sábado, 29 de junho de 2013

[À Descoberta de Alijó] Alminhas - Franzilhal

Alminhas na aldeia de Franzilhal, freguesia de Carlão.

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Alijó a 6/29/2013 11:31:00 PM

[À Descoberta de Mirandela] Pelourinho de Abreiro

Dos tempos em que Abreiro era um importante município do nordeste transmontano, conserva um Pelourinho quinhentista erguido sobre um soco de três degraus quadrangulares, sendo o primeiro de altura irregular para corrigir o desnível do terreno. A base,  tronco-piramidal de secção octogonal, apresenta faces irregulares com o rebordo saliente. A coluna, de fuste oitavado liso, é encimada por um capitel de quatro faces onde se observam as armas de Portugal além de outros emblemas ilegíveis. O remate é constituído por uma pirâmide que sustenta uma esfera.
Época de Construção - Séc. XVI
Cronologia
1514 — D. Manuel concede foral novo, na sequência do qual se deve ter construído o Pelourinho;
1962 — Queda do pelourinho e sua reconstrução.
Acesso
EN 314, a 14 km de Vila Flor. Fica num pequeno largo da aldeia, a alguns metros da estrada nacional, do lado esquerdo no sentido de Vila Flor.
Proteção
Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933.
Fonte:  Carlos Pinheiro © 2000

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Mirandela a 6/29/2013 11:11:00 PM

[À Descoberta de Vila Flor] Caminhada Solidária - Fotografias 02







Fotografias da Caminhada Solidária realizada no dia 23 de Junho, em Vila Flor.
A receita reverteu a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional do Norte.


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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 6/29/2013 10:36:00 PM

[A Linha é Tua] Algumas ideias para a Linha do Tua

Dear Sir, Madam,
First of all, accept my apologies for not writing in Portuguese, my knowledge of your language is unfortunately much too weak...
I recently visited the Tua line: It is the only scenic narrow gauge line for which all the infrastructure is basically still in place to allow some kind of railway operation. The other line, the Vouga line, is not as beautiful as far as the scenery is concerned and is still operated by CP. Other lines have been dismantled (Corgo being the last one).
In many other European countries, private volunteer organisations operate scenic trains, so why not in Portugal?
The first step is to make a call for railway enthusiasts to set up an organisation and collect funds. Then you could buy a second hand diesel to operate some trains with selected cars from the ones that are standing in Tua station, following an agreement with the infrastructure owner (REFER).
The second step should be to contact an other European organisation that operates narrow gauge steam engines and have an agreement with them to operate one of their steam engines on the Tua line. HSB (Wernigerode, Germany) is the best to my eyes for that purpose. All steam engines in Portugal are beyond repair and none is in state good enough to be put on steam. So a foreign loco is required.
Interested partners should be:
  • - Mirandela authorithies (the train would attract tourist to Mirandela)
  • - CP (the Tua tourist train would complemente their own Regua-Tua "comboio histórico"
  • - Owners of businesses in Tua station and along the line (The train would attract clients)
  • - "Rabelos" operators on the Douro river (idem).
There is to my knowledge no other scenic tourist (privately) operated train in Portugal. So there may be a "business case" for this project providing that you could drum up enough volunteers and support, both local and foreign.
Hope my suggestion will attract someone's attention.
Kind regards,

Jean-Louis Couvreur.
Belgium.
Lover of the Douro region and of scenic trains.

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Publicada por Blogger às A Linha é Tua a 6/29/2013 05:32:00 PM

