quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Ribalonga (II)

Área: 852 ha
População: Cerca de 80 habitantes
Presidente: Luís Jesus Veiga
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas do Senhor dos Passos, do Cemitério, Nichos de Stª Marinha, de Stª Teresinha, Fraga das Ferraduras, Gravuras Rupestres, Edifício da Junta, Escola Primária (desactivada), Fonte de Mergulho na Rua da Fonte
Património Paisagístico: Toda a Freguesia é uma Vista Panorâmica
Festas e Romarias: Festa em honra de Stª Marinha a 18 de Julho
Espaços lúdicos: Internet no Edifício da Junta
Orago: Stª Marinha
Principais actividades económicas: Agricultura, Vinha, Olival, Comércio.
 



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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/27/2011 12:42:00 AM

[À Descoberta de Vila Flor] Esfinge

Andam horas à procura
de um número que as faça
um dia
Enlevo de doçura
que por traição enlaça
cores desfeitas a fazerem nastros
de cor sem cor
folhas bailando, muitas... muitas... em redor,
luzes a acender e a apagar e lembram
astros.
- olhos fechados
caindo, correndo, fulgindo
mas sempre presos num lugar sem ponto.
Raio de sol
não venhas queimar
a barca do destino...
Esperança de luz
que surjas matutino
e quede anos à procura de um só dia
no
pêndulo sem lei
da eternidade...

Nascimento Fonseca (Notícias de Mirandela, 02/03/1969)

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/27/2011 12:01:00 AM

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] A los pies de mi pueblo


À dias cliquei à sorte num dos seguidores do blogue À Descoberta de Vila Flor. Verifiquei que se tratava de uma pessoas de nome Adel, que escrevia em castelhano, sobre uma aldeia perdida em Trás-os-Montes, algures no concelho de Carrazeda de Ansiães. No seu blogue, Reino de Rocas, fui encontrar algumas palavras que me tocaram, poucas mas cheias de emoção, próprias de quem ama à distância.  Tomei a liberdade de copiar um pequeno texto para aqui e juntar-lhe uma fotografia (modificada) tirada do alto da queda de água do Síbio, perto de Coleja. Que este meu acto sirva para que o autor escreva mais.

A los pies de mi pueblo, esta el rio Duero, que ahora va manso por las presas construidas para hacerlo fluvial.
A las orillas son todo Montes y el suelo escalonado con muros de piedra, aguantando el terreno.
Fue nombrado Patrimonio del vino de Oporto. Donde quiera que se mire hay viñedos .
Frente a mi pueblo están las vías del Tren, un recorrido a la vera del río y por la falda de la montaña.
La población en invierno es de unos cien habitantes, llegando en verano y en la vendimia a multiplicarse por diez.
En el Río hay un pequeño puerto fluvial, en verano con muchos barquitos y motos de agua venidos de muchos pueblos y ciudades, la mayoría de Oporto.
Entre Rocas y Montes se levanta este refugio de Paz, que me encanta desde niño.
Aquí he nacido, nacieron mis Abuelos Paternos, varios hermanos y mi Padre.
Que en Paz descansen.
De aquí herede mi sangre.Pueblo de rocas es llamarle lo que es, pues las Rocas van besándote los Pies.

Texto retirado do Blogue: Reino de Rocas

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/26/2011 12:09:00 AM

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Freguesia Mistério 43

A Freguesia Mistério n.42 decorreu durante o mês de Dezembro. Participaram 19 pessoas e os votos ficaram distribuídos da seguinte forma:
Candoso (1) 5%
Freixiel (5) 26%
Lodões (1) 5%
Nabo (3) 16%
Sampaio (3) 16%
Santa Comba de Vilariça (1) 5%
Vale Frechoso (1) 5%
Valtorno (2) 11%
Vilarinho das Azenhas (1) 5%
Vilas Boas (1) 5%
São poucas as vezes em que a tendência se inclina para a resposta certa, mas, desta vez, aconteceu. O bonito cruzeiro que a fotografia mostra pode ser admirado na freguesia de Freixiel. Está situado  junto à estrada M629, estrada que faz a ligação da sede de freguesia com Folgares, onde não vou já há algum tempo. A posição elevada, o fresco de Cristo pintado na cruz em pedra e o arranjo do espaço envolvente, fazem deste lugar um bonito recanto de Freixiel. As quatro bases de pilares distribuídas em redor da cruz dão a entender que a mesma deve ter estado, em dada altura, coberta por uma estrutura. Coberturas do género podem ser encontradas em cruzeiros de Samões e Valtorno.
O desafio para o mês de Janeiro de 2011 é um painel de azulejos. Trata-se de uma aplicação muito recente numa fonte já bastante antiga. O facto de se tratar de uma obra recente, aumenta a dificuldade na sua identificação, mas, o importante é despertar o interesse em conhecer o local. Venham daí os palpites.
Em que freguesia podemos encontrar uma fonte onde foi aplicado este painel de azulejos recentemente?
(A resposta é dada na margem direita do blogue, no desafio Freguesia Mistério n.º 43).

