quarta-feira, 29 de junho de 2011

[À Descoberta de Alfândega da Fé] II Maratona de Alfândega da Fé - 3 de Julho...



Programa:

Domingo, 03 de Julho:
7:30 - Abertura do Secretariado (Jardim Municipal);
8.30 - Concentração (Jardim Municipal);
8.40 – Breefing;
9.00 - Partida Oficial da II Maratona;
12.00 - Chegada prevista dos primeiros atletas a cumprirem a Meia-Maratona;
13.00 - Chegada prevista dos primeiros atletas a cumprirem a Maratona;
13.00 - Banhos (Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé);
14.00 - Almoço (Salão dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé).

Mais informação:
http://bttalfandegadafe.blogspot.com/



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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Alfândega da Fé a 6/29/2011 09:00:00 AM

terça-feira, 28 de junho de 2011

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Ansiães na Idade Média - 25 de Junho

A segunda edição do evento Ansiães na Idade Média teve lugar nos dias 25 e 26 de Junho em Carrazeda de Ansiães, desenvolvendo-se em dois locais distintos: zona envolvente à Biblioteca Municipal (antigos Paços do Concelho), no fundo da vila e Castelo de Ansiães.
Quando se deu início aos festejos, o movimento era pouco, mas o som das gaitas de foles e bombos rapidamente encheram o ar de festa. A animação tomou conta do espaço onde se foram apresentando pequenos espetáculos guerreiros, musicais ou mesmo cómicos. Um grupo de donzelas de Carrazeda, trajadas a rigor, mostraram um ar da sua graça numa dança pausada.
Depois foi a vez de guerreiros, se defrontarem naquilo que foi uma amostra do que se passaria no dia seguinte no torneio de armas. O realismo era tal que alguém se sentiu mal quando um condenado ao enforcamento lutava para se libertar das correntes que lhe roubavam a liberdade.
Houve dança do ventre exibição de serpentes e, já ao cair da tarde os saltimbancos invadiram o recinto e arrancaram gargalhadas às pessoas que se iam esticando na relva tentando receber alguma frescura da terra, uma vez que o ar estava imensamente quente.
O porco já assava no espeto e as tabernas do burgo prometiam uma boa ceia.
Ainda anão foi desta que aproveitei os petiscos medievais, aproveitei os festejos do S. João em Zedes e fui comer algumas sardinhas assadas com amigos e familiares.
À noite o recinto animou de novo. O som dos Cornalusa é cativante e a sua atitude ao tocar também. Cada vez gosto mais de os ver e ouvir.
Um pouco mais tarde teve lugar um espetáculo bastante exótico com encantamento de serpentes e danças contracenas. Serpentes grandes e pequenas e até uma arranha fizeram arrepiar o sangue dos mais sensíveis. Também um homem que caminhou sobre vidros e fogo, engoliu fogo, espetou agulhas no corpo, etc. arrancou fortes aplausos do público que seguia tudo com muita atenção.
A noite terminou com um espetáculo de dança e fogo numa coreografia que fazia lembrar tesouros, mouras encantadas e génios que saiam de lamparinas.
Ao contrário da tarde, há noite houve muita gente no recinto! Gente de todas as idades que saiu à rua para apanhar o ar fresco da noite mas que se deliciou com momentos verdadeiramente mágicos.


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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 6/28/2011 08:30:00 AM

segunda-feira, 27 de junho de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Parque de Campismo de Vila Flor (2011)

