Que o calor e a luz sejam coisas que não faltem em 2012.
Um bom ano para todos os visitantes do Blogue.
Fotografia: Fogueia em Marzagão (31-12-2012)
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/31/2011 08:13:00 PM
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sábado, 31 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Vila Flor] Um ano 2012 feliz
Numa altura em que tudo parece desabar, tornando o futuro cada vez mais incerto é dentro de nós e das pessoas que nos rodeiam que temos que procurar as energias necessárias para iluminar e colorir os 365 dias de 2012.
Contem comigo.
Um excelente 2012 para todos.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/31/2011 07:45:00 PM
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Miranda do Douro] Detalhes em Ferro (I)
Detalhe da fechadura da porta lateral da igreja matriz de Cércio. Um trabalho muito bonito, preto num fundo vermelho, com alguma decoração de Natal.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Miranda do Douro a 12/29/2011 02:35:00 PM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Miranda do Douro a 12/29/2011 02:35:00 PM
[À Descoberta de Mogadouro] Rebanho (01)
Rebanho, perto de Vale da Madre, Mogadouro.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Mogadouro a 12/29/2011 12:00:00 PM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Mogadouro a 12/29/2011 12:00:00 PM
[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Castanheiros (02)
Já há alguns anos que tenho por hábito passar (com frequência) por Mogo de Malta. Uma das razões são os soutos de castanheiros que me proporcionam algumas imagens de que gosto. Este ano não foi exceção.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/29/2011 10:21:00 AM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/29/2011 10:21:00 AM
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Vila Flor] Na vila
Na vila, os fumos grandes sobem das chaminés. Para além do choro silencioso de Eduardo, mais uma vez a sentir quanto perdera o filho, quanto se perdera, há essa memória crescente, de envelhecimento, ou de maturidade, primeiro. Há as casas, as velhas casas que eram conhecidas de madrugada e à noite, na amplitude do tempo que não corria, tão sólido se mostrava; nas horas de trabalho, na tarde que caía e deixava esse torpor do cansaço.
Extrato do Livro Mulher desaparecida a Sul, da autoria de Modesto Navarro. Este romance foi publicado em 2008, pela Edições Cosmos.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/26/2011 08:31:00 AM
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sábado, 24 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] A Nossa Mãe
A nossa Mãe, - Mãe em tudo, -
De raiz e coração;
Ela é mãe, sobretudo,
Porque à dor não diz que não.
Mesmo quando o quer dizer,
Não o diz. E, humildemente,
Tudo nos faz compreender
No seu olhar, docemente!...
Poema da autoria de Morais Fernandes, do livro Fogo e Lágrimas 2.
Fotografia: dois dedos de conversa e uma fotografia, em Castanheiro do Norte.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/24/2011 08:57:00 AM
De raiz e coração;
Ela é mãe, sobretudo,
Porque à dor não diz que não.
Mesmo quando o quer dizer,
Não o diz. E, humildemente,
Tudo nos faz compreender
No seu olhar, docemente!...
Poema da autoria de Morais Fernandes, do livro Fogo e Lágrimas 2.
Fotografia: dois dedos de conversa e uma fotografia, em Castanheiro do Norte.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/24/2011 08:57:00 AM
[À Descoberta de Vila Flor] Feliz Natal
Um Feliz Natal para todos os vilaflorenses e demais visitantes deste blogue.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/24/2011 08:17:00 AM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/24/2011 08:17:00 AM
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Valpaços] O outono em Tinhela
Quadro de outono na aldeia de Tinhela (freguesia com o mesmo nome).
Esta é a primeira fotografia a dar abertura a mais um Blogue da série À Descoberta, este dedicado ao concelho de Valpaços.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Valpaços a 12/22/2011 05:59:00 AM
Esta é a primeira fotografia a dar abertura a mais um Blogue da série À Descoberta, este dedicado ao concelho de Valpaços.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Valpaços a 12/22/2011 05:59:00 AM
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[À Descoberta de Vila Flor] e de repente é noite (XXVIII)
Vou pelo assombramento de quartos e salas,
inventariando móveis, invadindo gavetas
que derramam no sobrado uma infância
de pinheiros de natal desfilando
em eclipses de comboios de corda.