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/25/2011 12:01:00 AM

[À Descoberta de Miranda do Douro] Estação de Duas Igrejas

Estação terminal da antiga Linha do Sabor, em Duas Igrejas, Miranda do Douro.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Miranda do Douro a 1/25/2011 12:59:00 AM

[À Descoberta de Mogadouro] Fechado aberto

Portão em ferro, no Variz, Mogadouro.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Mogadouro a 1/25/2011 12:55:00 AM

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Ao sabor das estações

Nos últimos dias têm-se vivido temperaturas muito baixas, em todo o concelho de Carrazeda de Ansiães. Na deslocação que fiz a Zedes, para votar, no domingo passado, verifiquei mais uma vez que o frio veio para ficar. Apesar de já ter caído bastante neve em Dezembro, ainda não tive oportunidade de fotografar o verdadeiro inverno. Não aconteceu o mesmo com o Outono, que registei e muitas fotografias, principalmente em Zedes e Fontelonga. Os castanheiros continuam a ser um dos meus temas preferidos para fotografar.
A fotografia de hoje foi tirada em Zedes, num souto nos Brunhais.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/25/2011 12:52:00 AM

[À Descoberta de Vila Flor] Capela de Nossa Senhora do Carrasco

Ficou por publicar na reportagem da Peregrinação anterior, uma fotografia da capela de Nossa Senhora do Carrasco, no Nabo. O recinto é um espaço agradável e sempre sossegado. Na fonte junto à buganvília da fotografia mato muitas vezes a sede. Há também uma acácia, que sem ser muito apreciada por algumas pessoas (pelas alergias que causa), empresta muito colorido ao local.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/25/2011 12:41:00 AM

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Rostos

Às vezes cruzamo-nos com pessoas que mostram no olhar toda a alma de ser transmontano. Mais raro ainda é quando nos cruzamos com a mesma pessoas duas vezes.
Foto: agricultor a caminho do campo, em Fontelonga.
26-11-2010

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/24/2011 03:05:00 AM

[À Descoberta de Vila Flor] Peregrinações – Capela de Santa Cruz (Nabo)

Já distante o dia 21 de Novembro em que fiz uma memorável caminhada ao Nabo, mas, foi tão emocione (e não só), que não posso deixar de partilhar algumas dessas imagens e emoções captadas ao longo de alguns quilómetros por caminhos por muito poucos percorridos.
Mais uma vez tive a companhia do colega de trabalho e ultimamente de caminhadas, Helder Magueta.
Partimos de Vila Flor ao início da manhã, num dia fresco e cinzento, mostrando-se pouco convidativo para passeios na natureza. O destino da "Peregrinação" seria a Capela de S. Cruz, mas pretendíamos aproveitar para visitar a nova Barragem, a Pala do Conde e o cabeço de Nossa Senhora do Carrasco. Pelo caminho também pretendíamos passar por locais interessantes de visitar como o Arco ou a aldeia abandona do Gavião.
Caminhar por locais assim, é uma verdadeira aventura. Nunca sabemos o quê ou mesmo quem vamos encontrar, mas por isso é que este Blogue se chama À DESCOBERTA....