Com o calor a apertar, tornando-se mesmo sufocante nos últimos dias, são muitos os que procuram locais mais frescos como o complexo de existente em Vila Flor, junto à albufeira do Peneireiro.
O Parque de Campismo de Vila Flor encontra-se junto à albufeira ocupando uma área de cinco hectares completamente arborizada que proporciona uma temperatura agradável a par de momentos únicos de contacto com a natureza. São carvalhos, castanheiros, medronheiros, choupos, etc. num ambiente integrado e natural mas com os equipamentos necessários para um Campismo/Caravanismo com qualidade. Tem 3 balneários bem distribuídos, um bar com esplanada, mini-mercado, campos de ténis, campo de futebol, etc.
Aos campistas é facultado o acesso gratuito à piscina, situada a poucos metros da entrada do parque. É um lugar único para mergulhar, apanhar banhos de sol e rodeada de árvores, permitindo boas sombras nas horas de maior intensidade solar.
Para quem queira manter a forma, há em volta da albufeira um circuito de manutenção. Este circuito também é excelente para calmos passeios ao fim da tarde saboreando o fresco da noite e os cheiros da natureza. Também é possível a prática de pesca.
Para descobrir o concelho, nada como planear algumas visitas com a ajuda deste Blogue. São altamente recomendados: um passeio por Vila Flor, descobrindo o seu museu e as suas ruas mais típicas; uma visita ao santuário de Nossa Senhora da Assunção,em Vilas Boas, local com uma vista única do território transmontano; uma subida às Capelinhas e ao miradouro, em Vila Flor, apreciando o adormecer da Vila ao fim da tarde.
Para levar de Vila Flor, não faltarão recordações mas há bom vinho, azeite, azeitonas, queijo e outras iguarias que podem ser apreciadas nos restaurantes do concelho ou compradas para levar um pouco de Vila Flor para casa.
As taxas praticadas pelo Parque de Campismo são as mesmas do ano passado.
Como praticante e apreciador da prática do campismo há coisas que me desgostam profundamente. Nem todos os campistas têm a mesma idade (nem a mesma educação) e o respeito pelos outros é meio caminho andado para arranjar bons amigos. O respeito pelo horário de silêncio é, para mim, um dos melhores indicadores de um bom Parque de Campismo. Também o respeito pelas instalações, traduzido numa adequada utilização, não vandalizando, ou sujando de forma expressa, é um sinal de boa educação que, infelizmente, deixa muito a desejar.

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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Vila Flor a 6/27/2011 09:39:00 PM

domingo, 26 de junho de 2011

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Ansiães na Idade Média (1)

As actividades já começaram ontem. Pelo que foi apresentado, parece-me que o dia de hoje vai ser muito animado e interessante.
Um dos pontos altos deste evento terá lugar no Castelo de Ansiães ao fim da tarde.
Penso que, tal como no ano passado, a autarquia proporcioná transporte desde Carrazeda de Ansiães, a quem estiver interessando.
A partida será da Igreja Matriz da vila.
Aconselho a todos os que forem ao evento a levarem água. O dia está escaldante e o poço do Castelo está seco.

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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 6/26/2011 03:38:00 PM

sábado, 25 de junho de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Festa de S. João no Mourão

No dia 23 de Junho realizaram-se no Mourão as tradicionais festas de S. João. Este ano coincidiram com um dia feriado, o que me permitiu acompanhar de perto estas festividades.
Cheguei à aldeia a meio da tarde e a paz era tanta que eu pensei ter-me enganado na data. O palco montado na Largo de São Ciriaco desfez as minhas dúvidas. Depois de um largo passeio pela aldeia apercebi-me que as actividades estavam a decorrer no campo de futebol.
Nesse local decorreu uma animada disputa dos jogos da malha e do cepo, de que acompanhei a parte final. Estes jogos têm os seus adeptos habituais, que jogam como poucos e têm gosto em jogar. Estou habituado a vê-los, por exemplo na Festa das Maias, em Folgares. Em jogo estavam prémios como presuntos e cabritos, que já esperavam pelos vencedores dentro da casa dos milagres.
No largo preparavam-se tudo para um grande arraial. O porco no espeto começava a espalhar o seu aroma pelas redondezas. Preparavam-se as mesas e partia-se o pão. Mais tarde assaram-se as as sardinhas e barriga de porco.
Ao início da noite foi erguido o enorme mastro, um pinheiro com cerca de 10 metros de altura. Depois de revestido por palha, elevou-se às alturas com a força dos braços dos homens, já habituados a esta prática antiga.
Pouco depois das oito da noite, já com os prémios dos torneios entregues, iniciou-se o jantar. Parecia que a população de Mourão tinha triplicado! Na verdade havia pessoas de todo o concelho e até pessoas do concelho de Carrazeda de Ansiães!
O grupo musica, penso que se chamava "Terceira Geração", tocava música popular, nem sempre com grande afinação. É um grupo de jovens, irreverentes, que por vezes levaram o apimentado das músicas a excessos, mas poucos deviam estar com atenção às letras. A maior parte das pessoas dançava animadamente porque a noite estava muito fria, e, ou se aquecia o corpo com uns copos de vinho, ou com danças animadas ao som da concertina.
 Já depois da meia noite foi pegado fogo ao vareiro. Estava vento e as chamas devoraram rapidamente a palha. Mal o pote de barro preso nas alturas caiu ao chão e se desfez em mil pedaços, também a multidão debandou, restituindo à aldeia a sua habitual pacatez.
A queima do vareiro é uma prática levada a cabo em muitas localidades de Portugal, mas na maior parte delas faz-se por altura do Carnaval (embora se faça também nos Santos Populares). Tentei falar com algumas pessoas e saber mais pormenores sobre a tradição mas, não encontrei grande receptividade. A organização desconhecia a existência deste blogue e tive alguma dificuldade em justificar a minha presença e o porquê de tantas fotografias.
Foi uma boa oportunidade para Descobrir mais do Mourão, mas acredito que as pessoas são mais recetivas e abertas do que o que senti. Voltarei, logo que haja outra oportunidade.