Os fungos à superfície dos espelhos
denotam os múltiplos semblantes
que, ao reflectirem-se,
neles se descobriram imagens divididas
entre o exílio efectivo e o reino imaginário.
As conchas onde ouvíamos um cicio de mar,
da forma de um nada que podia ser tudo.
O relógio de pesos parado, a poeira do tempo
sobre a engrenagem, sarcasmo do acaso
ao anseio de exactidão dos ponteiros.
E as indomáveis mãos na glacial desmemória
de anónimas, tolerantes faces,
plasmam-se ao alheamento dos ícones
e inundam de água de sombra o ácido das vozes.
Poemas do Dr. João de Sá, retirada do livro "E de repente é noite". Edição do autor; 2008.
Fotografia: Castanheiro em Vale Frechoso.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/22/2011 09:10:00 AM
inventariando móveis, invadindo gavetas
que derramam no sobrado uma infância
de pinheiros de natal desfilando
em eclipses de comboios de corda.
Os fungos à superfície dos espelhos
denotam os múltiplos semblantes
que, ao reflectirem-se,
neles se descobriram imagens divididas
entre o exílio efectivo e o reino imaginário.
As conchas onde ouvíamos um cicio de mar,
da forma de um nada que podia ser tudo.
O relógio de pesos parado, a poeira do tempo
sobre a engrenagem, sarcasmo do acaso
ao anseio de exactidão dos ponteiros.
E as indomáveis mãos na glacial desmemória
de anónimas, tolerantes faces,
plasmam-se ao alheamento dos ícones
e inundam de água de sombra o ácido das vozes.
Poemas do Dr. João de Sá, retirada do livro "E de repente é noite". Edição do autor; 2008.
Fotografia: Castanheiro em Vale Frechoso.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/22/2011 09:10:00 AM
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[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] À Descoberta de Pinhal do Norte (3/3)
Continuação de: - À Descoberta de Pinhal do Norte (2/3)
O café do senhor Gonçalves é um local de paragem obrigatória. Quer pelo espaço acolhedor, quer pela simpatia do dono, quer pela vista que daqui se tem, em direção à aldeia e à serra, a mesma que me escondia o Pinhal, quando eu era criança.
Com sorte, talvez se encontrem alguns residentes, com tempo de sobra e cheios de histórias para contar. As tradições são um bom assunto de conversa. Seria interessante saber que, por altura do entrudo, se faziam os "casamentos", por um grupo colocado na Fraga e outro na Serrinha. Mas, pior do que ser "casado" com alguém de quem não se gostava, era receber de dote uma das partes do burro de quem nem o diabo se lembrava, como a pele dos testículos, ou algo do género. Esta tradição da "partilha do burro" também se realizava em Zedes e noutras aldeias do concelho. Também tradição no Pinhal do Norte era fazer um boneco de palha (de nome Entrudo), com um enorme nabo colocado cuidadosamente nas partes baixas, que era colocado durante a noite à porta das viúvas que se portavam mal. Se algumas tradições se perderam, como as cascatas nos Santos Populares (chegaram a fazer-se 3, uma no Robalde (Arrabaldo), outra na Portela e a terceira no Terreiro), a fogueira do Galo continua a fazer-se, bem como as bugalhadas (por altura da Quaresma).
Outros bons assuntos de conversa são as rochas com formas interessantes ou as fontes. Além da lenda do Penedo Furado há outras histórias menos conhecidas como o Meroiço da Ruiva (de onde atiravam as mulheres "pecadoras" acabando por matá-las à pedrada!), a Frada da Moira (onde desapareceram pessoas que vinham da feira de Carrazeda) ou outra rocha onde se ouvem os sinos de Braga (depois de os mais incrédulos lá terem batido com a cabeça) ou a Capela do Diabo. Quanto a fontes, também há bastante para saber: há uma fonte natural conhecida como Gricha da Burra (que me fez lembrar uma outra fonte que existe em Freixiel, conhecida como Crica da Vaca); junto ao rio Tua existe uma fonte conhecida como fonte Férrea, com água rica em ferro, muito procurada noutros tempos. Também existiu uma fonte no caminho para Areias, onde bebiam pessoas e animais, junto à capelinha de Nosso Senhor dos Aflitos, quando iam e vinham da feira.