A primeira paragem aconteceu na Fonte do Olmo, junto ao novo Estádio Municipal. É um local que visito com frequência na Primavera, à "caça" de flores, insectos (e cobras!) e que fica no caminho para o Arco. Passámos junto ao cemitério, onde algumas pessoas já cuidavam das sepulturas dos seus familiares; atravessámos toda a aldeia, de cima abaixo. Em todas as portas e esquinas havia garrafas e garrafões cheios de água! Estou em crer que os cães, no Arco, terão muita dificuldade em fazerem as suas necessidades, uma vez que (julgo) toda essa água se destina a demove-los de urinarem nos locais.
O percurso até à aldeia abandonada do Gavião é a subir mas com uma paisagem deslumbrante. Mas não foi só a vista em direcção ao vale que nos agradou, os medronheiros que crescem em matagais por uma vasta área apresentavam frutos maduros, para comer, e vistosos, para fotografar.
Também as ruínas das casas da pequena aldeia são sempre um desafio para a fotografia e nem mesmo a vontade de seguir caminho me impediu de fazer alguns disparos tentando captar a alma do local, a preto e branco, é claro.
 As descidas são sempre agradáveis e quando iniciámos o percurso em direcção ao Nabo a progressão foi rápida. As coisas não são bem como parecem e, muito tempo a descer, acaba por ser tanto ou mais cansativo do que caminhar a subir.
 Pelo caminho fomos surpreendidos por vários alimentadores para perdizes e até perdizes que nos deixaram aproximar a poucos metros de distância! Também fomos apanhados por uma chuvada que algumas nuvens escuras despejaram sobre nós, mas estávamos preparados para enfrentar o mau tempo e nada nos fez parar.
Passámos a poente da aldeia e continuámos em direcção a sul, bem ao coração do vale, onde se situava a antiga fortificação de Godeiros.
 Foi a primeira vez que ali estive desde que a barragem do Arco e do Ribeiro Grande foi concluída. Num dos meus primeiros passeios em Junho de 2007 percorri toda esta área à procura de vestígios arqueológicos. Havia imensos, até para um leigo como eu. No âmbito da construção da barragem foram feitos estudos arqueológicos em Godeiros e no Monte Couquinho.
Os especialistas encontraram vestígios desde a época contemporânea até à época proto-histórica. Muitos fragmentos cerâmicos medievais e romanos. O alto de Godeiros, onde se elevaria a torre de vigia escapou, mas as partes mais baixas forram alagadas pelas águas da barragem.
 Felizmente o nível da água estava bastante baixo e ainda podemos ver os locais onde foram feitas prospecções arqueológicas. Também a fraga conhecida como a Pala do Conde, sobre a qual foi escavada uma sepultura, estava acima do nível da água. Foi muito interessante voltar a este local.
 O Nabo estava ainda muito distante, bem como a capela de Santa Cruz. Já com alguma vontade ao almoço iniciámos o caminho que nos conduziria à aldeia.

Junto ao caminho encontrámos a antiga capela de Santa Cruz ou de Nossa Senhora da Conceição. É uma construção muito simples. O elemento mais curioso no local é mesmo o elegante cruzeiro que se encontra em frente à capela.
 Satisfeitos por chegarmos ao objectivo da nossa caminhada, restava-nos caminhar mais um pouco até alcançarmos o povoado, onde o carro de apoio, nos veio buscar. A curiosidade levou-nos ainda ao cimo da aldeia, à Nossa Senhora do Carrasco, de onde seguimos até à igreja Matriz. Aqui, já exaustos e esfomeados, esperámos pelo "resgate", que não demorou a chegar.
 Esta caminhada de uma manhã (e quase meia tarde) foi cansativa mas repleta de locais interessantes e contrastes de cor. Foram 15 quilómetros que não me importo de repetir no futuro.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/24/2011 01:47:00 AM

sábado, 22 de janeiro de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Inverno


Desenha-se a manhã corda de lira
Soando-me cá dentro, neste misto
De foto de álbum e rota de imprevisto,
Prova que, hora a hora, o tempo expira...

No escano, um livro que eu nunca abrira.
E o fumo esboça o que não avisto
Ou se entremostra e foge, e não desisto,
Antes que a bruma me atinja e fira.

Vagos, ouvem-se os sinos de Samões...
Vai chover mais. Já atingiu Lodões
A rebofa. No Vale, há já miséria.

E, ao lar, do lume a face calma
Oferece-me a percepção da alma
E o justo sentido da matéria.

Poema do Dr. João de Sá, do livro "Flores para Vila Flor", 1996.
Fotografia: montagem representando a zona envolvente à Barragem do Peneireiro, em Vila Flor.
Com uma saudação especial para a Transmontana, que hoje está de parabéns.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/22/2011 05:23:00 PM

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Freguesia Mistério 42

A votação na  Freguesia Mistério n.º 42 decorreu durante o mês de Novembro de 2010. Participaram 14 pessoas e a votação ficou distribuída da seguinte forma:
Benlhevai (1) 7%
Candoso (1) 7%
Freixiel (2) 14%
Mourão (1) 7%
Roios (1) 7%
Sampaio (1) 7%
Samões (1) 7%
Seixos de Manhoses (2) 14%
Vale Frechoso (2) 14%
Vila Flor (1) 7%
Vilarinho das Azenhas (1) 7%

Pela número de votantes e pela distribuição dos votos é visível a dúvida. Não é de admirar, trata-se de um pormenor na parede de uma igreja e é possível que poucos reparem nele. Embora Seixo de Manhoses, Freixiel e Vale Frechoso tenham ficado na primeira posição (apenas com 2 votos), as pedras que a fotografia mostram encontram-se na bonita e antiga igreja matriz de Valtorno. Não sei faziam parte de uma anterior porta e assim foram deixadas numa das muitas remodelações que esta igreja sofreu.
O enigma seguinte (que decorreu durante o mês de Dezembro), estava representado por mais um cruzeiro. Em que freguesia podemos encontrar este cruzeiro, era a pergunta. Brevemente publicarei os resultados.