quinta-feira, 27 de junho de 2013

[À Descoberta de Valpaços] A festa do Verão

"Afluem os penitentes, alguns de bem longes terras, para cumprir suas promessas. Ali vai o alqueire de centeio, pendente do jugo daquela junta de bois, de chifres engalanados de flores. Mais atrás, lindo jumentinho esbranquiçado alomba com um bom taleigo de chícharros. Lá vai aquela mulher tesa e hierática  que «pormeteu» vir à festa sem dar uma única fala... Outra rapariga, seios túrgidos, o lábio sensual e bom, porque casou, vai levar as suas argolas em oiro. Aqueloutra, que esteve às portas, da última vez que pariu, vai oferecer um menino de cera, em tamanho natural. Ai!, e aquela pobre mãe que prometeu dar sete voltas, de joelhos, à capela, por o filho ter vindo são e salvo de África. Ei-la arrastando-se penosamente, joelhos em chaga, amparada nas últimas voltas, pelo próprio filho, deixando antever na sua máscara de dor, um vislumbre de felicidade...
Entretanto, ali mesmo ao lado, no «recinto», a classe engravatada, folga, ri, dança, damas e madamos, estreando fatiotas novas, ostentando amorável pirismo..."
Texto: Monografia de Valpaços, A. Veloso Martins (2.ªEdição, 1990)

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Valpaços a 6/27/2013 02:11:00 PM

[À Descoberta de Mirandela] À Procura dos Morangos - Fotografias 2

Sob os rochedos havia um antigo lagar de vinho, antigo e que continua operacional.
Segundo conjunto de fotografias do Passeio Pedestre realizado no dia 11 de Maio, em São Pedro Velho, integrado na V Feira dos Morangos e Vinho.
Caixas de morangos apanhados pelos participantes na caminhada num morangal de S. Pedro Velho.

Pausa para recuperar forças.



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Publicada por Blogger às À Descoberta de Mirandela a 6/27/2013 05:04:00 PM

quarta-feira, 26 de junho de 2013

[À Descoberta de Vila Flor] Caminhada Solidária - Fotografias 01






Fotografias da Caminhada Solidária realizada no dia 23 de Junho, em Vila Flor.
A receita reverteu a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional do Norte.

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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 6/26/2013 01:06:00 AM

terça-feira, 25 de junho de 2013

[À Descoberta de Vila Flor] Caminhada Solidária

Realizou-se no dia 23 de junho, em Vila Flor, uma caminhada solidária para angariação de fundos para a Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional do Norte.
A organização foi da Liga e teve o apoio de um conjunto de instituições do concelho que participaram na caminhada ou colaboraram para que tudo tenha corrido bem.
A adesão foi grande, inscrevendo-se mais de  três centenas e meia de pessoas. Nem todas participaram na caminhada, mas quiseram associar-se ao evento participando com o valor da inscrição, 3€, que reverteram integralmente a favor da Liga.
Foram distribuídos a todos os participantes uma t-shirt, exclusiva da caminhada, um boné do município e uma garrafa de água.
Os participantes distribuiam-se por todas as faixas etárias, com dominância de mulheres de meia idade, mas havia também muitos jovens e mesmo algumas crianças pequenas, que fizeram o percurso em carrinhos de bebé.
O percurso estendeu-se da vila à barragem Camilo Mendonça, com regresso pelo mesmo caminho.  O início da caminhada estava marcado para as 16h30m, mas como fazia muito calor foi adiada alguns minutos.
O ritmo utilizado foi bastante rápido, com algumas pessoas a terem alguma dificuldade em acompanhar o grupo, principalmente na partida. Pouco a pouco foi acalmando, seguindo cada um ao seu ritmo, de forma mais descontraída e apreciando a paisagem.
De volta a Vila Flor a caminhada terminou onde tinha começado, junto ao Centro Cultural. O Sr. Presidente da Câmara agradeceu a participação de todos e lembrou a causa nobre que se pretendia apoiar.
 A autarquia registou uma boa adesão a esta causa e espera entregar à Liga uma quantia bem mais elevada, do que a conseguida com as inscrições, fruto de donativos.







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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 6/25/2013 08:00:00 AM

[À Descoberta de Alijó] Carlão - Cruzeiros

A aldeia de Carlão tem espalhados pelas ruas diversos cruzeiros. Junto à estrada para o Franzilhal está este conjunto de cruzeiros que completa a Via Sacra, juntamente com os existentes na aldeia.



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Publicada por Blogger às À Descoberta de Alijó a 6/25/2013 12:29:00 AM

segunda-feira, 24 de junho de 2013

[A Linha é Tua] Tua - Mirandela (2008)

Linha do Tua 2008 - Viagem de Foz-Tua a Mirandela. Vídeo Fernando Liberato.

