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sábado, 4 de janeiro de 2014
[À Descoberta de Vila Flor] e de repente é noite (XLII)
XLII
Sentemo-nos na soleira da porta.
Há canções que atravessam a rua
acima do tempo, como se as horas
sobrassem do sempre deste instante.
A serra, vista daqui,
é serena parede de hera.
Paisagem para emoldurar
e pôr no quarto, contra os malefícios.
Tudo parece construído
sobre colunas eternas negando a natureza.
Como foi possível, neste espaço,
que todos tivessem morrido?
Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 1/04/2014 11:27:00 PM
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