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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
[À Descoberta de Vila Flor] Vila Flor
Imagem noturna da Praça da República, em Vila Flor.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/08/2014 11:51:00 da tarde
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/08/2014 11:51:00 da tarde
[À Descoberta de Bragança] Castelo de Bragança
O castelo, cuja construção se iniciou em 1409 e terminou trinta anos depois, é constituído por um extenso conjunto de muralhas com um perímetro de 660 metros, que formam quatro recintos individualizados entre si. Conta com quinze torres ou cubelos e outros tantos panos de muro, com a espessura média de dois metros, com três portas (duas Portas de Santo António e a Porta do Sol) e dois postigos (a Porta da Traição e o postigo do Poço do Rei). Toda a cerca é ameada e define uma planta ovalada que apresenta o seu interior orientado segundo dois eixos viários, que estabelecem a ligação entre a Porta de Santo António, que dá para a parte velha da cidade, e a Porta do Sol, a nascente. Destes dois eixos é a rua da Cidadela aquela que faz o antigo traçado entre as duas portas.
O esquema desenhado tem como base a Porta de Santo António, a partir da qual irradiam duas ruas e respectivos quarteirões edificados. À esquerda encontra-se um pequeno quarteirão, interrompido pelo espaço onde se localiza o Pelourinho e que antigamente foi ocupado pela igreja de S. Tiago. Ao centro fica o principal aglomerado populacional, que tem no seu topo a Igreja de Santa Maria (também designada de Nossa Senhora do Sardão) e a célebre Domus Municipalis. O lado norte, que esteve ocupado pelas instalações do Batalhão de Caçadores 3, foi arranjado e actualmente é uma ampla zona que torna a Torre de menagem ainda mais imensa do que já é.
Esta é um imóvel quadrangular de 17 m de lado e 34 m de altura, dotado de sapata de cerca de 6 m de altura. O acesso era feito outrora por uma ponte levadiça, que levava à porta que se encontra bem alta. Actualmente faz-se por uma estreita escadaria exterior, de pedra, adossada à face setentrional de um corpo saliente que serve de escudo ou couraça à própria torre. Na face sul da torre, a meia altura, está adossada uma pedra de armas com os emblemas da Casa de Avis, sinete do monarca que promoveu a edificação. Entre os elementos decorativos mais interessantes que a torre de menagem oferece contam-se as graciosas fiadas de ameias que lhe coroam o eirado e duas elegantes janelas góticas maineladas, uma na face sul outra na face este. Nas aberturas e nos cunhais, o material utilizado é o granito, com alguns blocos siglados, enquanto no recheio predomina a alvenaria de xisto. Nos ângulos superiores destacam-se quatro guaritas cilíndricas. A torre está adossada à muralha norte e obedece a um esquema que se foi tornando habitual, que é o de ver a cidadela encostada a um dos lados da muralha e não no centro. Tem ainda defendê-la um muro com sete cubelos (três do lado nascente, três do poente e um a sul). Funciona no seu interior um Museu Militar.
Fonte do Texto
http://www.bragancanet.pt/patrimonio/castelobr.htm
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Bragança a 1/08/2014 01:02:00 da manhã
O esquema desenhado tem como base a Porta de Santo António, a partir da qual irradiam duas ruas e respectivos quarteirões edificados. À esquerda encontra-se um pequeno quarteirão, interrompido pelo espaço onde se localiza o Pelourinho e que antigamente foi ocupado pela igreja de S. Tiago. Ao centro fica o principal aglomerado populacional, que tem no seu topo a Igreja de Santa Maria (também designada de Nossa Senhora do Sardão) e a célebre Domus Municipalis. O lado norte, que esteve ocupado pelas instalações do Batalhão de Caçadores 3, foi arranjado e actualmente é uma ampla zona que torna a Torre de menagem ainda mais imensa do que já é.
Esta é um imóvel quadrangular de 17 m de lado e 34 m de altura, dotado de sapata de cerca de 6 m de altura. O acesso era feito outrora por uma ponte levadiça, que levava à porta que se encontra bem alta. Actualmente faz-se por uma estreita escadaria exterior, de pedra, adossada à face setentrional de um corpo saliente que serve de escudo ou couraça à própria torre. Na face sul da torre, a meia altura, está adossada uma pedra de armas com os emblemas da Casa de Avis, sinete do monarca que promoveu a edificação. Entre os elementos decorativos mais interessantes que a torre de menagem oferece contam-se as graciosas fiadas de ameias que lhe coroam o eirado e duas elegantes janelas góticas maineladas, uma na face sul outra na face este. Nas aberturas e nos cunhais, o material utilizado é o granito, com alguns blocos siglados, enquanto no recheio predomina a alvenaria de xisto. Nos ângulos superiores destacam-se quatro guaritas cilíndricas. A torre está adossada à muralha norte e obedece a um esquema que se foi tornando habitual, que é o de ver a cidadela encostada a um dos lados da muralha e não no centro. Tem ainda defendê-la um muro com sete cubelos (três do lado nascente, três do poente e um a sul). Funciona no seu interior um Museu Militar.