Seguindo pela rua da Escola encontra-se, como é natural, a antiga escola primária. A erva cresce no recinto, à falta de pés para a pisarem.
O seguinte ponto de interesse é a Cruz. Misto de cruzeiro e de alminhas, faz com o cedro que cresce ao lado um conjunto interessante. Há alguns anos atrás estiveram aí umas alminhas feitas pelo sr. António Catarino, conhecido como o Santeiro do Pinhal. Essas alminhas foram roubadas e nunca mais aparecerem, mesmo com intervenção da judiciária.
Procurei a casa e a oficina onde trabalhou esse artesão, infelizmente já falecido. Não me foi possível encontrar nesses locais nenhum trabalho seu, mas há na aldeia várias pessoas que os têm, principalmente Cristos na cruz, que ele fazia com mais frequência.
O percurso continua pela rua do Outeiro. Para trás ficou mais um café, junto à estrada, onde se situam um conjunto de bonitas construções mais recentes. É também nessa zona da aldeia que se situa o polidesportivo e o cemitério.
Da rua do Outeiro tem-se uma nova vista sobre a rua de S. Bartolomeu e a rua do Castelo. Mas, se olhar a paisagem nos delicia, por vezes é sob os nossos pés que se escondem alguns segredos. Numa das ruas mais características do Pinhal, a rua do Arrabaldo, existiram duas fontes que perduram na memória de muitos. Uma seria uma fonte de mergulho, em arco, coberta a granito e com uma pedra de cantaria à entrada. Os miúdos metiam-se no seu interior e sentavam-se numa rocha que existia no extremo. Do lado direito havia algumas pedras (ainda visíveis) que auxiliavam as mulheres a colocar os cântaros à cabeça.
Um pouco mais abaixo, no lado oposto da rua, existia outra fonte, esta acima do solo. Esta construção cúbica tinha a abertura virada para o Terreiro, apresentando sobre ela duas taças e um cálice, tudo em granito. Ambas as fontes pereceram face à necessidade de alargamento e pavimentação da rua. Da primeira, a fonte do Canto, ainda subsistem algumas pedras e um pequeno depósito sob uma tampa de saneamento, que passa desapercebida; da segunda talvez ainda restem algumas pedras, guardadas nalgum quintal particular. Não muito longe, numa rua que sai de junto do fontanário do Terreiro existe uma antiga fonte de mergulho, com marcas evidentes do muito uso que lhe foi dado noutros tempos.
Chegados ao ponto de partida, talvez estejamos preparados para nos afastarmos um pouco das casas e procurar uma vista panorâmica da aldeia. Há um caminho que desce em direção ao vale seguindo para as duas capelas que existem fora do povoado: uma é a capelinha do Senhor dos Aflitos, a outra a capela de Santa Marinha.
A capelinha do Senhor dos Aflitos é muito pequenina. Fica situada junto ao caminho que liga Pinhal do Norte a Areias, Amedo e Carrazeda de Ansiães (pelo cabeço Doudo). A localização junto ao caminho levou-me a pensar numas Alminhas. Aliás, há uma pedra junto à capelinha que tem o corte perfeito de um retábulo, podendo até imaginar-se o local do mealheiro. A imagem do Senhor crucificado é frequente nas Alminhas. Nenhuma das pessoas que questionei me deu a mais ligeira indicação da sua existência.
A capela de Santa Marinha fica mais distante da povoação, em pleno vale. Apesar de devota a Santa Marinha, esta capela está associada à festa de Santa Eufémia, realizada anualmente a 15 de Setembro. A imagem de Santa Eufémia sai em procissão da igreja matriz para a capela, onde se realiza uma missa campal. Findas as celebrações, a procissão faz o caminho de regresso à aldeia.