Entretanto, já está disponível a desafio Freguesia Mistério nº 43, representada por um recente painel de azulejos. Participem.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/21/2011 01:27:00 AM

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Reis 2011 (3)

Continuação de Reis 2011 (2)

O penúltimo grupo a entrar em cena representou Voltorno. É uma presença habitual nas galas, sempre com muita alegria e vozes afinadas. Pareceu-me ser o maior grupo em palco. Além da alegria das suas canções, chamou-me à atenção um enorme galheiro que transportavam. Era realmente grande e bastante recheado.
Interpretaram Estrela de BelémAcordai, vinde ouvir cantar os Reis.

Estrela de Belém

Refrão
Guiados por uma estrela,
Já chegamos mais além.
Visitar o Deus Menino
Ao Presépio de Belém
Visitar o Deus Menino
Que Nossa Senhora tem.

I
Seguimos a nova estrela,
Que vimos brilhar nos céus
E foi guiados por ela.
Qu' encontrámos nosso Deus.

II
Senhores de Vila Flor
Atendei e ouvireis
É Valtomo e Alagoa
Quem vos vem cantar os Reis.

III
Nós vimos de nossas terras,
De lugar de bons pastores,
Vamos dar as Boas Festas
A todos estes senhores.

IV
Quem diremos nós que viva
Num copinho de cristal
Para não dizer quem viva,
Vivam todos em geral.

V
Glória a Deus lá nas alturas,
Glória a Cristo Redentor
E na terra, as criaturas,
Tenham paz, ventura e amor.

VI
Um raminho, dois raminhos,
Ao Deus Menino vou dar
Para Ele com seu jeitinho
No Céu nos dê um lugar!

VII
A gente da nossa terra
Num gesto de gratidão
Vem saudar esta Câmara
Porque a tem no coração.

VIII
Vimos dar as Boas Festas
Anunciar com alegria
Já nasceu o Deus menino,
Filho da Virgem Maria.

IX
Despedida, despedida
Deixou-a Cristo na Cruz
Adeus meus senhores todos
Fiquem na paz de Jesus!

Acordai, vinde ouvir cantar os Reis

Estais a dormir
Estais a descansar
São as Boas Festas
Que vos vimos dar

Estais acordados
Vinde cá ver
Trazei a caneca
P'ra gente beber.

I
Vimos dar as boas festas
Boas festas vimos dar
Com respeito ao Ano Novo
Temos muito que contar.

II
Ainda agora aqui cheguei
Pus o pé nesta escada
Logo o meu coração disse
Que aqui mora gente honrada.


III
Quem diremos nós que viva
Uma rosa branca ao peito
Viva o Senhor Presidente
Que é um homem de respeito.

IV
De quem é esta agulhinha
Que eu achei além do mar
E da Doutora Gracinda
Que lhe caiu de bordar.

V
De quem é esta caneta
Que eu achei naquele pomar
E do senhor Engenheiro
Que lhe caiu a trabalhar.

VI
A todos os que trabalham
Na Câmara de Vila Flor
Desejamos com carinho
Muita paz e muito amor.

VII
Não queremos ir embora
Sem deixar de elogiar
Todas estas Freguesias
Que aqui vieram cantar!

VIII
Quem diremos nós que viva
No grãozinho do arroz
Viva quem aqui está
Por muitos anos e "bos" Refrão

IX
Despedida despedida
Despedi vimos dar
Queira Deus que d'hoje a um ano
Nos voltemos a encontrar.



O último grupo da gala foi o Grupo de Música Tradicional da Associação Cultural e Recreativa de Vila Flor, uma das entidades organizadoras. Para além do seu afinado grupo de vozes e do seu alegre conjunto musical, colocaram em cena uma verdadeira cozinha tradicional. Não faltava a lareira, o pão e vinho, os feijões chicharos, os rojões, etc. Os rosquilhos estavam muito saborosos.
Interpretaram duas canções, com letras escritas expressamente para a gala: Os anjos também cantam e São de Pedra os Degraus.

Os anjos também cantam

1) Nós vimos cantar os Reis
Nesta noite estreladinha,
Desejar as Boas-Festas
À gente desta casinha.

Refrão-1
Dormindo à lareira,
Cobertos com um véu,
Acompanhadinhos
Com os anjos do céu.
Ó anjos do céu,
Que tão bem cantais,
Cantai aos meninos,
Benditos sejais.

2) Ó da casa, nobre gente,
Abri-nos e ouvireis
Vinde ouvir vossos amigos,
Que vos vêm cantar os Reis.

3) Levantai-vos meus senhores
Desses banquinhos de prata.
Vinde-nos dar as Janeiras,
Que está um frio que mata.

4) Nesta casa vive gente,
Sai fumo da chaminé
O coração não nos mente,
Estão a ouvir-nos -8e pé.

5) Partilhar nesta alegria
E o calor que sentimos.
Noite de Reis é magia,
São os Reis que vos pedimos.