Fonte do Texto
http://www.bragancanet.pt/patrimonio/castelobr.htm
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Bragança a 1/08/2014 01:02:00 da manhã
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5300 Bragança,
Bragança,
Património
[À Descoberta de Miranda do Douro] Fogueira do Galo
No dia 24 de Dezembro é habitual em Miranda do Douro fazer a tradicional fogueira do galo. Logo pela manhã, os jovens mirandeses partem acompanhados do seu farnel, para o monte, a fim de cortar, carregar e transportar a lenha, nos típicos carros de bois para o adro da Sé.
Depois dos carros carregados, faz-se uma pausa para saborear os tradicionais petiscos que compõem o farnel; bacalhau cru, alheiras, chouriças, chouriços, presunto e carne assada. Tudo isto acompanhado de bom pão e vinho tinto. O fim da tarde aproxima-se e os mordomos organizam a partida para a cidade. Os carros de lenha são puxados por todos os rapazes que participam alegremente nesta festa. A sua passagem pelas ruas atrai a atenção de toda a população e em especial dos turistas que aproveitam para tirar fotografias.
Chegados ao adro da Sé, descarregam a lenha num amontoado de pneus e troncos de árvores já para aí transportados por um camião.
Tiradas as usuais fotografias no escadario da Sé, a mocidade regressa a casa para em família fazer a tradicional ceia da Consoada.
No início da noite, a fogueira é acesa, sem que ninguém dê conta de quem a acendeu.
Por volta da meia noite os sinos tocam para a missa do galo. Toda a população comparece nesta missa, para ver a fogueira, o presépio, beijar o menino e entretanto ouvir os rapazes cantar as interessantes versões das tradicionais canções do beijai o menino.
Terminada a missa, as pessoas reúnem-se à volta da fogueira, num cordial convívio de Natal e troca mútua de votos de Boas Festas.
6ºA - Português
EB2 de Miranda do Douro, 1998
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Miranda do Douro a 1/08/2014 12:46:00 da manhã
Depois dos carros carregados, faz-se uma pausa para saborear os tradicionais petiscos que compõem o farnel; bacalhau cru, alheiras, chouriças, chouriços, presunto e carne assada. Tudo isto acompanhado de bom pão e vinho tinto. O fim da tarde aproxima-se e os mordomos organizam a partida para a cidade. Os carros de lenha são puxados por todos os rapazes que participam alegremente nesta festa. A sua passagem pelas ruas atrai a atenção de toda a população e em especial dos turistas que aproveitam para tirar fotografias.
Chegados ao adro da Sé, descarregam a lenha num amontoado de pneus e troncos de árvores já para aí transportados por um camião.
Tiradas as usuais fotografias no escadario da Sé, a mocidade regressa a casa para em família fazer a tradicional ceia da Consoada.
No início da noite, a fogueira é acesa, sem que ninguém dê conta de quem a acendeu.
Por volta da meia noite os sinos tocam para a missa do galo. Toda a população comparece nesta missa, para ver a fogueira, o presépio, beijar o menino e entretanto ouvir os rapazes cantar as interessantes versões das tradicionais canções do beijai o menino.
Terminada a missa, as pessoas reúnem-se à volta da fogueira, num cordial convívio de Natal e troca mútua de votos de Boas Festas.
6ºA - Português
EB2 de Miranda do Douro, 1998
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Miranda do Douro a 1/08/2014 12:46:00 da manhã
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5210 Miranda do Douro,
Miranda do Douro,
Tradições
[À Descoberta de Vila Flor] e de repente é noite (XX)
Sabíamos a alba uma tela branca
a ser pintada pelas emoções
em desequilíbrio.
Fazíamos o sol
da casca das maçãs maduras,
segundo o molde de uma ventura
a escorrer-nos dos lábios.
E partilhávamos o espaço
do lugar certo dos ecos da manhã,
sobre as metamorfoses
dos degraus recém-acordados.
Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
Fotografia: Vilas Boas, desde o alto do Cabeço.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/08/2014 12:40:00 da manhã
a ser pintada pelas emoções
em desequilíbrio.
Fazíamos o sol
da casca das maçãs maduras,
segundo o molde de uma ventura
a escorrer-nos dos lábios.
E partilhávamos o espaço
do lugar certo dos ecos da manhã,
sobre as metamorfoses
dos degraus recém-acordados.
Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
Fotografia: Vilas Boas, desde o alto do Cabeço.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/08/2014 12:40:00 da manhã
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Moinho de vento
Pormenor de algumas peças do moinho de vento restaurado no "Moinho de Vento", em Carrazeda de Ansiães. São visíveis o carreto, o eixo ou mastro, entrosa e o carreto.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/06/2014 01:09:00 AM
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/06/2014 01:09:00 AM
[À Descoberta de Alfândega da Fé] Obra Incorporada
Trabalhos da Exposição Colectiva "Obra Incorporada" que esteve patente na Casa da Cultura de Alfândega da Fé. Out. e Nov. 2013
A exposição deu a conhecer a visão de 15 artistas, partindo todos da mesma cruz inicial.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Alfândega da Fé a 1/06/2014 12:58:00 AM
A exposição deu a conhecer a visão de 15 artistas, partindo todos da mesma cruz inicial.
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[À Descoberta de Vila Flor] Peregrinações - Síntese
Caminho no termo de Vale Frechoso |
Durante os anos de 2010, 2011 e 2012 foram palmilhados muitos caminhos, agrupados com o nome de Peregrinações. Desde que terminaram que pensava agrupar os vários percursos de forma a ter uma ideia mais global do que foi feito.
Altar-mor da igreja matriz de Freixiel, após o restauro. |
A caminho de Meireles, perdido algures no meio do nevoeiro. |
Capela de Santa Marinha, em Meireles |
Capela de Nossa Senhora do Rosário, em Lodões. |
- Capelas de Vila Flor (Vila Flor)
- Capela de S. Lourenço (Arco)
- Capela de Santa Marinha (Meireles)
- Capela de N. Sra do Rosário (Lodões)
- Capela de S. Sebastião (S.ta Comba da Vilariça)
- Capela do Santíssimo Sacramento (Assares)
- Capela de S. Gregório (Valbom)
- Capela de S. Luís (Folgares)
- Capela de S.to António (Ribeirinha)
- Ruínas da capela de S. Domingos (Vieiro)
- Capela de S.to António (Vilas Boas)
- Capela de N.Sra. da Assunção (Candoso)
- Capela de N. S. do Carrasco (Benlhevai)
- Capela de S. Plácido (Mourão)
- Capela de Santa Marinha (Sampaio)
- Capela de Santa Maria Madalena (Macedinho)
- Capela de N. Senhora do Rosário (Samões)
- Capela de N. Senhora do Carrasco (Nabo)
- Capela de N. Senhora das Graças (Roios)
- Igreja da Santíssima Trindade (Trindade)
- Capela de N. Senhora da Esperança (Benlhevai)
- Igreja Matriz de Santa Catarina (Carvalho de Egas)
- Ruínas da Capela de S. Cristóvão (Vilas Boas)
- Capela de N. S. de Fátima (Alagoa)
- Capela de Santa Cruz (Nabo)
- Capela de N. Senhora do Rosário (Seixo de Manhoses)
- Capela de N. Senhora de Lurdes (Vale Frechoso)
- Capela de N. Senhora da Assunção (Vilas Boas)
- Capela de N. Senhora da Rosa (Sampaio)
- Capela de N. Senhora do Rosário (Freixiel)
- Igreja de Nossa Senhora do Castanheiro (Valtorno)
- Santuário de N. Senhora da Assunção (Candoso)
- Santuário de Santa Cecília (Seixo de Manhoses)
- Santuário de N. Senhora dos Remédios (Vilarinho das Azenhas)
Igreja matriz de Valtorno (Nossa Senhora do Castanheiro) |
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/06/2014 12:31:00 AM
sábado, 4 de janeiro de 2014
[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Em Criança - à Criança
Era ainda criança;
- Que vida para mim!...
Sorrisos de esperança,
E graças sem fim;
Espasmos de sonhos,
Lindos, risonhos;
- Coisas de menino, -
Ânsias em delírio,
Botão pequenino,
De sonho e de lírio!...
E, quando a vida me for vida madura,
Só vida de amor, ó vida, me ensina;
Se outra vida me dás, é vida impura,
Que a pureza é mais que bela, é divina!...
Poema do livro Fogo e Lágrimas 2, da autoria de Morais Fernandes (Coimbra Editora, Limitada; 1997).
Fotografia - Parte do presépio na Praça do Município em Carrazeda de Ansiães.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/04/2014 11:53:00 PM
- Que vida para mim!...
Sorrisos de esperança,
E graças sem fim;
Espasmos de sonhos,
Lindos, risonhos;
- Coisas de menino, -
Ânsias em delírio,
Botão pequenino,
De sonho e de lírio!...
E, quando a vida me for vida madura,
Só vida de amor, ó vida, me ensina;
Se outra vida me dás, é vida impura,
Que a pureza é mais que bela, é divina!...
