtorno, Seixo e Roios. Este retomar do BTT está a acontecer depois de mais de um ano de paragem e está a ser muito agradável.
Numa das minhas deslocações a Valtorno aproveitei para visitar alguns dos pontos onde fizemos limpeza de lixeiras clandestinas na iniciativa Limpar Portugal, que divulguei no blogue.
Grande parte dos espaços mantêm-se limpos, sinal de que há algum respeito, ou então ainda decorreu pouco tempo. A minha maior (e pior surpresa) aconteceu num caminho entre as freguesias de Valtorno e Seixo. Desse local retirámos várias camionetas de lixo, centenas de quilos de ossos e muitos monstros. O sítio ficou impecável. Qual não foi a minha surpresa quando deparo com um monte de lixo de todo o tamanho! Quem seria o civilizado que fez tal patifaria?
Tal como as imagens documentam, alguém depositou um atrelado completo de lixo. Armários, colchões, um fogão, panelas, etc. Tal quantidade de lixo é impossível passar despercebida e seria bom que a população e/ou os senhores presidentes de junta denunciassem estas situações.
Tenho percorrido caminhos de muitos concelhos no nordeste transmontano e em nenhum esta calamidade atinge tais proporções. Ainda recentemente numa caminhada que fiz na freguesia de Parambos (concelho de Carrazeda de Ansiães), encontrei junto à aldeia um local para os residentes depositarem os monstros que são posteriormente removidos por viaturas do município. Porque é que em Vila Flor não se faz algo semelhante?
Há imenso lixo ao longo das estradas e quando se sai para um caminho, as coisas ainda pioram. Não basta ter orgulho no nome VILA FLOR, há que fazer um esforço para que não só a vila, mas todo o concelho mereça esse nome. Infelizmente as coisas têm piorado.
Não tenho encontrado só coisas más. Este ano tem-se revelado bastante bom no que toca às produções agrícolas (o que não significa necessariamente lucro para os agricultores). Houve uma razoável produção de amêndoa e uma grande quantidade de uvas. Nalguns locais as videiras chegaram a tombar com o peso das uvas.
A vindima está quase a terminar (se não terminou já). A Adega Cooperativa de Vila Flor não abriu portas. Expirou. É pena que num concelho marcadamente vinícola esta estrutura desapareça. As iniciativas para a saldar as suas dívidas não tiveram sucesso uma vez que algumas instituições não quiseram assumir tal fardo.
Pela primeira vez participei na vindima e, imagine-se, pisei uvas como nos "velhos tempos".

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 10/14/2010 01:20:00 AM

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