6) Nós trazemos amizade,
Trazemos recordações.
Na voz trazemos saudade,
Revivemos tradições.

7) Votos que sejam felizes,
Paz e amor no vosso lar.
São do Povo, são raizes,
Os Reis que vimos cantar.

8) Tradições que o Povo sente,
Que aqui vimos recordar.
Vila Flor está presente.
Bom Ano vos desejar.


Refrão 2

Dormindo à lareira,
Coberios com um véu,
A companhadinhos
Com os anjos do céu.
Ó Reis de Israel
Cantai em Belém,
Como os pastores
Cantaram também.
Ó anjos do céu,
Que tão bem cantais,
Cantai aos meninos,
Benditos sejais.



São de pedra os degraus

1) São de pedra os degraus
Desta escada e porta aberta,
O fumeiro preso em paus,
A nossa entrada está certa.

Refrão 1
Em canto dizemos
O que nós sentimos,
A cantar os Reis,
P'ró ano aqui vimos.
Um bom Ano Novo,
Com paz e amor,
Janeiras do povo
São de Vila Flor.

2) Gente boa, concerteza,
Os Reis vos vamos cantar,
Pedaço de pão na mesa,
Para nós é um manjar.

3) À luz viva dum facheiro,
E com frio de rachar,
A pé de pedra em toleiro,
P'la noite fora a cantar.

4) Obreiros de tradições,
Levamos longe a nossa voz
Alegramos corações,
Desejo de todos nós.

5) Nós vimos da Terra Quente,
Com perfume d'amendoeiras,
Vila Flor está presente,
P'ra vos cantar as Janeiras.

6) Por entre pedras e canelhos,
Estrumeiras de palha crua,
Em grupo, novos e velhos,
Em coro, de rua em rua.

7) Janeiras são união,
Janeiras são amizade,
São cultura e tradição,
São recordações e saudade.

8) São alegria também,
É cantar, é reviver.
Os mais velhos sabem bem,
Os mais novos aprender.

9) Vinde pastores da serra,
Ajudar-nos a cantar
Nossos Reis na vossa terra
E boas-festas desejar.

10) Trazei-nos a Boa Nova
Mensagens de Alegria,
O vosso canto é a prova
De viver o novo dia.

Refrão 2 (Final)
Cantemos os Reis,
Sabemos cantar,
O nosso grupo
Vai retirar.
Fiquem sorrindo
De saudade,
Com a família
Junta no lar.

No final da gala subiram ao palco o Dr. Pimentel e a Dr.ª Gracinda, para distribuírem os prémios de presença a todos os grupos mas também para atribuir os prémios do Concurso de Presépios e do Concurso de Montras. Não houve grandes novidades nas entidades que participaram nestes dois concursos, assim como nos vencedores. Seria interessante se mais instituições participassem, poderia dar mais alegria e cor à época natalícia.  Como a Câmara Municipal tem de novo um sítio web operacional, poderia também divulgar as entidades concorrentes, fotografias dos presépios e montras e também a sua localização, para que outras pessoas pudessem visitá-los.
Este ano apenas vi o presépio da Associação Alegre Atitude, de Carvalho de Egas, montado junto à estrada nacional, no centro da aldeia.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/20/2011 12:43:00 AM

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

[A Linha é Tua] Eu adoro andar de comboio



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Publicada por Xo_oX em A Linha é Tua a 1/19/2011 09:51:00 PM

[A Linha é Tua] O que diz a comunicação social - Jan2011


Outras notícias

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Publicada por Xo_oX em A Linha é Tua a 1/19/2011 11:37:00 AM

[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Bom Ano 2011

Depois de algum tempo de pausa, o Blogue está de volta. Bom ano de 2011 para todos os visitantes.



Ao bateres à minha porta
Vê lá com que intenção vens
Se for por mal não entres
Por bondade aqui me tens.

Esta é uma quadra que se encontra junta uma porta na freguesia de Seixo de Ansiães.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 1/19/2011 02:50:00 AM

[À Descoberta de Vila Flor] Reis 2011 (2)

Continuação de Reis 2011 (1).
O quarto grupo a actuar na 17.ª Gala dos Reis foi um grupo estreante, Coro de S. Sebastião. Este grupo  acompanha as celebrações eucarísticas dominicais na igreja matriz e, este ano, decidiram também juntar-se para cantarem os Reis. Vestidos com trajes tradicionais e acompanhadas de alguns instrumentos musicais, cantaram Noite de Reis e P'ra Belém corre o pastor.
As suas gargantas afinadas, habituadas ao canto, animaram a plateia.


Noite de Reis

Refrão
Aqui estamos nós,
Esperamos que gosteis.
A cantar p'ra vós,
Não estaremos sós
Na noite de Reis.

1) Era uma vez um Menino,
Dos outros muito diferente,
Tinha uma divina luz,
Era o Menino Jesus,
Iluminou toda a gente.