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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Vila Flor a 6/25/2011 12:16:00 PM

[À Descoberta de Alfândega da Fé] Festival Sete Sóis Sete Luas


10 de Junho – 30 de Julho: exposição de fotografia PARALLEL de Noé Sendas
 21h30: Largo S.Sebastião, entrada livre
 "PARALLEL, In Search Of The German Diaries Versus Crystal Girls". Sendas, estabelecido em Berlim há vários anos, estudou na Ar.Co. (Centro de Arte & Comunicação Visual) em Lisboa, no Royal College of Arts em Londres, no Art Institute de Chicago e realizou diversas residências, entre as quais a mais importante na Kunstlerhaus Bethanien de Berlim. Desde o início da sua carreira, no início dos anos 90, que desenvolve um trabalho baseado na técnica da recolha. Nos seus vídeos, esculturas e colagens de fotografias digitais reúne diversos componentes da cultura ocidental e, tal como um DJ, mistura-os até encontrar novos significados. Search of the German Diaries / Crystal Girls são os dois eixos temáticos e materiais a partir dos quais é organizada a exposição Parallel. O absurdo é o elemento que os une. German Diaries refere-se ao diário de Samuel Beckett, ao qual Noé Sendas teve acesso e que aqui encena. O autor consegue, através de imagens e objectos, recriar a atmosfera típica do Teatro do Absurdo. Diante das produções de Noé Sendas o espectador sente-se à espera de algo, esperando um Godot que nunca chega. Em Crystal Girls revisitamos, em versão fotográfica, alguns dos temas sistemáticos do artista. São imagens retiradas da internet e depois trabalhadas como esculturas. Muitas destas são mulheres sem cabeça, não devido ao facto de a terem perdido, mas sim porque o autor recorre à estratégia de camuflar a identidade para criar também aqui ambientes absurdos.

25 de Junho – 21h30: Deabru Beltzac (País Basco)
Deabru Beltzak é a companhia de teatro de rua mais internacional do País Basco. Fundada em 1996, conta já com 10 espectáculos montados e mais de 2000 representações. A sua última criação, "The Wolves", é um espectáculo musical itinerante, inspirado na fantástica história do flautista de Hamelin, com grandes e sofisticadas marionetas articuladas e muitos efeitos especiais, que provocam no público uma mistura de emoções: curiosidade, admiração, medo e surpresa.

25 de Junho – 22h30: Toma Castaña (Espanha)
O grupo flamenco "Toma Castaña" (Andalucía) une jovens promessas do mais puro flamenco da província de Cadiz com artistas mais inovadores dentro do flamenco, oferecendo um espectáculo muito animado com uma força notável nas coreografias e nas músicas flamencas. Já encheu teatros importantes da Andaluzia como o Gran teatro Falla de Cádiz, a Central Lechera, o Palacio de Congresos de Marbella.


25 de Junho – 10 de Julho instalação ao ar livre de César Molina (Granada)
Nascido em Granada em 1976, César Molina "Culatas" inicia a sua carreira artística em 1998, utilizando o metal como matéria-prima com o objectivo de interpretar a realidade de uma maneira lúdica e criativa, sem esquecer a influência do elemento social em cada uma das suas criações. Actualmente a sua linha de trabalho é directamente relacionada à defesa do ambiente e, por isso, realiza as suas esculturas de metal com materiais reciclados.