O lugar é calmo, fresco e na primavera cheira a violetas. Sentados em redor de uma mesa de pedra à sombra das acácias é o momento e o local para um balanço. Pinhal do Norte é uma aldeia que sofre do mesmo mal de praticamente todo o nordeste transmontano, a desertificação. O amanho da terra que deu sustento a muitas gerações é hoje uma atividade de risco e para uma franja muito pequena da população. A degradação de muitas habitações é notória, mas o carinho e gosto na recuperação também é visível. Cabe às instituições da freguesia lutarem pela preservação do património, incentivarem a manutenção das tradições e manterem um ambiente limpo e saudável para residentes e visitantes.
Foi um prazer descobrir Pinhal do Norte.
Artigo publicado no jornal O Pombal, em Outubro de 2011
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/22/2011 08:57:00 AM
O café do senhor Gonçalves é um local de paragem obrigatória. Quer pelo espaço acolhedor, quer pela simpatia do dono, quer pela vista que daqui se tem, em direção à aldeia e à serra, a mesma que me escondia o Pinhal, quando eu era criança.
Com sorte, talvez se encontrem alguns residentes, com tempo de sobra e cheios de histórias para contar. As tradições são um bom assunto de conversa. Seria interessante saber que, por altura do entrudo, se faziam os "casamentos", por um grupo colocado na Fraga e outro na Serrinha. Mas, pior do que ser "casado" com alguém de quem não se gostava, era receber de dote uma das partes do burro de quem nem o diabo se lembrava, como a pele dos testículos, ou algo do género. Esta tradição da "partilha do burro" também se realizava em Zedes e noutras aldeias do concelho. Também tradição no Pinhal do Norte era fazer um boneco de palha (de nome Entrudo), com um enorme nabo colocado cuidadosamente nas partes baixas, que era colocado durante a noite à porta das viúvas que se portavam mal. Se algumas tradições se perderam, como as cascatas nos Santos Populares (chegaram a fazer-se 3, uma no Robalde (Arrabaldo), outra na Portela e a terceira no Terreiro), a fogueira do Galo continua a fazer-se, bem como as bugalhadas (por altura da Quaresma).
Outros bons assuntos de conversa são as rochas com formas interessantes ou as fontes. Além da lenda do Penedo Furado há outras histórias menos conhecidas como o Meroiço da Ruiva (de onde atiravam as mulheres "pecadoras" acabando por matá-las à pedrada!), a Frada da Moira (onde desapareceram pessoas que vinham da feira de Carrazeda) ou outra rocha onde se ouvem os sinos de Braga (depois de os mais incrédulos lá terem batido com a cabeça) ou a Capela do Diabo. Quanto a fontes, também há bastante para saber: há uma fonte natural conhecida como Gricha da Burra (que me fez lembrar uma outra fonte que existe em Freixiel, conhecida como Crica da Vaca); junto ao rio Tua existe uma fonte conhecida como fonte Férrea, com água rica em ferro, muito procurada noutros tempos. Também existiu uma fonte no caminho para Areias, onde bebiam pessoas e animais, junto à capelinha de Nosso Senhor dos Aflitos, quando iam e vinham da feira.
Seguindo pela rua da Escola encontra-se, como é natural, a antiga escola primária. A erva cresce no recinto, à falta de pés para a pisarem.
O seguinte ponto de interesse é a Cruz. Misto de cruzeiro e de alminhas, faz com o cedro que cresce ao lado um conjunto interessante. Há alguns anos atrás estiveram aí umas alminhas feitas pelo sr. António Catarino, conhecido como o Santeiro do Pinhal. Essas alminhas foram roubadas e nunca mais aparecerem, mesmo com intervenção da judiciária.
Procurei a casa e a oficina onde trabalhou esse artesão, infelizmente já falecido. Não me foi possível encontrar nesses locais nenhum trabalho seu, mas há na aldeia várias pessoas que os têm, principalmente Cristos na cruz, que ele fazia com mais frequência.
O percurso continua pela rua do Outeiro. Para trás ficou mais um café, junto à estrada, onde se situam um conjunto de bonitas construções mais recentes. É também nessa zona da aldeia que se situa o polidesportivo e o cemitério.