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Publicada por Blogger às A Linha é Tua a 6/24/2013 11:28:00 PM

[À Descoberta de Vila Flor] Versos Vila Flor

"É este o título do novo livro que o nosso distinto colaborador, Sr. Dr. Cabral Adão, acaba de nos enviar e oferecer. Tamanha honra desvanece-nos e torna-nos credores eternos da sua gentileza e bondade.
Exclusivamente dedicado à sua linda Vila Flor, àquela bonita vila transmontana que lhe foi berço, e à qual, por achar tão bela, o nosso rei-trovador, D. Dinis, lhe pôs o adequado nome de Flor.
«Versos Vila Flor» veio avivar mais qualidades intrínsecas do seu autor, como aliás se nota em todos os seus artigos, poesias e contos.
O Sr. Dr. Cabral Adão, que a pedido de um antigo condiscípulo se dignou colaborar no nosso «CATASSOL», nome feito e muito considerado nas letras e nas ciências médicas, apesar dos seus múltiplos afazeres profissionais, tem mantido neste pequeno jornal uma colaboração regular altamente apreciada por todos os nossos leitores, pelo que bem merece o nosso maior reconhecimento.
Pedimos-lhe autorização para aqui transcrevermos um dos poemas deste seu livro, como amostra do poder descritivo da sua pena molhada na saudade e amor à sua terra mimosa, pelas imagens que lhe ficaram nos olhos e no coração.

Carícia Real
Desabrochou a sécia no regaço
Do monte, sobre um plaino de verdura
E logo o Céu Azul, num terno abraço,
Abençoou a flor, vermelha e pura.

Chamou-lhe Póvoa, o Homem deu-lhe um Paço
De abóbada e colunas, deu-lhe altura
Na Lusitânia antiga, deu-lhe espaço.
E a sécia em mil sécias se depura.

A jardineira lua, com luar
As rega, e o vergel, suma delícia,
Recrudesce de graça e de esplendor.

Até que um Rei, poeta singular,
Preso do encanto, fez-lhe uma carícia:
- «Bendita sejas flor das vilas… Flor!»"

Artigo publicado no Jornal Catassol, em Janeiro de 1967

Nota: Luís Cabral Adão nasceu em Vila Flor, Trás-os-Montes, no dia 24 de Junho de 1910, tendo falecido em Almada a 6 de Agosto de 1992. Os restos mortais foram sepultados no cemitério da terra natal, assim se concretizando um anseio que expressamente havia manifestado.

Síntese biográfica 



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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 6/24/2013 01:25:00 AM