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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Alfândega da Fé a 6/25/2011 04:11:00 AM

quinta-feira, 23 de junho de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Peregrinações – Capela de Santa Maria Madalena (M...

No dia 26 de Março de 2011 fiz uma longa caminha até Macedinho, freguesia da Trindade. Quase sempre há algo que justifique a escolha para a caminhada, neste caso, foi somente vontade de voltar a Macedinho, onde já não ia a algum tempo. Não é um daqueles destinos que escolho com frequência, mas ainda há uma séria de coisas que gostava de conhecer melhor, como o Castelo.
Macedinho fica a alguns quilómetros de Vila Flor, por isso a caminhada foi só de ida e desta vez sozinho.
Os caminhos percorridos começam a ser bastante repetitivos, mas nunca são iguais. Quer a paisagem em redor, que muda com as estações do ano, quer o próprio piso, que no Inverno se cola às botas em forma de lama e de Verão está repleto de sementes secas que se agarram às meias e se tornam incomodativas.
Estávamos nos finais de Março, com a Primavera já em andamento, mas o dia estava pouco simpático, cheio de nuvens e a ameaçar chover. Nas Capelinhas as glicínias lançavam as primeiras flores, ainda timidamente. Atrás da serra eram as campainhas que cobriam o manto de musgo aveludado sob os pinheiros e castanheiros. Perto de Roios apareceu a carqueja, em plena floração, a torga, em grande quantidade e campos de nabiças em flor.
Depois de ter passado Roios começou a chover. Apesar de estar preparado para a chuva, acabei por ficar com as botas completamente encharcadas, o que me dificultou baste toda a caminhada. Subi a calçada em direcção à Quinta do Dr. Pimentel, que fica a poucas centenas de metros da estrada Vila Flor - Macedo. Na borda do que restava de um pinhal que estava a ser cortado para madeira encontrei umas pequenas orquídeas. Depois de algumas caminhadas que tenho feito nas margens do Rio Sabor, onde tenho encontrado algumas espécies de orquídeas selvagens, tenho-me empenhado mais na sua busca no concelho de Vila Flor, mas não tenho tido muito sucesso. Embora nunca tenha dado notícias disso, há algumas espécies bastante abundantes, embora poucas pessoas olhem para elas como orquídeas. A verdade é que o são.
 Quase sem dar por isso cheguei a Vale Frechoso. Junto da capela de Nossa Senhora de Lurdes começa um caminho que leva à estrada, mesmo na direcção certa. Este foi único troço novidade do percurso, porque o restante já o tinha feito em bicicleta ou a pé.
Passei junto à Penha do Corvo, tendo em vista o marco geodésico da Pedra-luz. Durante muito tempo avistei ao longo do caminho pegadas bastante profundas. Seriam de um lobo ou de um cão? Não cheguei a descobrir, mas senti alguns arrepios, como se o animal me estivesse a observar. Vi várias vezes lobos em liberdade nas minha juventude.
Cheguei ao marco geodésico conhecido por Pedra-luz, perto das duas das tarde, com cerca de 14 quilómetros percorridos. Pelo caminho já tinha comido a merenda, mas a bateria da máquina fotográfica já estava com falhas e o entusiasmo já não era muito. Tentei adiantar caminho descendo quase em linha recta em direcção à aldeia, mas foi asneira. Aquelas montanhas são muito perigosas, cheias de poços da exploração mineira. Curiosamente há evidências de prospeções recentes com tubos novos, com menos de um ano! A vegetação é muito densa e impossível de penetrar. Mesmo cansado, voltei a trás e segui o caminho que já conhecia, que me levaria entre Macedinho e Vale da Sancha. Foi então que algo apareceu para animar a minha peregrinação. Foi mais uma planta, cheia de botões prestes a explodir de côr. Não era uma planta qualquer mas sim Peónias, também conhecidas por ramos-de-raposa, ou rosa-albardeira (Paeonia officinalis). Foi um achado! Já tinha percorrido aquelas encostas pelo menos 3 vezes, mas nunca tinha tido a sorte de encontrar esta espécies, totalmente desconhecida para mim no concelho de Vila Flor. Enquanto descia a encosta fui encontrando mais exemplares desta planta.
Este achado animou-me bastante e cheguei a Macedinho perto das três da tarde.A tranquilidade no pequeno povoado era total. Circulei durante algum tempo por entre as casas sem ver ninguém (o que não quer dizer que não sejamos vistos).
A capela está situada no centro da aldeia, perto de outra, mais pequena, de S. António. Já a visitei várias vezes, mas foi recuperada em 2008. No frontispício está uma placa em mármore evocativa desse restauro. Trata-se de uma capela maneirista e barroca, com uma planta longitudinal composta por uma nave, uma capela-mor e uma sacristia rectangular adossada. Na fachada principal, destaca-se uma pequena sineira e um portal de verga recta e, no interior, um retábulo-mor de barroco.
Esta foi uma das mais demoradas caminhadas realizadas nesta série "Peregrinações", embora não seja a mais longa. O mau tempo e o terreno acidentado foram os maiores problemas, mas o balanço foi muito positivo.
Mais tarde voltei a Macedinho, de carro. Subi ao alto da colina em busca das peónias mas fotografei outras espécies. Foi uma tarde fotográfica memorável.