Da rua do Outeiro tem-se uma nova vista sobre a rua de S. Bartolomeu e a rua do Castelo. Mas, se olhar a paisagem nos delicia, por vezes é sob os nossos pés que se escondem alguns segredos. Numa das ruas mais características do Pinhal, a rua do Arrabaldo, existiram duas fontes que perduram na memória de muitos. Uma seria uma fonte de mergulho, em arco, coberta a granito e com uma pedra de cantaria à entrada. Os miúdos metiam-se no seu interior e sentavam-se numa rocha que existia no extremo. Do lado direito havia algumas pedras (ainda visíveis) que auxiliavam as mulheres a colocar os cântaros à cabeça.
Um pouco mais abaixo, no lado oposto da rua, existia outra fonte, esta acima do solo. Esta construção cúbica tinha a abertura virada para o Terreiro, apresentando sobre ela duas taças e um cálice, tudo em granito. Ambas as fontes pereceram face à necessidade de alargamento e pavimentação da rua. Da primeira, a fonte do Canto, ainda subsistem algumas pedras e um pequeno depósito sob uma tampa de saneamento, que passa desapercebida; da segunda talvez ainda restem algumas pedras, guardadas nalgum quintal particular. Não muito longe, numa rua que sai de junto do fontanário do Terreiro existe uma antiga fonte de mergulho, com marcas evidentes do muito uso que lhe foi dado noutros tempos.
Chegados ao ponto de partida, talvez estejamos preparados para nos afastarmos um pouco das casas e procurar uma vista panorâmica da aldeia. Há um caminho que desce em direção ao vale seguindo para as duas capelas que existem fora do povoado: uma é a capelinha do Senhor dos Aflitos, a outra a capela de Santa Marinha.
A capelinha do Senhor dos Aflitos é muito pequenina. Fica situada junto ao caminho que liga Pinhal do Norte a Areias, Amedo e Carrazeda de Ansiães (pelo cabeço Doudo). A localização junto ao caminho levou-me a pensar numas Alminhas. Aliás, há uma pedra junto à capelinha que tem o corte perfeito de um retábulo, podendo até imaginar-se o local do mealheiro. A imagem do Senhor crucificado é frequente nas Alminhas. Nenhuma das pessoas que questionei me deu a mais ligeira indicação da sua existência.
A capela de Santa Marinha fica mais distante da povoação, em pleno vale. Apesar de devota a Santa Marinha, esta capela está associada à festa de Santa Eufémia, realizada anualmente a 15 de Setembro. A imagem de Santa Eufémia sai em procissão da igreja matriz para a capela, onde se realiza uma missa campal. Findas as celebrações, a procissão faz o caminho de regresso à aldeia.
O lugar é calmo, fresco e na primavera cheira a violetas. Sentados em redor de uma mesa de pedra à sombra das acácias é o momento e o local para um balanço. Pinhal do Norte é uma aldeia que sofre do mesmo mal de praticamente todo o nordeste transmontano, a desertificação. O amanho da terra que deu sustento a muitas gerações é hoje uma atividade de risco e para uma franja muito pequena da população. A degradação de muitas habitações é notória, mas o carinho e gosto na recuperação também é visível. Cabe às instituições da freguesia lutarem pela preservação do património, incentivarem a manutenção das tradições e manterem um ambiente limpo e saudável para residentes e visitantes.
Foi um prazer descobrir Pinhal do Norte.
Artigo publicado no jornal O Pombal, em Outubro de 2011
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/22/2011 08:57:00 AM
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011
domingo, 18 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Vila Flor] Flor do Mês - Dezembro (2011)
Se já foi difícil encontrar uma flor para representar o mês de Dezembro, mais difícil foi conseguir identificar, pelo menos minimamente, a planta em questão. Esta planta chamou-me à atenção já há vários anos atrás, mas sempre a tenho encontrado na mesma área (o que não indica que não exista noutros locais do concelho). Fotografei-a numa das primeiras caminhadas que fiz em Roios e foi onde o o voltei a encontrar há poucos dias atrás.
Estende-se ao longo de várias centenas de metros, sempre na berma dos caminhos. Esta característica é própria de um grupos de plantas chamada vegetação ruderal. São as primeiras espécies vegetais a colonizar taludes, bermas de caminhos, ou mesmo campos agrícolas abandonados.