domingo, 23 de junho de 2013

[À Descoberta de Vila Flor] Concieiro - Carvalho de Egas

No final de mês de maio já a onda amarela tinha passado por Vila Flor. Chamo vaga amarela ao espetáculo das giestas em flor. A primeira vaga é branca, mas pouco depois são as flores amarelas, aquelas a que chamamos maias, que cobrem quase todas as encostas do concelho. Uma das manchas mais bonitas começa em Samões e estende-se até aos limites do concelho nas aldeias de Candoso, Alagoa e Mourão. Este ano posso dizer onde um colorido fantástico, que se manteve até há poucos dias atrás.
No dia 26 de maio saí de Vila Flor para mais uma caminhada da série Pontos Altos. Escolhi como destino um marco geodésico que me permitisse explorar essa área coberta de flores amarelas. Não há muitas alternativas mas o marco geodésico do Concieiro está nessa área, não muito distante do santuário de Santa Cecília.
Pelos registos que normalmente uso para saber a delimitação das freguesias, este marco está no termo de Carvalho de Egas, mas quase todo o percurso que fiz foi no termo de Samões.
Saí em direção ao Barracão, mas depois desviei para o Marco. O caminho já habitual levou-me junto do campo de futebol de Samões. Aí decidi abandonar o caminho e seguir pelo meio das giestas subindo aos pontos mais altos, procurando uma visão o mais alargada possível.
Encontrei formas rochosas bastante curiosas, duas delas com grandes buraços por baixo. Há muitas no concelho, mas cada vez que decido explorar um pouco mais vão aparecendo novas formações, cada uma mais curiosa do que a anterior.
A linha que decidi seguir, paralelamente ao traçado do IC5 coincide também com uma crista quartizítica, com seixos enormes que se conseguem ver do IC5 ou mesmo da Nacional 214, um pouco mais distante. A progressão foi lenta, com giestas altas a barrarem-me o caminho mas também muitas silvas, ou árvores queimadas. Subir ao rochedos também não foi fácil e durante quase toda a manhã pouco avancei no terreno.
Quando cheguei próximo da aldeia de Carvalho de Egas alterei o rumo para me dirigir ao ponto mais elevado da zona, onde se situa o marco geodésico do Concieiro. É o marco geodésico que mais vezes visitei no concelho por está situado perto de vários caminhos que muito uso, quem em caminhadas quer em BTT.
Próximo do marco há um deposito de água, as famosas fragas onde as crianças de Carvalho de Egas costumavam escorregar sentados em ramos de giesta e a pedreira, que está em plena laboração. Também ali próximo esteve um gigantesco estaleiro da Mota Engil, enquanto duraram as obras do IC5, mas de que já nada resta.
O marco geodésico está sobre um conjunto de formações rochosas de granito, parcialmente destruídas. Foram cortadas há algum tempo atrás, quando ali funcionou uma pedreira, que agora está situada a algumas centenas de metros. Eleva-se a pouco mais de 732 metros de altitude e tem a mesma forma dos restantes. Era de 3.ª categoria. Do alto do rochedo não se avistam grandes paisagens, embora a visão de 360º de terreno é bastante interessante. Já por diversas vezes apreciei o por do sol neste local e foram momentos muito agradáveis.
É dos poucos marcos geodésicos que tem acesso fácil mesmo de carro ligeiro.
Regressei a Vila Flor passando pela barragem do Peneireiro. O céu continuou a brindar-me com bonitos tons de azul, para acompanhar o verde e o amarelo da terra. Dez vens em quando algumas papoilas juntavam-se ao quadro emprestando a sua cor de vida ao conjunto.
Os caminhos apresentavam um colorido tão interessante e diversificado que a vontade de regressar a casa não era nenhuma, mesmo com a hora já bastante adiantada.
O percurso não foi muito extenso, circular e  com pouco mais de 11 km. Não o recomendo a ninguém tal qual como o fiz, seguindo pelo meio dos montes. No entanto é possível fazê-lo, muito próximo, sempre por caminhos. É dos mais fáceis e bonitos de fazer, partindo de Vila Flor.




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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 6/23/2013 02:21:00 AM

sábado, 22 de junho de 2013

[A Linha é Tua] Mirandela - Tua (1986)

Linha do Tua 1996 - Tua Line Cab ride - Mirandela - Tua (closed line from Cachão - Tua)

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Publicada por Blogger às A Linha é Tua a 6/22/2013 11:19:00 PM

[À Descoberta de Vila Flor] Cabeça Gorda - Benlhevai

Cabeça Gorda é o nome dado a um marco geodésico existente lá para as bandas de Benlhevai. Situado um pouco acima dos 640 metros de altitude, não é nada de extraordinário para o relevo em que vivemos.
Está situado  num ponto alto em relação ao vale da Vilariça, fazendo triangulação com uma série de outros semelhantes, existentes no concelho de Vila Flor ou no de Alfândega da Fé. Nunca foi alvo da minha atenção nos percursos que fiz, embora tenha passado por ali perto em percursos que tiveram Trindade e Valbom como destino.
Deste vez o objetivo final era mesmo o marco geodésico e por isso havia que aproveitar o tempo. Situado a cerca de 15 km de Vila Flor, chegar lá traçando uma linha que passa por Roios, Vale Frechoso e Benlhevai faz um percurso muito irregular e muito interessante. Uma demora inesperada nalgum porto do percurso pode comprometer o objetivo, e já aconteceu em situações semelhantes. A saída aconteceu um pouco mais cedo do que o normal, pelas 8 da manhã.
A caminhada teve lugar no dia a 21 de Abril, um domingo cheio de sol, com a natureza a explodir em flores de muitas cores.
Atravessar a serra é sempre um momento empolgante, no que toca à aceleração do ritmo cardíaco e ao ar puro, com odor a pinho que se espalha pela montanha.
À chegada a Roios fizemos uma pausa para um café, não é habitual nas caminhadas mas o café Caçador tem uma decoração original, quadros pintados pelo Edi.