GPSies - VilaFlor_Macedinmho

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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Vila Flor a 6/23/2011 08:52:00 AM

[À Descoberta de Miranda do Douro] Miranda do Douro - Um paraíso Natural e Cu...


Miranda do Douro - Um paraíso Natural e Cultural

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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Miranda do Douro a 6/23/2011 11:24:00 AM

quarta-feira, 22 de junho de 2011

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Ansiães na Idade Média

Agora sim, o programa é oficial e um pouco diferente daquilo que em previ há alguns dias atrás. O que interessa é que são quase dois dias repletos de actividades, uma boa oportunidade para conhecer/descobrir/redescobrir as vilas de Ansiães e a de Anciães (castelo).
Eu vou fazer os possíveis por estar presente nos dois dias, mas, o mês de Junho está a mostrar-se cheio de trabalho. Está a ser mesmo muito difícil arranjar algum tempo para descansar. Paciência... quem corre por gosto não cansa.
Repete-se o Torneio de Armas a cavalo no Castelo de Ansiães, um grande sucesso do ano anterior.
Em 2010 jantei uma das noites em Carrazeda, mas não fiquei muito satisfeito. A oferta no recinto da feira era muito reduzida e os restaurantes da vila parecia que nem sabiam que havia uma Feira Medieval! Espero que este ano seja diferente.
Seria também interessante encontrar no recinto, junto à Biblioteca, alguns dos artesãos do concelho. Estamos em época de contenção, mas a prata da casa sempre fica mais em conta.

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Publicada por Aníbal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 6/22/2011 11:09:00 PM

sábado, 18 de junho de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Agenda Cultural - 19 de Junho 2011

Amanhã realiza-se mais uma Feira de Gastronomia Artesanato e Produtos da Terra, em Freixiel. A Agenda Cultural do Município indica que é a IV edição, mas a mim parece-me que é a V. Numeração à parte esta feira é uma boa opção para a passagem da tarde de domingo de forma agradável. O artesanato, os produtos da terra, entre eles o pão e o vinho, que são muito bons em Freixiel e depois a animação, com música, folclore quase obrigatório, são as vertentes que preenchem o dia a dão animação à aldeia que já foi sede de concelho.
Actuação do Rancho Folclórico de Freixiel na III Feira de Gastronomia, Artesanato e Produtos Regionais, no dia 28 de Junho de 2009.




Também amanhã, vai realizar-se a festa religiosa da Santíssima Trindade, na Trindade. Não será, com certeza, uma grande festa, uma vez que se trata de uma das mais pequenas aldeia do concelho. Além dos actos religiosos, Eucaristia e procissão com os andores da Santíssima Trindade e do Sagrado Coração de Jesus, este pode ser um bom dia para visitar e conhecer a bonita igreja matriz da Trindade, românica, uma das mais interessantes construções religiosas do concelho.

Esta manhã estive na Trindade. O largo da igreja, centro da aldeia, já estava engalanado para a festa.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 6/18/2011 09:34:00 PM

quinta-feira, 16 de junho de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Freguesia Mistério n.º 48

O desafio Freguesia Mistério, na sua edição número 47 teve 13 participantes. Decorreu durante o mês de Maio e consistia em identificar a freguesia onde existi um painel de azulejos com a imagem de uma Nossa Senhora. Quando coloquei este desafio estava convencido que seria muito, muito fácil de adivinhar, mas os resultados mostram o contrário. A tendência de voto inclinou-se para Vale Frechoso, talvez porque já coloquei outros painéis de azulejos dessa aldeia em desafios anteriores. Eu dei a pista que seria importante descobrir de que Nossa Senhora se tratava: é Nossa Senhora do Castanheiro. Com esta informação parece-me que seria relativamente fácil relacioná-la com a freguesia de Valtorno, que seria a resposta correta.


