terça-feira, 30 de julho de 2013

[À Descoberta de Montalegre] Abertura do Blogue

Albufeira do Alto Rabagão / Vilarinho de Negrões - Montalegre.
Para mim sair de casa de máquina fotográfica às costas para uma caminhada, já é motivo de entusiasmo, então sair À Descoberta de de um concelho no coração da região do Barroso foi uma sensação muito boa. O "projeto" já andava na minha cabeça há algum tempo, mas são tantas a belezas de Trás-os-Montes e Alto Douro para descobrir, que o tempo não chega para tudo.
Torre de menagem do castelo de Montalegre
O Blogue À Descoberta de Montalegre (todo o concelho) insere-se num projeto pessoal de descoberta, sobretudo pela fotografia, desta região chamada "Reino Maravilhoso". Iniciou-se há 9 anos no concelho de Miranda do Douro foi-se estendendo a outros concelhos, do distrito de Bragança, primeiro e agora alarga-se ao de Vila Real. O principal é descobrir e aprender sobre estes concelho: conhecer os seus monumentos, a sua fauna e flora; saber dos seus costumes; descobrir a sua gastronomia; conhecer os seus escritores, músicos, bandas ou ranchos. O projeto nunca será concluído, pois sempre haverá infindáveis coisas para descobrir.
Os Blogues estão a cair em desuso nesta era do Facebook. No entanto, a escrita, nem sempre fácil nem rápida, obriga a uma descoberta mais aprofundada, deixando também um registo mais duradouro ao contrário da volatilidade de outras plataformas virtuais tipo Facebook. Por isso vou fazer um esforço para deixar alguns testemunhos escritos.
Página no Facebook em parceria com este Blogue.
Paralelamente ao Blogue arrancou já alguns dias uma página no Facebook - Montalegre, concelho, onde partilharei as minhas fotografias mas também as de outras pessoas, ajudando, espero eu, a divulgar o concelho ao mesmo tempo que o vou descobrindo.
Acabei de passar alguns dias no concelho de Montalegre. Nunca tinha estado na vila e apenas tinha cruzado algumas estradas do concelho, muito poucas vezes. A única aldeia que conhecia era Fafião!
Rochedo em Fafião
Como apaixonado pela fotografia fui construindo uma imagem bastante positiva do concelho através de fotografias de outros aficionados (como o Ourigo = Carlos Gonçalves). Posso afirmar que as minhas expetativas não foram goradas. Apesar do Verão não ser a minha estação fotográfica preferida, tive oportunidade de apreciar muitas paisagens do concelho sob sol intenso, com nuvens e mesmo com chuva torrencial. Foi uma primeira abordagem que espero se venha a repetir no futuro, porque me sinto muito bem num ambiente natural como o que se vive em Montalegre. A paisagem é fantástica, as pessoas simpáticas, as aldeias acolhedoras e, para ajudar, não fica muito distante do local onde vivo atualmente (Vila Flor).
Espero vê-los por aqui mais vezes...

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Montalegre a 7/30/2013 11:42:00 AM