2) Vinde Reis, vinde pastores,
Vinde adorar o Menino.
Ele vai fazer-se grande,
Queira Deus qu'Ele nos mande
Os seus anjos protectores.

3) Se o Menino hoje nascesse,
Seria em Vila Flor!
Seu caminho aqui faria
E ninguém o mataria
Porque aqui teria amor!

4) Boas festas, com saúde,
Haja comida na mesa!
Para melhor tudo mude,
Que Deus sempre nos ajude,
A luz da paz bem acesa!



P'ra Belém corre o pastor

Aleluia, Aleluia
Venham todos a Belém
Adorar o Deus Menino
Que Nossa Senhora tem
Filho da Virgem Maria
D' imaculada verdade
Paz, Amor e Alegria
Prá toda a humanidade

Refrão
P'ra Belém corre o pastor
Ver Deus menino que é salvador
Corre a Belém vai ver Jesus
Seguir a estrela que o conduz

Um anjo desceu do Céu
Deu boa nova ao pastor
Que em Belém à meia-noite
Nasceu Jesus salvador
Linda notícia ele teve
Jubilou de alegria
Para Belém ele correu
Saudar a Virgem Maria


Filho de Deus, meu Jesus
Nascido de amor divino
A estrela que o conduz
Leva-o a Deus Menino
Venho de Belém agora
Venho de lá admirado
Venho de ver Deus menino
Numas palhinhas deitado

Sobre as palhilhas deitado
Recebe nosso calor
A família ao seu lado 
Rezava em seu louvor
Eu hei-de ir àquele jardim
Àquele jardim sagrado
A colheras três flores
Todas três num pé pegado
Uma é p'ra virgem mãe
Outra é p'ra S. José
Outra é p'ra Deus Menino
Que é filho de Nazaré

 O grupo que se seguiu representou Vale Frechoso. Este é um grupo habitual nas galas dos Reis, apresentando sempre muita musicalidade e alegria. De alguns anos para cá apresenta também um grupo de jovens que tocam variados instrumentos, sobretudo de cordas. São jovens que frequentam aulas de música na freguesia.
Este ano o grupo desafiou a plateia a cantar com eles Vamos Cantar as Janeiras, de Zeca Afonso.

Cantam também os Reis:

Refrão
Pastores Pastores
Que prendas trazeis
Pra dar ao menino
Na noite de Reis
No jardim colhidas

Trazemos flores
No jardim colhidas
Pra dar ao menino
Das mais floridas

I
Ó pastores que andais no monte
Não corteis o rosmaninho
Onde a virgem estende os panos
Os panos do Deus Menino

II
Viemos de Vale Frechoso
Rodeado de olivais
Também há centeio e trigo
Vinho tratado, e muito mais

III
Senhores que nos ouvis
Com atenção redobrada
É com prazer que cantamos
Para esta gente honrada

IV
Cantemos os reis antigos
Na noite fria, mas não sós
Foi assim que nos ensinaram
À lareira dos nossos avós

V
À noite de rua em rua
Em silêncio e hora morta
Cantamos os reis antigos
Batendo de porta em porta

VI
Os reis na nossa terra
São de grande tradição
Cantam velhos e novos
Com alegria e emoção

VII
Vamos dar a despedida
Com amor e lealdade
Nós somos de gente humilde
Viemos com amizade.

O Grupo de Danças e Cantares de Vila Flor é também um grupo habitual. Além dos seus trajes e cantares, apresentou, de novo, o presépio ao vivo. Os elementos estavam muito bem trajados, chegando ao pormenor de a "Nossa Senhora" entrar no palco e sair montada numa "burra" (metálica). São um agrupo muito apreciado que consegue arrancar francas gargalhadas ao público.
Este ano cantaram: Nós andamos toda a noite (uma repetição do ano passado) e Cantar os Reis em Vila Flor.

De Vila Flor somos, sabei,
Viemos historia contar:
Um Menino que era rei, Bis
Reis que foram adorar!

A chuva caía, caía
E fazia frio a valer.
No burro, José e Maria, Bis
Mais Jesus que ia nascer.

A Belém já todos chegaram,
Não havia alojamento.
Só um abrigo encontraram, Bis
Com uma vaca e um jumento.

O Menino está bem deitado,
Nas palhinhas, muito quentinho,
O burro e a vaquinha ao lado, Bis
E os pais d'ele bem pertinho.

É uma historia de encantar
Como todos já sabeis
Jesus nasceu pobre, sem lar, Bis
Mas na companhia de reis!

Os Reis Magos foram chamados,
P'ra eles a estrela brilhou.
Ao menino foram levados, Bis
Por essa luz que os guiou.

Gaspar, Belchior, Baltazar.
Testemunhas d'um tempo novo.
Os Reis viemos festejar, Bis
Com Vila Flor e seu bom povo.