Os votos ficaram distribuídos desta forma:
Nabo (2) 15%
Trindade (2) 15%
Vale Frechoso (9) 69%
A imagem pintada no painel tem muitas semelhanças com a existente no interior da igreja matriz. Este painel de azulejos encontram-se ao fundo do caminho que dá acesso à igreja, através de uma alameda. É facilmente visível para quem passa no cruzamento que dá acesso à estrada do Mourão. É pena que alguns vândalos tenham causado alguns estragos, mas também há quem aqui acenda velas e deposite flores, como a fotografia ilustra.

O desafio que está a decorrer desde o início do mês consta, mais uma vez, na identificação de umas alminhas. Trata-se de um marco, que não deve ser muito antigo, junto a uma das principais estradas do concelho, à entrada de uma aldeia.
Em que freguesia podemos encontrar estas alminhas?
Participe com o seu palpite  (na margem direita do blogue).

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 6/16/2011 09:00:00 AM

[À Descoberta de Miranda do Douro] Festa das Aves II - 12 de Junho

O terceiro dia da Festa das Aves tinha um programa um pouco mais "curto" e confesso que estive tentado a fazer gazeta, mas ainda bem que não o fiz. Com as surpresas com que fui brindado no dia anterior, comecei a pensar que isto de observar aves tem muito de insistência, uma vez que elas não aparecem nem quando queremos, nem onde queremos.
O programa foi ligeiramente ajustado e contou com a orientação de uma pessoa bem conhecedora do terreno. A pessoa que nos acompanhou foi José Jambas, técnico de Ambiente, com um vasto conhecimento da região e das aves do Parque Natural do Douro Internacional, onde chegou a trabalhar. Tem também o gosto pela fotografia e durante a Festa das Aves houve fotografias suas expostas no café da aldeia.
Saímos de jipe em direção a Picote, mais concretamente ao Castro de Cigaduenha. O local é fantástico e senti pena de nunca ter lá estado noutras épocas do ano, mas vou voltar de certeza. Trata-se de um castro do final da Idade do Bronze, Idade do Ferro. Além da importância histórica e arqueológica, é um miradouro sobre o Douro, comparável a muitos que se estendem ao longo do Douro Internacional. Mas não foi a arqueologia nem a paisagem que nos levou àquele lugar. Foram as aves. Além das espécies que já tínhamos avistado nos dois dias anteriores, como o Grifo (Gyps fulvus)e o Abutre do Egipto (Neophron percnopterus), havia uma grande possibilidade de observarmos cegonhas-negras (Ciconia nigra), gralhas-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) e ninhos de abutres.
Depois das recomendações ao silêncio e ao respeito pelo lugar, colocámo-nos junto das falésias para observarmos os rochedos do outro lado do douro, onde os grifos fazem os seus ninhos.
Com a ajuda de telescópios contámos os ninhos. Havia vários filhotes em diferentes estádios de desenvolvimento. Os mais abundantes eram os grifos, mas, de vez em quando, os britangos também apareciam, chamando a atenção com o seu porte mais reduzido mas com o seu "fato" branco alvo. A certa altura olhei para os rochedos a meus pés e via um pequeno ponto negro muito esguio, era o melro.azul (Monticola solitarius), que aparecia ao terceiro dia, só para me satisfazer. Depois de tanto tempo a procurá-lo, apareceu exatamente onde seria de esperar, nos locais mais isolados, nos rochedos mais inacessíveis. Chamou pouco à atenção, junto dos abutres e cegonhas-negras, mas eu tenho uma admiração especial pelos pássaros. O melro azul não é propriamente uma espécie que se aviste todos os dias.
Também as gralha-de-bico-vermelho se faziam ouvir, no outro lado do rio. De vez em quando um bando deslocava-se na escarpa.
O leito do rio estava anormalmente em baixo. A paisagem é admirável mas o momento não foi o mais feliz, mas fiquei muito contente por conhecer mais este miradouro.
A distância a que se deslocavam as aves não permitiu grandes fotografias, mas alguns grifos vieram espreitar sobre as nossas cabeças. Até se ouvia o ar nas suas penas! Acho que estavam curiosos.
Já depois da uma da tarde regressámos a Vila Chã da Braciosa. O almoço estava a ser preparado num parque de merendas a poucos metros da aldeia. A carne assada no churrasco acompanhada de salada foi uma boa refeição, regada a vinho verde (!) ou maduro. Ainda tive oportunidade de ouvir o grupo "Bailenga" que animou a noite de Sábado, na Casa do Povo.
Depois das despedidas, ainda tinha em mente uma passagem por Fonte de Aldeia, onde se realizada a festa da Santíssima Trindade, mas atrasei-me e acabei por não ir.

