Demoro-me sob as romãzeiras,
viajante aturdido,
como quem espera que o tempo
se cumpra
para o nascimento de uma vida.
Onde mais permanecemos mais somos,
sabemo-lo dos círculos brancos
dos pastores
no ermo das montanhas.
É esta a verdade que esfolho
sobre um cativeiro de fragmentos
de coração, quando este
se partilhava
por uma demora de invernos
e uma impaciência de dedos
na relva de um paraíso prometido.
Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
Fotografia: tronco de oliveira centenária, em Freixiel.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 2/23/2013 09:30:00 AM
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