Em terra filha do rei D. Dinis,
Que Deus vos dê ano farto e feliz.
Que todos tenham saúde e amor, Bis
Paz e alegria para Vila Flor.

Continua.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/19/2011 12:06:00 AM

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

[A Linha é Tua] Edição em DVD "PARE, ESCUTE, OLHE"



Uma edição dupla (2 DVD's), mais de duas horas de extras. Preço de venda do DVD: 15€.

::INCLUI::
- Banda Sonora Original de Manuel Faria e Frankie Chavez
- Documentário "Documentar, Partilhar, Reflectir"
- Clips adicionais sobre ferroviários
- Imagens antigas da linha do Tua
- Problemática das barragens
- A luta pelo Tua
- Os comboios na Suíça
- Reportagem rádio Bragançana
- Fotos making of

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Publicada por Xo_oX em A Linha é Tua a 1/10/2011 07:34:00 PM

[À Descoberta de Vila Flor] Reis 2011 (1)

Realizou-se hoje mais uma gala de Cantar dos Reis, a 17ª edição. Este é um acontecimento marcante, que traz a Vila Flor muita gente das aldeias e que mexe muito com os grupos participantes uma vez que exige mobilização, organização e gosto para trazer, em cada ano, novas canções mas sempre a mesma alegria e boa disposição.

Se já no ano passado tive a sensação que havia muito público, este ano o auditório do Centro Cultural foi pequeno, mesmos as escadas estavam cheias de pessoas sentadas.
Mais uma vez a apresentação da gala esteve a cargo de Eulália Moreira e Susana Silva.
O primeiro grupo a entrar em palco foi a Escola de Música Zécthoven. Os muitos alunos que frequentam a escola apresentaram-se divididos em dois grupos. Apesar dos problemas de som no arranque do espectáculo, as crianças e jovens arrancam sempre calorosos aplausos ao público.
O Medley das Janeiras já era conhecido mas foi um momento de alegria e uma boa possibilidade dos alunos, vestidos com trajes tradicionais, mostrarem a sua evolução na escola.

O segundo grupo a actuar representou Carvalho de Egas. A designação do grupo mudou, apresentou-se este ano como Associação Alegre Atitude. Também vestindo trajes tradicionais, colocaram em palco uma encenação do presépio e um conjunto de acessórios típicos desta época: várias cestas cheias de produtos da terra, um galheiro e alguns objectos tradicionais.

Já Nasceu Jesus
Já nasceu Jesus
Neste lindo dia
Está com José
E a Virgem Maria

Já nasceu o Deus Menino
Com uma estrelinha ao pé
P'ra guiar os Reis Magos
P'ra Belém de Nazeré

S. José vê o Menino
Deitado nestas palhinhas
Ai, ele é Rei dos Anjos
O Amor das criancinhas

A Estrela que está no alto
Brilha que parece um guia
Brilha tanto, tanto, tanto
É a nossa Virgem Maria

Ai os reis que tu me deste
Vou dá-los aos pobrezinhos
Precisam mais do que eu
Do pão para os seus filhinhos

Boas noites meus senhoras
A todos que aqui estão
Vimos cantar os Reis
A toda a Organização.

Foram os Reis e os Pastores

Foram os reis e os pastores
Que adoraram o Deus Menino
Trouxeram muitos louvores
Porque ele é Deus Divino (Bis)

Foi Dia de Natal
Que o Deus Menino nasceu
Mas para salvar o Mundo
Pela Páscoa Ele morreu

Aos presidentes do Mundo
Queria que fosseis capaz
De acabar com as guerras
E transformá-las em paz.

Nós vimos cantar os Reis
Para toda esta gente
Desejamos Boas Festas
Para o Senhor Presidente

Vimos da nossa terra
Guiados por luz Divina
Somos de Carvalho de Egas
Temos Santa Catarina

Vamos a cantar os Reis
Por aquela rua acima
Também vamos a cantá-los
Para a Doutora Gracinda

Despedida, despedida
Vou dar a toda a gente
Queira Deus que de hoje a um ano
Estejam todos presentes.

O terceiro grupo representou Seixo de Manhoses. Um grupo com bastantes elementos, sem grande apoio musical mas com uma bonita harmonia vocal. Apresentaram também uma representação do presépio e o Menino Jesus a aprender carpintaria com S. José.
Este grupo, também presença já habitual nestas galas dos Reis interpretou Mais Um Ano e Cantando Com Alegria.

Cantando Com Alegria.
Refrão
Boas festas, boas festas
Cantamos nós com alegria,
Um bom ano para todos
Cheio de paz e harmonia


Já os reis aqui chegaram
Com vontade de cantar,
Se vocês nos dão licença
Vamos todos começar


Vimos cantar as Janeiras
Boas festas desejar,
Que tenham muita saúde
No ano que está entrar.