Depois de algumas horas de pesquisa, penso que posso dizer com alguma certeza que se trata de uma espécie do género Lycium, provavelmente da Lycium barbarum L. Não encontrei nenhum nome vulgar para a espécie em questão, mas outras espécies próximas são conhecidas por cambroeira ou espinheiro.
Trata-se de um arbusto, que pode atingir mais de um metro de altura, com caules lenhosos, inclinados e com espinhos. As flores são de cor rosa ou violeta, florescendo entre Abril e Agosto (mas ainda tem flores em Dezembro). É originário da China (e do Tibete), onde é cultivado e onde é conhecido há mais de 4000 anos. O principal interesse nesta planta está no seu fruto, uma baga de cor vermelha ou alaranjada conhecida pelo nome de goji (bagas de goji). São excelente fonte de antioxidantes, vitamina C e ferro, mas a lista é tão extensa e tão variada que se chega à conclusão de estarmos perante uma planta verdadeiramente "milagrosa":
Dezembro de 2009 - ------
Dezembro de 2008 - Musgo
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/18/2011 10:25:00 AM
Estende-se ao longo de várias centenas de metros, sempre na berma dos caminhos. Esta característica é própria de um grupos de plantas chamada vegetação ruderal. São as primeiras espécies vegetais a colonizar taludes, bermas de caminhos, ou mesmo campos agrícolas abandonados.
Depois de algumas horas de pesquisa, penso que posso dizer com alguma certeza que se trata de uma espécie do género Lycium, provavelmente da Lycium barbarum L. Não encontrei nenhum nome vulgar para a espécie em questão, mas outras espécies próximas são conhecidas por cambroeira ou espinheiro.
Trata-se de um arbusto, que pode atingir mais de um metro de altura, com caules lenhosos, inclinados e com espinhos. As flores são de cor rosa ou violeta, florescendo entre Abril e Agosto (mas ainda tem flores em Dezembro). É originário da China (e do Tibete), onde é cultivado e onde é conhecido há mais de 4000 anos. O principal interesse nesta planta está no seu fruto, uma baga de cor vermelha ou alaranjada conhecida pelo nome de goji (bagas de goji). São excelente fonte de antioxidantes, vitamina C e ferro, mas a lista é tão extensa e tão variada que se chega à conclusão de estarmos perante uma planta verdadeiramente "milagrosa":
Protege o corpo do envelhecimento e aumenta a longevidade (conhecido como a fruta da longevidade entre os Tibetanos). Promove a energia e o bem-estar em geral. Fortifica e mantêm o sistema imunológico saudável. Defende e luta contra vários tipos de cânceres. Combate a inflamação e a artrite. Baixa o colesterol. Equilibra os níveis de pressão do sangue. Reduz os níveis de glicose no sangue. Melhora as cataratas, a visão turva e a audição. Fortalece e suporta o funcionamento do fígado e dos rins. Mantêm o sistema nervoso saudável. Protege a pele dos danos causados pelo Sol. Combate a formação de celulite. Ajuda em dietas para perda de peso. Aumenta a libido e o desempenho sexual (conhecido no oriente como o viagra natural). Promove a fertilidade.É caso para dizer: com plantas destas espalhadas pelo conselho, como é que este potencial é tão pouco aproveitado?
Dezembro de 2009 - ------
Dezembro de 2008 - Musgo
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/18/2011 10:25:00 AM
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Vila Flor
[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] À Descoberta de Pinhal do Norte (2/3)
Continuação de: - À Descoberta de Pinhal do Norte (1/3)
Junto da capela de S. Bartolomeu existiu outrora um tronco para ferrar animais. Já não resta nada dele, mas no mesmo espaço existe um coberto onde o ferrador da terra, Francisco Cardoso, ainda exerce o seu ofício. Este ferrador, descendente de pai e avô também ferradores, por vezes ainda acende a sua forja onde os seus antepassados aqueceram o ferro para moldar ferraduras e canelos. Maneja o martelo com grande mestria e mostra um evidente orgulho na sua profissão.
A rua de S. Bartolomeu apresenta um aspeto já pouco usual nos dias de hoje. Está pavimentada com lajes de granito, o que lhe confere um aspeto rústico de calçada medieval. A igreja matriz está a poucos passos de distância.