segunda-feira, 29 de julho de 2013

[A Linha é Tua] A paisagem também é Tua

Conservar uma paisagem longamente intervencionada, como é a do vale do Tua, implica conservar os processos que a construíram e mantiveram.
"Centremo-nos, por economia de argumentação, no Douro vinhateiro, património mundial. As intervenções a que hoje atribuímos este estatuto patrimonial não podem, em qualquer análise, ser consideradas como intervenções de pequena escala e respeitadoras da paisagem pré-existente.
A sedimentação das intervenções que resulta de um tempo longo, apesar da escala de intervenção gigantesca, leva-nos a aceitar mais facilmente estas alterações que outras mais pequenas, mas muito mais concentradas no tempo, como parques eólicos, barragens ou estradas.(…)
Quer sejam florestações extensas, largas urbanizações, barragens, esporões, estradas, parques eólicos, cortes de árvores, todos nós, quando não directamente envolvidos, sentimos uma perda, se, de repente, a paisagem que sempre nos pareceu imutável nos aparece alterada."(1)
Conservar uma paisagem longamente intervencionada, como é a do vale do Tua, implica conservar os processos que a construíram e mantiveram.
Vem isto a propósito da discussão sobre a barragem do Tua e das suas implicações na paisagem.
A paisagem do Tua é uma paisagem lindíssima que conheço de muitas vezes ter lá passado, em especial de comboio. Nas 14 horas que a viagem entre Bragança e Lisboa demorava foi muito o tempo que passei a olhar, fascinado, aquela paisagem em ruínas.
A paisagem do Douro vinhateiro também a conheço, incluindo de comboio. E olhar para essa paisagem, vibrante, cheia de actividade e com uma economia invejável, também me fascina.
Qualquer pessoa tem a percepção imediata e intuitiva da distância que vai da paisagem do Douro vinhateiro à paisagem do Tua.
O que digo acima não torna a paisagem do Tua irrelevante, que não é, mas coloca o problema da sua relevância patrimonial num patamar que vale a pena discutir.
Esses processos estão hoje mortos ou moribundos, ao contrário do que se passa no Douro vinhateiro. As pessoas emigraram, os cereais de Inverno desapareceram, o gado raramente se vê, os olivais estão abandonados, os amendoais fugidos e as hortas deixaram de ser fabricadas.
A opção não é pois entre conservar uma paisagem ou fazer uma barragem, mas a escolha entre um processo de evolução comandado pelo abandono ou outro processo de evolução assente numa barragem.
Não tenho posição definida sobre a barragem do Tua, ao contrário da do Sabor, que contesto. Mas gostaria de ver uma discussão séria e profunda sobre a paisagem do Tua, com base na sua história e no que se pode prever que seja o seu futuro, clarificando que valores sociais estão em jogo em cada uma das opções.
Infelizmente o que vejo é a paisagem ser usada como mais um pretexto para marcar a posição de cada um sobre a barragem.
A paisagem merecia bem mais que isso, porque não é um cenário, é um património vivo, constantemente em mutação, que reflecte grande parte da nossa identidade.
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(1) "Do tempo e da paisagem", Principia, 2010
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Publicada por Blogger às A Linha é Tua a 7/29/2013 11:49:00 AM

sábado, 27 de julho de 2013

[À Descoberta de Vila Flor] Só tu

Só Tu,
Nos dias infelizes,
Nas horas de Dor,
Quando no barco sem vela
Navegar em redor...
Quando, semi-nu,
Chorar o meu Destino
E ao vento ensinar
As covas do caminho...
A sós, no deserto,
Cruel e esmagado,
Olha-me com a piedade,
O amor e a doçura
Que na vida,
Fugida,
Me deste,
Só Tu...

Texto de Nascimento Fonseca*, publicada no jornal Mensageiro de Bragança, a 06-03-1970.
Fotografia: Estrada entre Carvalho de Egas e Samões

*José do Nascimento Fonseca nasceu no Nabo a 22-12-1940 e faleceu a 27-07-1983.

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 7/27/2013 06:00:00 AM

segunda-feira, 22 de julho de 2013

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Capela de S. Pedro - Parambos

S. Pedro tem direito a uma capela situada no lugar com o mesmo nome - S. Pedro, na freguesia de Parambos.
Existiu aqui em tempos um enorme negrilho, junto à capela e era um espaço privilegiado de encontro e festa da aldeia.
O que mais me chamou à atenção foi o bem cuidado jardim, repleto de lírios em flor, com flores coloridas de várias cores.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 7/22/2013 02:05:00 AM

[À Descoberta de Mirandela] A vitória da Alheira de Mirandela

A Alheira de Mirandela só pode ser produzida a partir de agora no concelho de origem, uma ambição antiga dos produtores locais que se concretiza com a atribuição de Indicação Geográfica Protegida (IGP) ao enchido tradicional.
O novo estatuto foi autorizado pela Comissão Europeia e confirmado pelo Governo português no despacho do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Gomes da Silva, publicado a 3 de Julho em Diário da República.
A partir de agora o nome Alheira de Mirandela é de uso exclusivo dos produtores do concelho, como Pedro Caldeira, que vê nesta certificação "uma mais-valia para a economia local" e o resultado de "uma luta pela defesa da região, do produto e do bom nome dos produtores".
Desde 1996 que este enchido tem protecção de Especialidade Tradicional Garantida (ETG), mas o nome da "Alheira de Mirandela podia ser usado e o produto fabricado em qualquer parte", como recordou aquele produtor.
A IGP limita a produção ao concelho e "vai acabar com as falsificações, em que muitas vezes o produto era apresentado ao consumidor dizendo que era de Mirandela, na realidade não sendo", afiançou.
Pedro Caldeira é gerente de uma das maiores empresas da Alheira de Mirandela, a Topitéu, criada em 1982 pelo agrupamento de três pequenos produtores.
Este produtor faz chegar a Alheira de Mirandela a 11 países, com as exportações a representarem 20% da facturação anual de "três milhões de euros", em que se incluem também outros enchidos e 40 postos de trabalho.
Há mais de sete anos que a Associação Comercial e Industrial de Mirandela tinha requerido a IGP agora alcançada.
A Lusa tentou contactar, sem sucesso, o presidente daquele organismo, Jorge Morais.
Já para o presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, esta certificação "é fundamental para o futuro da alheira", um dos produtos regionais com maior peso económico no concelho, que movimenta 28 milhões de euros anualmente e emprega 550 pessoas.
Segundo o autarca, actualmente existem, em Mirandela, sete produtores certificados para a confecção da alheira, mas o novo estatuto, acredita, "pode ser o impulso para a união e para outros aderirem".
António Branco assegurou que a IGP "é uma forma de garantir que a Alheira de Mirandela é apenas produzida no concelho e uma forma de proteger a qualidade" do enchido.