O balanço dos três dias passados em Vila Chã é muito positivo. Tirando um encontro de Birdwatching em Torre de Moncorvo, em 2008, nunca tinha participado em eventos do género. Confesso que estava a contar com mais participantes, mais festa e mais animação na aldeia. Esta ideia veio-me do filme da Festa das Aves 2010. Ao que pude apurar, o orçamento de 2011 foi bastante mais apertado. Pensei envolver mais a família no evento, mas acabei por seu o único a participar. Também contava que o evento fosse mais organizado, mas a filosofia foi um pouco diferente. A preparação e a utilização dos burros mirandeses, a participação de crianças (algumas de colo!), fizeram das saídas de campo autênticos passeios "em família". Mas valeu a pena. Utilizei pela primeira vez o Guia Fapas Aves de Portugal e Europa que comprei em 1998. Entusiasmei-me na observação das espécies embora os meus binóculos fossem muito fracos. Utilizei pela primeira vez um telescópio, é fantástico.

Fiz os possíveis com o equipamento fotográfico que tenho. A objetiva com zoom máximo de 270mm está muito à quem do necessário para a fotografia de aves. Espero ainda vir a ter um equipamento melhor.
A participação do Dr. Paulo Travassos (UTAD) foi essencial durante os três dias. Demonstrou muitos conhecimentos, muito entusiasmo e muita paciência para responder às nossas perguntas de principiantes.
Estão de parabéns a AEPGA (Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino) juntamente com a PALOMBAR (Associação de Proprietários de Pombais Tradicionais do Nordeste) e o Laboratório de Ecologia Aplicada (LEA) da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro). Estão também de parabéns os que confecionaram as refeições, durante os três dias do evento.

Lista de espécies que observei:
Cegonha-negra - Ciconia nigra
Melro-azul - Monticola solitarius
Gralhas-de-bico-vermelho - Pyrrhocorax pyrrhocorax
Andorinha-dáurica - Cecropis daurica
Poupa - Upupa epops
Grifo - Gyps fulvus
Britango - Neophron percnopterus

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Miranda do Douro a 6/16/2011 08:30:00 AM