Poema do livro Fogo e Lágrimas 2, da autoria de Morais Fernandes (Coimbra Editora, Limitada; 1997).
Fotografia - Parte do presépio na Praça do Município em Carrazeda de Ansiães.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/04/2014 11:53:00 PM
[À Descoberta de Vila Flor] e de repente é noite (XLII)
XLII
Sentemo-nos na soleira da porta.
Há canções que atravessam a rua
acima do tempo, como se as horas
sobrassem do sempre deste instante.
A serra, vista daqui,
é serena parede de hera.
Paisagem para emoldurar
e pôr no quarto, contra os malefícios.
Tudo parece construído
sobre colunas eternas negando a natureza.
Como foi possível, neste espaço,
que todos tivessem morrido?
Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/04/2014 11:27:00 PM
[À Descoberta de Mogadouro] Estava solta
Estava solta
A tecla do teu piano,
E os sons agonizados
Voavam alto,
Onde a velha noite cultiva o medo.
As gotas da tua tempestade
Foram mais fortes
Que o vento que te guiava
Abriste as tuas asas
E na tua mão
Seguras para sempre
Um dó maior...
João Vasco
1.º Concurso de Poesia (En)Cantos dos Poetas
Edição da Câmara Municipal de Mogadouro, 2003.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Mogadouro a 1/04/2014 11:01:00 PM
A tecla do teu piano,
E os sons agonizados
Voavam alto,
Onde a velha noite cultiva o medo.
As gotas da tua tempestade
Foram mais fortes
Que o vento que te guiava
Abriste as tuas asas
E na tua mão
Seguras para sempre
Um dó maior...
João Vasco
1.º Concurso de Poesia (En)Cantos dos Poetas
Edição da Câmara Municipal de Mogadouro, 2003.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Mogadouro a 1/04/2014 11:01:00 PM
[À Descoberta de Montalegre] Castelo de Montalegre
O castelo de Montalegre representa um importante ponto de defesa fronteiriço medieval e assegurava, juntamente com os castelos da Piconha e de Chaves, as defesas dos vales do Cávado e do Tâmega. Em 1273, ano da concessão do primeiro foral a Montalegre por Dom Afonso III, o castelo ainda não existia, mas em 1281, pelo menos uma parte dele já se erguia em Montalegre, segundo uma carta de D. Dinis a D. Isabel. Na carta o rei oferecia doze castelos, entre os quais o de Montalegre. Em 1289-1331, no reinado de D. Afonso IV, o castelo é reedificado. Já no século XIX foi colocado o relógio circular no cubelo maior, passando a ser designado por torre do relógio.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Montalegre a 1/04/2014 10:48:00 PM
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Montalegre a 1/04/2014 10:48:00 PM
[À Descoberta de Miranda do Douro] Vila Chã - Festa do Menino
No dia um de janeiro de 2014 teve lugar em Vila Chã da Braciosa a Festa do Menino, mais conhecida pela Festa da Velha. No corrente ano não me foi possível estar presente. Em 2013 passei o dia primeiro de janeiro em Vila Chã, onde tenho alguns amigos e pude acompanhar o que se foi passando ao longo do dia.
A primeira curiosidade deste festa manifesta-se logo na designação: festa do Menino ou festa da Velha (ou dança da Velha). Nestas duas designações confrontam-se duas realidades bem distintas o religioso e o pagão. Os estudiosos atribuem a origem da vertente pagã ao culto da fertilidade e a cerimónias de iniciação. Aliás o nordeste Trasmontano é fértil nestas celebrações, havendo manifestações com algumas linhas comuns no concelho de Mogadouro, nomeadamente em Bemposta e Tó.
A cristianização desta e doutras manifestações pagãs deve ter acontecido de forma espontânea, com integração gradual dos elementos religiosos nas celebrações existentes. Curiosamente ainda hoje a integração respeita certas fronteiras, como por exemplo o fato da Velha não entrar na igreja e a Bailadeira entrar!
A festa começa antes do dia 1 de janeiro, normalmente no dia de Natal. Os mordomos, um rapaz e duas raparigas, todos solteiros, convidam a população para irem cortar lenha destinada à fogueira que será acesa no dia no dia da Festa do Menino, a 1 de janeiro. A lenha seria trazida em carros de bois puxados pela força dos braços dos rapazes, um pouco como ainda acontece em Miranda do Douro com a lenha da Fogueira do Galo.
Em Vila Chã a lenha já é transportada por tratores, mas, mesmo assim não deixa de ser uma festa, finalizando com um farta refeição no salão (com cozinha) que a freguesia já dispõe.
Nos dias seguintes ensaia-se o trio que que estará no centro da festa: a Velha, o Bailador e a Bailadeira, todos rapazes. Parece-me que não são necessários muitos ensaios, uma vez que este papel é representado pelas mesmas pessoas durante vários anos, mas há sempre necessidade de ir "passando o testemunho" aos mais jovens.