Subimos ao centro da aldeia onde se situa a igreja matriz. Havia uma tarefa a cumprir mas que não nos demorou muito tempo. Pelo contrário, depois de passarmos o cemitério, passámos algum tempo a visitar algumas hortas, a admirar as hortaliças e ervas aromáticas e a verificar o funcionamento do cegonho ou picota.
Até Vale Frechoso é necessário fazer várias subidas e várias descidas, percorrer espaços onde apenas a urze e as estevas sobrevivem, vigiadas por algum sobreiro atento, posto de vigia de aves de rapina e abrigo dos pombos bravos. A panorâmica altera-se ao atingir os lameiros que antecedem a aldeia. Aí a primavera mostra-se em cores variadas das quais destaco o azul profundo das flores de gala-crista.
A passagem por Vale Frechoso foi rápida. Faltava ainda ultrapassar a maior altitude do percurso, no Alto da Serra, onde existe um dos mais antigos marcos geodésicos que conheço no concelho. É tão antigo que já deve estar abandonado há muito tempo, mas continua ereto, numa posição muito fálica. É um ponto de passagem muito frequente nas minhas caminhadas ali à volta. Está a 690 metros de altitude  já no termo de Benlhevai.
 Descemos em direção a aldeia mas fizemos um pequeno desvio para passarmos pela capela de Nossa Senhora do Carrasco.  A verdade é que pretendíamos encontrar peónias, para verificarmos se já estavam floridas. De facto encontrámo-las mas a floração estava bastante atrasada. Outra das espécies vegetais que existe neste lugar é a Selo-de-salomão (Polygonatum odoratum), planta que despertou a minha curiosidade logo na primeira vez que a encontrei, precisamente neste local. Na altura entusiasmei-me e cheguei a pensar se seria alguma espécie de orquídea. Desde essa altura que tenho um rizoma em casa, num vaso, mas nunca se desenvolveu muito. Este ano floriu!
 Apesar de não ser uma planta muito rara eu não a conhecia e sempre que passo por este local em Benhevai vou espreitar o selo-de-salomão. O seu nome deve ser devido à flor, quando vista de frente parece uma estrela de seis pontas. Não é muito aromática, mas o seu odor é muito agradável o que lhe deu o nome odoratum na designação científica. As peónias ainda não estavam em flor mas pelo selo-de-salomão valeu a pena a visita.
Passámos pela capela de Nossa Senhora do Carrasco e chegámos ao centro da aldeia à hora de almoço. O calor já era incomodativo, a fome também já apertava, mas desistir a tão curta distância também não estava nos nossos planos.
Seguimos até à escola Primária, desnecessariamente, continuando depois em direção à Trindade. Não sabíamos a localização exata do marco geodésico e também não usamos GPS. A ideia foi subir aos pontos mais elevados, porque devia estar algures por perto.
De facto, após alguma insistência pelo meio dos montes, acabámos por encontrar o que procurávamos. Não se destaca muito do terreno envolvente, nem está colocado sobre rochedos, o que é muito frequente, mas está posicionado no local certo para se observar o vale.
A paisagem mais próxima é dominada pelas giestas de flores brancas, já em flor. Mais distantes está a serra de Bornes, Valbom, Vilares da Vilariça, Vilarelhos, Santa Comba e todo o vale, até perder de vista.
Depois de saborearmos uma maçã voltámos a Benlhevai. A manhã já tinha dado lugar à tarde há algumas horas e o cansaço já se fazia sentir. O regresso a casa foi de automóvel. Já esquecidos das dificuldades, só já falávamos das próximas caminhadas.




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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 6/22/2013 02:31:00 AM