Que o gume das colinas
não rasgue o tegumento do tempo,
semente grávida de mistério.
Ignoremos as cartas
que nos anoitecem as mãos.
Os enigmas só ecoam nos vergéis
onde a luz não chega.
Tenho um corpo para a tua alma,
sob a memória fresca do feno
acabado de segar, tão verdadeiro
como este sol a escavar
silêncios fulvos
nas encostas da tarde.
Poemas de
João de Sá, do livro "
E de repente é noite", 2008.
Fotografia: alto do Faro, em
Vilarinho das Azenhas.
--
Publicada por Blogger em
À Descoberta de Vila Flor a 6/10/2012 07:30:00 AM
Sem comentários:
Enviar um comentário