Ao contrário doutras manifestações do género, a Velha não usa máscara, antes apresenta a cara e as mãos tisnadas com cortiça queimada. Usa ao pescoço uma cruz da mesma cortiça queimada, presa num colar de bugalhos, com que tisna as pessoas avarentas que não contribuem com esmola e as moças solteiras.
A par da vestimenta, única e muito interessante, onde se destacam as franjas e as rendas brancas, transporta uma "bota" cheia de vinho, na mão esquerda uma estaca de pau onde vai pendurando as peças de fumeiro que lhe são dadas e na direita traz uma bengala com algumas bexigas de porco cheias de vento na extremidade. Ao ar assustador de toda a vestimenta e às bexigas cheias de ar, juntam-se os gritos assustadores que solta de quando em quando, assustando os mais pequenos, sem no entanto haver qualquer violência.
A Velha é acompanhada no peditório que é feito pela aldeia, de porta em porta, pela Bailadeira e pelo Bailador, este último vestido com o traje habitual de um pauliteiro de Miranda, munido de castanholas para acompanhar a música. A Bailadeira tem o seu traje antigo de mulher, ostentando também um chapéu de pauliteiro sobre um lenço chinês e transportando duas conchas para tocar ao ritmo da música.
O peditório inicia-se depois da alvorada. Além dos três personagens e dos mordomos que levam alforges ou sacos para recolherem o que lhes for oferecido, dinheiro ou géneros, seguem os músicos. O trio dança a cada porta a "dança da bicha", que é tocada por um conjunto de tamborileiros mirandeses, gaita, caixa e bombo. Também são lançados foguetes, animam a festa e vão dando sinal do posicionamento na aldeia do grupo.
Achei curioso o facto de cada uma das três personagens guardar o sua própria esmola, havendo uma certa concorrência para ver quem juntava mais dinheiro. Só me apercebi disso depois de ter sido "obrigado" a contribuir, "ameaçado" pela Velha, a quem entreguei toda a minha esmola.
O peditório dura toda a manhã. Ao início da tarde celebra-se a missa, mas só a Bailadeira pode assistir, tirando o chapéu e cobrindo-se com o lenço e um xaile. A Velha e o Bailador ficam fora do adro da igreja e esperam que termine a missa seguida de procissão com o Menino em torno da igreja.
Finda a procissão, juntam-se os três no adro da igreja e dançam a "bicha" para alegria de toda a população que se junta para o leilão dos géneros recolhidos. O que sobra de pão, carne e vinho é para uma ceia colectiva.
Mais tarde a população junta-se em volta da fogueira a que é ateado fogo. A festa continua com baile animado pela noite dentro.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Miranda do Douro a 1/04/2014 02:46:00 AM
A primeira curiosidade deste festa manifesta-se logo na designação: festa do Menino ou festa da Velha (ou dança da Velha). Nestas duas designações confrontam-se duas realidades bem distintas o religioso e o pagão. Os estudiosos atribuem a origem da vertente pagã ao culto da fertilidade e a cerimónias de iniciação. Aliás o nordeste Trasmontano é fértil nestas celebrações, havendo manifestações com algumas linhas comuns no concelho de Mogadouro, nomeadamente em Bemposta e Tó.
A cristianização desta e doutras manifestações pagãs deve ter acontecido de forma espontânea, com integração gradual dos elementos religiosos nas celebrações existentes. Curiosamente ainda hoje a integração respeita certas fronteiras, como por exemplo o fato da Velha não entrar na igreja e a Bailadeira entrar!
A festa começa antes do dia 1 de janeiro, normalmente no dia de Natal. Os mordomos, um rapaz e duas raparigas, todos solteiros, convidam a população para irem cortar lenha destinada à fogueira que será acesa no dia no dia da Festa do Menino, a 1 de janeiro. A lenha seria trazida em carros de bois puxados pela força dos braços dos rapazes, um pouco como ainda acontece em Miranda do Douro com a lenha da Fogueira do Galo.
Em Vila Chã a lenha já é transportada por tratores, mas, mesmo assim não deixa de ser uma festa, finalizando com um farta refeição no salão (com cozinha) que a freguesia já dispõe.
Nos dias seguintes ensaia-se o trio que que estará no centro da festa: a Velha, o Bailador e a Bailadeira, todos rapazes. Parece-me que não são necessários muitos ensaios, uma vez que este papel é representado pelas mesmas pessoas durante vários anos, mas há sempre necessidade de ir "passando o testemunho" aos mais jovens.