Fonte do Texto: Público  Lusa 10/07/2013 - 17:06

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Mirandela a 7/22/2013 01:54:00 AM

[À Descoberta de Alfândega da Fé] Igreja Matriz de Vilarelhos


Localização
Morada: Avenida Engenheiro Camilo Mendonça (EM 588-1) | 5350 Alfândega da Fé.
Longitude: -7,03868 | 7° 02' 19,3" W
Latitude: 41,34887 | 41° 20' 55,9" N
Características
Época de construção: Século XVII | Século XVIII
Estilo: Barroco | Revivalista
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Alfândega da Fé a 7/22/2013 01:42:00 AM

[À Descoberta de Miranda do Douro] L burro i L gueiteiro


XI Edição do Festival Itinerante da Cultura Tradicional L BURRO I L GUEITEIRO

Passaram dez anos de L Burro i L Gueiteiro. O balanço? Centenas de pessoas vieram descobrir as Terras de Miranda. Quase todas as aldeias foram visitadas. Dezenas de burros e outros tantos gaiteiros animaram o Planalto Mirandês – e os números cada vez mais gordos de uns e de outros só mostram que o trabalho desenvolvido ao longo de uma década para prevenir que ambas as espécies desapareçam tem dado frutos. E dos suculentos!
O Festival Itinerante de Cultura Tradicional L Burro i L Gueiteiro apresenta-se assim, nesta XI edição, com uma dupla missão: continuar a mostrar o melhor do Planalto e quebrar, ao mesmo tempo, o estereótipo de uma cultura parada no tempo. Bem pelo contrário, acreditamos que está em constante transformação e que temos, por isso mesmo, a responsabilidade de contribuir com actividades criativas e de qualidade que a estimulem. Isso significa trazer pedaços de outras culturas, mas também repensar o contacto com o que é de cá, e que continuamos a privilegiar.
O L Burro i L Gueiteiro é então um festival que pretende, acima de tudo, dar a conhecer a riqueza e diversidade do Planalto Mirandês: das paisagens aos saberes, dos campos às aldeias, dos burros aos gaiteiros, tendo presente que tradição e inovação não se opõem – constroem-se mutuamente; e que, por essa razão, não é só o festival que é itinerante, mas também a cultura que viaja com ele. É um evento a pensar em todos - miúdos e graúdos – os que gostam de caminhadas por percursos bonitos, de refeições apetitosas, de sestas burriqueiras, de oficinas instrutivas, de boa música e de muita festa. Por tudo isto, é ainda um festival familiar e relaxado, como se de um longo e preguiçoso Domingo em família, entre burros e ao som da gaita-de-fole se tratasse.

Fonte : AEPGA

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Miranda do Douro a 7/22/2013 01:31:00 AM