domingo, 12 de junho de 2011

[À Descoberta de Miranda do Douro] Festa das Aves II - 11 de Junho

O segundo dia da Festa das Aves começou bem cedo para mim. Depois da experiência do primeiro dia, compreendi que os horários são vagas referências pelo que poderia gerir o tempo com menos preocupação com o rigor das horas.
Deixei os binóculos na mochila e peguei na máquina fotográfica decidido a fazer um passeio pela aldeia antes de me dirigir ao lugar da concentração. Visitei vários lugares entre os quais as ruínas da capela da Trindade, a antiga escola primária e a igreja matriz. As ruínas são muito curiosas, quer pelo pórtico da capela, pelas pinturas ainda existentes no seu interior ou pelos enormes esteios em granito que me fizeram lembrar Sta. Marinha, em Cércio. Da escola primária tenho muitas recordações. Nela trabalhou a minha esposa durante alguns anos, quando ainda havia quatro ou cinco crianças a frequentá-la. Hoje é um centro de dia. À igreja voltei porque estava com melhor equipamento fotográfico e queria tentar uma melhor fotografia do seu interior.
A observação de aves começou quando me encontrava no adro da igreja, porque nessa hora o redopio de aves era enorme. Apareceu um casal de pintarroxos (Carduelis cannabina), que fizeram com que me entusiasmasse. Apareceu também um pássaro nos com o bico cheio de insectos, sobre os pináculos da igreja. Pareceu-me uma Emberiza, mas estranhei o local, uma vês que me pareceu que teria ninho no telhado da igreja. Vim saber, mais tarde, que se tratava de um pardal-francês (Petronia petronia).
Nos céus voavam grupos de rapaces, com águias, milhafres mas, sobretudo, abutres.
Constituiu-se o grupo para a visita de campo, mais numeroso do que no dia anterior, e partimos em direcção ao Douro. Percorremos locais muito agrestes com formações rochosas em granito impressionantes. Connosco estava o senhor presidente da junta que nos serviu de guia. Em conversa com ele fui-me inteirando dos nomes e de um pouco da história dos lugares por onde passámos: fragas, ribeiras, moinhos, vegetação, etc. Esqueci-me das aves com o entusiasmo das histórias do Poço da Moura, o Poço da Lã, o Poço do Inferno, os Lastrões, etc. A minha vontade era encontrar o melro-azul, mas tal não chegou a acontecer. Nesta zona pedregosa apenas é digno de realce o conto dos maranteus (Oriolos oriolos) e um casal de perdizes que repousava à sombra de uma moita.
O grupo só se animou perto da uma da tarde, já de novo no planalto, junto da ribeira. Aqui apareceram várias espécies entre as quais o tal maranteu (ou papa-figos, ou ainda marigacho) e o abelharuco (Merops apiaster) que eu ainda não tinha avistado, apesar de já ter escutado. Houve um pico de entusiasmo quando passou por mim um guarda-rios (Alcedo atthis), mas poucos tivemos a sorte de o avistar.
O grupo dividiu-se continuando eu o resto do percurso sozinho, seguindo um caminho completamente diferente, em perseguição de algumas flores que me apareceram nos lameiros da Veiga. Soube que foi avistado um pato-real (Anas platyrhynchos), mas eu fiquei-me pela cegonha-branca que aí tem o seu ninho. No percurso para a aldeia esbarrei sem querer com o ninho de uma cotovia (Galerida cristata).
Já passava das duas da tarde quando almocei, por isso não reparei na ementa. À mesa estávamos mais de 30 pessoas, o que significa que o número de participantes aumentou bastante.
Depois do almoço e de uma ida ao café, fizemos uma retrospectiva das espécies observadas usando algumas fotografias que fomos tirando. Seguiu-se depois mais uma sessão de teoria sobre a identificação de rupícolas e um pequeno filme sobre a gralha-do-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax).
Uma nova saída para o campo aconteceu depois das cinco e meia. Confesso que estes horários estranhos mexem um pouco comigo, e, depois de acompanhar o grupo durante algum tempo ao longo da estrada Vila Chã – Duas Igrejas, fiz aquilo que não se deve fazer, abandonei o grupo. Decidi fazer caminhar um pouco e continuei até Duas Igrejas. As condições atmosféricas não estavam adequadas para a fotografia, pelo me preocupei só com a caminhada. À minha espera em Duas Igrejas tinha o meu “carro de apoio”, que me levou de volta a Vila Chã. Ainda bem que voltei, porque me esperava o momento do dia.
Voltei à veiga para mostrar ao meu filho o ninho da cegonha-branca, com dois filhotes. Um pouco mais à frente há uma lagoa por onde já tínhamos passado no percurso da manhã. Mesmo da estrada, pareceu-me ver algo a mexer. Veio-me à ideia o juvenil de pato-real observado durante a manhã e decidi aproximar-me. Nem queria acreditar!... Não havia um filhote, mas dezenas deles, várias ninhadas com desenvolvimentos diferentes acompanhadas dos seus progenitores. Até galinhas-d’água (Gallinula chloropus) havia! Foi um momento fantástico, como eu nunca esperei viver nesta Festa das Aves.
Não fiquei para o jantar, nem para o momento musical marcado para animar a noite. A minha família também está em Miranda do Douro a ceia é para passar com ela.
Com o entusiasmo do meu encontro inesperado com os patos-reais não sei o que esperar para o último dia do encontro, mas os dois dias já passados em Vila Chã da Braciosa vão deixar muitas recordações e muita vontade de dedicar mais tempo às Aves.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Miranda do Douro a 6/11/2011 11:18:00 AM