Ao contrário doutras manifestações do género, a Velha não usa máscara, antes apresenta a cara e as mãos tisnadas com cortiça queimada. Usa ao pescoço uma cruz da mesma cortiça queimada, presa num colar de bugalhos, com que tisna as pessoas avarentas que não contribuem com esmola e as moças solteiras.
A par da vestimenta, única e muito interessante, onde se destacam as franjas e as rendas brancas, transporta uma "bota" cheia de vinho, na mão esquerda uma estaca de pau onde vai pendurando as peças de fumeiro que lhe são dadas e na direita traz uma bengala com algumas bexigas de porco cheias de vento na extremidade. Ao ar assustador de toda a vestimenta e às bexigas cheias de ar, juntam-se os gritos assustadores que solta de quando em quando, assustando os mais pequenos, sem no entanto haver qualquer violência.
A Velha é acompanhada no peditório que é feito pela aldeia, de porta em porta, pela Bailadeira e pelo Bailador, este último vestido com o traje habitual de um pauliteiro de Miranda, munido de castanholas para acompanhar a música. A Bailadeira tem o seu traje antigo de mulher, ostentando também um chapéu de pauliteiro sobre um lenço chinês e transportando duas conchas para tocar ao ritmo da música.
O peditório inicia-se depois da alvorada. Além dos três personagens e dos mordomos que levam alforges ou sacos para recolherem o que lhes for oferecido, dinheiro ou géneros, seguem os músicos. O trio dança a cada porta a "dança da bicha", que é tocada por um conjunto de tamborileiros mirandeses, gaita, caixa e bombo. Também são lançados foguetes, animam a festa e vão dando sinal do posicionamento na aldeia do grupo.
Achei curioso o facto de cada uma das três personagens guardar o sua própria esmola, havendo uma certa concorrência para ver quem juntava mais dinheiro. Só me apercebi disso depois de ter sido "obrigado" a contribuir, "ameaçado" pela Velha, a quem entreguei toda a minha esmola.
O peditório dura toda a manhã. Ao início da tarde celebra-se a missa, mas só a Bailadeira pode assistir, tirando o chapéu e cobrindo-se com o lenço e um xaile. A Velha e o Bailador ficam fora do adro da igreja e esperam que termine a missa seguida de procissão com o Menino em torno da igreja.
Finda a procissão, juntam-se os três no adro da igreja e dançam a "bicha" para alegria de toda a população que se junta para o leilão dos géneros recolhidos. O que sobra de pão, carne e vinho é para uma ceia colectiva.
Mais tarde a população junta-se em volta da fogueira a que é ateado fogo. A festa continua com baile animado pela noite dentro.
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Vila Cha da Braciosa
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
[À Descoberta de Vila Flor] Na serra do Vieiro
O mau tempo que se tem feito sentir nos últimos dias proporcionou a oportunidade para rever com mais calma algumas das "viagens" realizadas durante 2013 pelos caminhos do concelho. Foram muitas caminhadas, algumas viagens de automóvel e outras de bicicleta, mas em todas há uma máquina fotográfica, com mais ou menos pixels, que fixa o momento para mais tarde recordar.
No início de outubro de 2013 fiz uma caminhada à serra de Vieiro, com o objetivo de estudar o terreno para aí colocar uma pequena brincadeira do passatempo Geocaching. Não pensava demorar muito porque fui de carro até perto das ruínas da capela de São Domingos, fazendo depois a subida à serra a pé.
Estávamos em plena época da vindima, mas pensei que naquela zona já não houvesse uvas por vindimar, mas enganei-me. Logo na Palhona me apercebi que poderia ter sorte e conseguir alguns cenários fotográficos com que não estava a contar.
Independentemente da vindimas, o cenário visto do alto da serra é quase divino, beneficiado pela luz mágica de final de tarde. Apesar da caminhada se ter iniciado logo depois de almoço foi tão interessante que a noite caiu quando ainda me encontrava no ponto mais distante da serra, perto de uma zona chamada Serra Tinta, tendo que fazer o percurso de regresso já de noite.
O rio Tua corre a pouca distância, logo depois da aldeia do Vieiro, traçando uma fronteira natural entre os concelhos de Vila Flor e Mirandela. Conheço cada monte, cada caminho, no concelho de Vila Flor e percorrer com o olhar o Cabeço, o Faro, descer ao Vilarinho e regressar ao Vieiro trás-me à memória, caminhadas já distantes e cores de muitas estações. Pelo contrário, do lado de lá do Tua, praticamente tudo é desconhecido. À exceção de algumas visitas a Abreiro, Navalho e Barcel, o desconhecido atrai-me e sinto muita vontade de percorrer o horizonte até onde a vista chega, ao alto da serra dos Passos a mais de 900 metros de altitude.