domingo, 21 de julho de 2013

[À Descoberta de Vila Flor] Faro - Vilarinho das Azenhas

Uma das caminhadas que ficou por relatar no Blogue aconteceu nos primeiros dias de janeiro (tempo fresquinho) e teve lugar num dos pontos de maior altitude do concelho o Faro. Embora o Cabeço do santuário de Nossa Senhora da Assunção seja bastante alto, quando se está nele não pode deixar de se admirar a cadeira montanhosa que se ergue a Norte, e o seu ponto mais alto, o Faro, onde se ergue um marco geodésico que já não consta nas mais recentes listas da rede geodésica.
 É um marco diferente de todos os outros do concelho, maior, de maior diâmetro e de forma completamente diferente, não possuindo a base de maior diâmetro que quase todos os outros têm. Está meio desfeito no topo e não dá para ver bem como seria, mas pode ser que o que dele resta hoje seja exatamente a base. Esta afirmação deves-se essencialmente ao facto de ter a nascente umas escadinhas metálicas, podendo o verdadeiro cone ter estado colocado sobre esta estrutura.
A ida até lá não é fácil. Alguns dos que se aventuram serra acima deixaram pintadas no marco recordações da sua presença, a par de alguns símbolos nazistas.
Embora o marco esteja no topo da serra, no termo de Vilarinho das Azenhas, a melhor forma de lá chegar talvez seja partindo de Vilas Boas, de junto da estátua de S. Cristóvão, junto à queijaria. O caminho sobe encosta acima, sem grande esforço, passando junto às ruínas da antiga capela de S. Cristóvão e terminando a algumas centenas de metros do topo do monte. Este percurso é alternativo a outro que sobe pela encosta mais lentamente, mas é mais longo, por onde subi, mesmo em BTT, nas primeiras vezes em que fui ao Faro. A serra foi reflorestada há pouco tempo e parece que foi aberta uma saída para a vertente da serra virada para o Vilarinho, mas não posso confirmar.
Em janeiro estava um lindo sol, mas como é habitual nesta época do ano, o nevoeiro cobria todas as partes mais baixas da paisagem. O nível atingido pelo nevoeiro seria a quota dos 550 metros de altitude o que deixava a descoberto o Cabeço de Nossa Senhora da Assunção, o Cabeço de S. Cristóvão, e a maior distância o Reboredo (Moncorvo) a serra de Bornes (Alfândega da Fé) e a serra dos Paços, lá para os lados de Mirandela. mesmo para um transmontano habituado a muitos invernos por montes e vales a paisagem é surpreendente.
As últimas centenas de metros antes de atingir o março geodésico têm que ser feitos em corta mato. Apesar de já lá ter subido perto de meia dúzia de vezes nunca consigo seguir o mesmo trilho. Botas de montanha e calças fortes são recomendadas por há muito mato, algumas silvas e muitas pedras cortantes e escorregadias.
Depois de se atingir o cume da serra do Faro quase se conseguem ver 360º de maravilhamento. Só em direção ao Cachão, como a cordilheira se prolonga até se precipitar no Tua, é que não é possível avistar a paisagem a muitos quilómetros de distância.
Não apetece sair deste ponto de observação. Não admira que os humanos primitivos aqui tivessem vindo erguer um castro, com muralha, para se protegeram de outras tribos hostis. Ainda há alguns vestígios da muralha.
Os javalis também gostam de aqui vir, porque está sempre tudo fossado, em busca de raízes ou de pequenos animais.
Fazendo o percurso mais longo para voltar ao ponto de partida, pela vertente virada a Meireles, são algumas centenas de metro mais. Tudo, ou seja, partindo da estátua de S. Cristóvão e voltando ao mesmo lugar, são perto de seis quilómetros. O caminho mais curto é mais íngreme e exige algumas paragens para repor a respiração. O mais longo é mais descansado, permitindo apreciar a vegetação composta essencialmente por estevas, carquejas e medronheiros. Aos sobreiros que foram plantados não foi dada muita atenção. A maior parte secou, outros foram arrancados pelos javalis. Estou curioso para verificar se sobreviveu algum.



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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 7/21/2013 11:43:00 PM

quarta-feira, 3 de julho de 2013

[À Descoberta de Valpaços] Rosas no jardim público

O jardim público no centro de Valpaços é um dos espaços mais bonitos e acolhedores da sede de concelho. Nota-se um cuidado especial com este jardim e as cores são abundantes e diversidicadas nas diferentes estações do ano. As rosas são a flores dominantes nesta época do ano.
Embora este jardim tenha um bonito repuxo, em todas as vezes que estive no jardim, não tive o prazer de o ver a funcionar.



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Publicada por Blogger às À Descoberta de Valpaços a 7/02/2013 06:05:00 PM

[À Descoberta de Alfândega da Fé] Cruzeiro - Vilares da Vilariça

Vilares da Vilariça tem vários cruzeiros, mas este situado no centro da aldeia, parece-me um dos mais antigos e dos mais bonitos. Em redor também há algumas construções interessantes e uma fonte de mergulho.

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Alfândega da Fé a 7/03/2013 01:57:00 AM

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Recordar 2011

Estas duas imagens ficaram por aqui perdidas no computador. São de um evento que teve lugar no dia 25 e 26 de junho de 2011, chamado Ansiães na Idade Média.
Este ano realizou-se um evento dentro do mesmo formato, De Ansiães para Carrazeda de Ansiães, de também falei no Blogue.
São acontecimentos muito interessantes, que é sempre bom recordar.

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 7/03/2013 01:42:00 AM