Nós somos gente bondosa
Pra todos vimos cantar,
Com amizade e alegria
Boas festas vimos dar.


Nós vimos cantar os Reis
Não é por vinho nem pão,
Nós vimos cantar os Reis
P'ra manter a tradição


Para o nosso Presidente
Vão as nossas saudações,
Para que possa guardar
As melhores recordações.


Vizinhos da nossa terra
A todos queremos saudar,
Esperamos que tenham gostado
Que é pró ano cá voltar


Mais um Ano
Refrão
Durante mais um ano
Não há noite mais valor
Vamos cantar os reis
Ao presépio do senhor


.inda agora aqui cheguei
Pus o pé nesta escada
Logo meu coração disse
Casa nobre, gente honrada


Viemos, aqui viemOs
Viemos que bem sabeis
Vimos dar as boas festas
E também cantar os reis.



Os três reis do Oriente
Toda a noite caminharam
À procura do menino
Em Belém o encontraram


A velhinha faz na meia
Noite e dia sem parar
A meia que ela faz
É p'ro menino calçar


Boas Festas, Boas Festas
Por cima do Laranjal
Viva a gente do Concelho
Vivam todos em geral


Despedida, despedida
Recordem as nossas vozes,
Se querem saber quem somos
Somos Seixo de MANHOSES.

Continua...

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/10/2011 01:33:00 AM

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

[À Descoberta de Vila Flor] Peregrinações – Nossa Senhora do Rosário (Seixo d...

Uma das minhas "Peregrinações" aconteceu já no dia 14 de Novembro de 2010. O destino foi a capela de Nossa Senhora do Rosário, em Seixo de Manhoses. A escolha do destino deveu-se a dois factores: nos anos que levo a percorrer o concelho nunca tinha entrado na referida capela; a partida de Vila Flor aconteceu bastante tarde, não dando para fazer grandes distâncias.
Apesar da indecisão quanto ao estado do tempo, a manhã revelou-se lavada, cheia de sol, o que me permitiu admirar toda a cor que o sumagre que ladeia o caminho que conduz à Barragem Camilo Mendonça.
As folhas ganham tonalidades flamejantes, que não me canso de olhar, a cada Outono que passa. Mas não foram apenas as cores do sumagre que pude admirar, as vinhas da Quinta de S. Domingos também ofereciam uma bela imagem de Outono.
À passagem pela albufeira no sítio do Peneireiro, fui brindado com a visão de alguns corvos marinhos que procuravam afincadamente o seu alimento. Trata-se de aves marinhas, de porte considerável, que vêm do Norte da Europa. Alimentam-se de peixe e deslocam-se quase sempre em grupos.
Uma imagem interessante é quando se põem com as asas esticadas ao sol, depois de uma sessão de pescaria. Embora já os tenha visto várias vezes na Barragem de Fontelonga (Carrazeda de Ansiães), foi a primeira vez que os vi nesta barragem. O nome científico destas aves é Phalacrocorax carbo.
O caminho que segui foi o mesmo que já utilizei por diversas vezes principalmente nos meus passeios de bicicleta. Entrei no Seixo, exactamente junto à Fonte Sangrinho, uma das curiosidades da aldeia.
Como o meu objectivo era visitar a capela, procurei uma pessoa que tem a chave para me abrir a porta. Fiz-me acompanhar por uma pessoa da aldeia, minha conhecida, minha conhecida, o que facilitou as coisas e me poupou a grandes explicações sobre o meu interesse em visitar a capela.
É uma capela barroca, com um altar em talha dourada do séc. XVII. A talha é muito bela mas está bastante deteriorada. O tecto, o chão, mesmo o exterior foi tudo intervencionado há relativamente pouco tempo, só o altar, parte mais importante mas também a mais onerosa se mantém à espera de melhores dias. O interior estava muito limpo e com flores frescas naturais. A capela, nos meses em que se reza o terço, é utilizada para esse fim.
Há quem afirme que esta capela foi a primeira igreja da aldeia.
De regresso a casa, procurei um caminho alternativo. Parti de novo de junto da Fonte Sangrinho mas segui pelo fundo do vale, acompanhando o ribeiro com o mesmo nome, em direcção a Norte. Há alguns caminhos curiosos, muito estreitos, com as rochas desgastadas pelo tempo e pelas ferraduras dos animais que por ali devem ter passado durante séculos.
Já perto da barragem da barragem acabei por regressa ao caminho de ida depois de rilhar algumas castanhas que rebusquei num souto jovem, onde havia bastantes. Nos arredores da barragem, quase sem querer, apanhei bastantes sanchas, e só não apanhei mais, porque já estava atrasado para o almoço.

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Publicada por Xo_oX em À Descoberta de Vila Flor a 1/05/2011 12:57:00 AM