Olhando para o lado voltado a sul, o cenário também costuma ser magnífico. Digo costuma porque praticamente toda a área que se avista ardeu no verão passado. As chamas consumiram tudo desde Samões, vale do Pelão, vale da Cabreira, Folgares, perdendo-se lá para o escondidos Pereiros, no concelho de Carrazeda de Ansiães. Doí o coração. É a zona mais recôndita do concelho, mas a mais tranquila, aquela onde os regatos ainda percorrem áreas onde o homem poucas marcas deixou e onde só passa quem tem mesmo uma forte razão para por ali passar. Grandes caminhadas (e cansativas) já fiz naqueles vales. E que triste me pareceu agora o vale das Mós!
Depois de "sentir" tudo o que se avista do alto da Sapinha (primeiro dos 3 cumes a percorrer) parti para a segunda etapa. Foi então que encontrei um rancho de vindimadores em plena vindima. Ao contrário dos podadores que ali encontrei em janeiro de 2013, que não apreciaram ser fotografados, os vindimadores não se sentiram incomodados e pude fazer algumas fotografias.
Entusiasmei-me e dei comigo a fotografar a preto e branco, tentando captar algo mais do que as cores que já por si eram fantásticas. Não quis perturbar os trabalhos e segui o meu caminho em direção ao segundo cume, o marco geodésico de Freixiel (618 metros de altitude). Na caminhada que fizemos em fevereiro tínhamos como objetivo alcançar este marco geodésico, mas por não haver um acesso marcado, acabámos por passar ao lado sem o encontrarmos. Ele é visível de longas distâncias, mas depois de estarmos perto, não o vemos. Desta vez consegui alcança-lo sem grande dificuldade.
Em redor do marco geodésico está sinalizada a existência de um castro. São visíveis algumas paredes, mas parecem-me muito recentes para serem atribuídas à idade do ferro.
Atingido o segundo pico regressei ao caminho voltando algumas centenas de metros para trás. Foi mais seguro do que seguir em corta-mato em direção ao terceiro. Não é fácil andar pelo meio das estevas e das carquejas, elas rasgam qualquer tecido e penetram na carne, se não tivermos cuidado.
Já na segurança do caminho passa-se junto ao retransmissor de televisão. Servia as povoações de Freixiel de Vieiro, mas não sei se ainda se encontra em atividade. Há também uma antena de rede wireless, mas o sinal é muito fraco. Conseguir colocar algumas fotografias no Facebook! Continuei pelo caminho, passando pela Fraga Amarela até encontrar um antena gigantesca da TMN. Esse local chama-se Feiteira, é o terceiro pico da minha caminhada e o meu destino final. Curiosamente algumas aves fizeram ninho no alto da enorme antena! Seriam corvos, águias ou falcões? Gostaria de saber.
Posicionei-me no ponto mais elevado do monte e registei as coordenadas com a ajuda do GPS. Precisava das coordenadas para conseguir incluir este lugar num roteiro de locais a visitar no âmbito da prática do Geocaching.
E foi quando me encontrava neste local e fui surpreendido com a luz quente do sol em despedida. A constatação do fim do dia não me fez acelerar o passo, enfeitiçou-me continuei a tentar captar a magia da luz que fugia deixando o horizonte com tons rosa muito subtis.
Só quando já não via nada para fotografar, me convenci de que tinha que regressar. Felizmente bastava-me seguir o caminho inverso, sem qualquer possibilidade de me perder.
A certa altura, pareceu-me ver uma sombra junto dos meus pés. Disparei o flash e consegui captar uma pequena cobra que fugiu assustada (tanto quanto eu fiquei).
Depois desta minha caminhada, já outras pessoas visitaram o marco geodésico e a Feiteira, graças às minhas coordenadas.
Foi a quarta ou quinta vez que percorri aquela serra e gostei como se fosse a primeira. A natureza está sempre a surpreender-nos e caminhar sem relógio é das coisas mais "saborosas" que se podem fazer na vida.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/03/2014 08:59:00 PM
No início de outubro de 2013 fiz uma caminhada à serra de Vieiro, com o objetivo de estudar o terreno para aí colocar uma pequena brincadeira do passatempo Geocaching. Não pensava demorar muito porque fui de carro até perto das ruínas da capela de São Domingos, fazendo depois a subida à serra a pé.
Estávamos em plena época da vindima, mas pensei que naquela zona já não houvesse uvas por vindimar, mas enganei-me. Logo na Palhona me apercebi que poderia ter sorte e conseguir alguns cenários fotográficos com que não estava a contar.
Independentemente da vindimas, o cenário visto do alto da serra é quase divino, beneficiado pela luz mágica de final de tarde. Apesar da caminhada se ter iniciado logo depois de almoço foi tão interessante que a noite caiu quando ainda me encontrava no ponto mais distante da serra, perto de uma zona chamada Serra Tinta, tendo que fazer o percurso de regresso já de noite.
O rio Tua corre a pouca distância, logo depois da aldeia do Vieiro, traçando uma fronteira natural entre os concelhos de Vila Flor e Mirandela. Conheço cada monte, cada caminho, no concelho de Vila Flor e percorrer com o olhar o Cabeço, o Faro, descer ao Vilarinho e regressar ao Vieiro trás-me à memória, caminhadas já distantes e cores de muitas estações. Pelo contrário, do lado de lá do Tua, praticamente tudo é desconhecido. À exceção de algumas visitas a Abreiro, Navalho e Barcel, o desconhecido atrai-me e sinto muita vontade de percorrer o horizonte até onde a vista chega, ao alto da serra dos Passos a mais de 900 metros de altitude.
Olhando para o lado voltado a sul, o cenário também costuma ser magnífico. Digo costuma porque praticamente toda a área que se avista ardeu no verão passado. As chamas consumiram tudo desde Samões, vale do Pelão, vale da Cabreira, Folgares, perdendo-se lá para o escondidos Pereiros, no concelho de Carrazeda de Ansiães. Doí o coração. É a zona mais recôndita do concelho, mas a mais tranquila, aquela onde os regatos ainda percorrem áreas onde o homem poucas marcas deixou e onde só passa quem tem mesmo uma forte razão para por ali passar. Grandes caminhadas (e cansativas) já fiz naqueles vales. E que triste me pareceu agora o vale das Mós!
Depois de "sentir" tudo o que se avista do alto da Sapinha (primeiro dos 3 cumes a percorrer) parti para a segunda etapa. Foi então que encontrei um rancho de vindimadores em plena vindima. Ao contrário dos podadores que ali encontrei em janeiro de 2013, que não apreciaram ser fotografados, os vindimadores não se sentiram incomodados e pude fazer algumas fotografias.
Entusiasmei-me e dei comigo a fotografar a preto e branco, tentando captar algo mais do que as cores que já por si eram fantásticas. Não quis perturbar os trabalhos e segui o meu caminho em direção ao segundo cume, o marco geodésico de Freixiel (618 metros de altitude). Na caminhada que fizemos em fevereiro tínhamos como objetivo alcançar este marco geodésico, mas por não haver um acesso marcado, acabámos por passar ao lado sem o encontrarmos. Ele é visível de longas distâncias, mas depois de estarmos perto, não o vemos. Desta vez consegui alcança-lo sem grande dificuldade.
Em redor do marco geodésico está sinalizada a existência de um castro. São visíveis algumas paredes, mas parecem-me muito recentes para serem atribuídas à idade do ferro.
Atingido o segundo pico regressei ao caminho voltando algumas centenas de metros para trás. Foi mais seguro do que seguir em corta-mato em direção ao terceiro. Não é fácil andar pelo meio das estevas e das carquejas, elas rasgam qualquer tecido e penetram na carne, se não tivermos cuidado.
Já na segurança do caminho passa-se junto ao retransmissor de televisão. Servia as povoações de Freixiel de Vieiro, mas não sei se ainda se encontra em atividade. Há também uma antena de rede wireless, mas o sinal é muito fraco. Conseguir colocar algumas fotografias no Facebook! Continuei pelo caminho, passando pela Fraga Amarela até encontrar um antena gigantesca da TMN. Esse local chama-se Feiteira, é o terceiro pico da minha caminhada e o meu destino final. Curiosamente algumas aves fizeram ninho no alto da enorme antena! Seriam corvos, águias ou falcões? Gostaria de saber.
Posicionei-me no ponto mais elevado do monte e registei as coordenadas com a ajuda do GPS. Precisava das coordenadas para conseguir incluir este lugar num roteiro de locais a visitar no âmbito da prática do Geocaching.
E foi quando me encontrava neste local e fui surpreendido com a luz quente do sol em despedida. A constatação do fim do dia não me fez acelerar o passo, enfeitiçou-me continuei a tentar captar a magia da luz que fugia deixando o horizonte com tons rosa muito subtis.
Só quando já não via nada para fotografar, me convenci de que tinha que regressar. Felizmente bastava-me seguir o caminho inverso, sem qualquer possibilidade de me perder.
A certa altura, pareceu-me ver uma sombra junto dos meus pés. Disparei o flash e consegui captar uma pequena cobra que fugiu assustada (tanto quanto eu fiquei).
Depois desta minha caminhada, já outras pessoas visitaram o marco geodésico e a Feiteira, graças às minhas coordenadas.
Foi a quarta ou quinta vez que percorri aquela serra e gostei como se fosse a primeira. A natureza está sempre a surpreender-nos e caminhar sem relógio é das coisas mais "saborosas" que se podem fazer na vida.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/03/2014 08:59:00 PM
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