Trata-se de uma construção do século XVIII (com o aspeto que tem hoje), mas deve ter existido uma anterior, uma vez que Pinhal do Norte se tornou uma paróquia autónoma no séc. XVI, depois de estar ligada durante pouco tempo a Pombal. No frontispício não há grandes elementos que chamem à atenção. Para além da torre sineira central, com dois sinos, há um bonito óculo em granito que se destaca. Na padieira da porta pode ler-se ANO DE 17. Penso que nada se apagou nesta inscrição, o que me leva a questionar o porquê de apenas constarem dois algarismos, que devem querer indicar 1700. Os pináculos são muito singelos e os elementos em granito mais trabalhados estão em ambos os lados do portão que dá acesso ao adro.
No lado direito da igreja, de orago de Nossa Senhora das Neves (tal como Belver), está a casa dos milagres com data de 1859. No seu interior há várias imagens de entre as quais destaco Nossa Senhora das Dores e o Senhor dos Passos. A imagem de Nosso Senhor dos Passos tem dois pares de membros! Na procissão de sexta-feira Santa vai de joelhos e na de domingo vai de pé (depois de lhe serem trocados os braços e as pernas). Esta característica faz com que exista no Pinhal um dito bastante curioso "vai ao Sr. dos Passos que te empreste as pernas".
Na parede deste espaço há três ex-votos, todos referentes a um milagre ocorrido no rio Tua, perto de Brunheda, em 1856.
Vale a pena entrar na igreja. O templo não é muito grande mas é de uma rusticidade e beleza impressionantes. As paredes são em granito rústico; o teto apresenta pinturas, grande parte dele com caixotões representando Santos; o chão está como há muitas décadas atrás; os altares são em talha dourada, belos e muito bem preservados. Acredito que manter a igreja assim não agrade a todos. Seria fácil aplicar azulejos e colocar um chão novo, mais vistoso, mas, sinceramente, acho que está melhor assim.
No exterior há dois túmulos em granito que se pensa serem de uma família de nome Martins.
Depois de uma visita à igreja é tempo de subir o que resta da rua de S. Bartolomeu. Um olhar à retaguarda permite uma das mais características vistas do Pinhal. Para a direita fica a rua da Travessa, onde podemos beber de uma fonte onde a água não tem "produto", porque vem diretamente de uma fonte mais antiga situada alguns metros mais acima.
Continuando pela rua do Castelo (antiga rua Dr. Francisco Manuel) podem ser apreciadas algumas construções antigas, como uma adega, com lagar, que ostenta na padieira da porta a seguinte inscrição MDCCCVI. Se for tempo de vindima sentiremos o cheiro a mosto e assistiremos ao esmagar das uvas em grandes lagares.
Percorrer a rua até ao final conduziria ao extremo da aldeia, por isso o percurso deve fletir à direita, pela rua do Rossio. Não faltam exemplares das mais caraterísticas construções transmontanas, mas as ruínas da casa da sr. Ermelinda destacam-se pela altura das paredes em granito bem aparelhado, pelas mísulas nas janelas (ou no que delas resta). Há quem ainda se lembre de uma divisão da casa cheia de bichos-da-seda, quando a cultura destes insetos era uma prática corrente em quase todas as aldeias. Houve quem projetasse um lar de idosos para este espaço, mas tudo não passou de um sonho.
Continua em - À Descoberta de Pinhal do Norte (3/3)
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/18/2011 06:53:00 AM
Junto da capela de S. Bartolomeu existiu outrora um tronco para ferrar animais. Já não resta nada dele, mas no mesmo espaço existe um coberto onde o ferrador da terra, Francisco Cardoso, ainda exerce o seu ofício. Este ferrador, descendente de pai e avô também ferradores, por vezes ainda acende a sua forja onde os seus antepassados aqueceram o ferro para moldar ferraduras e canelos. Maneja o martelo com grande mestria e mostra um evidente orgulho na sua profissão.
A rua de S. Bartolomeu apresenta um aspeto já pouco usual nos dias de hoje. Está pavimentada com lajes de granito, o que lhe confere um aspeto rústico de calçada medieval. A igreja matriz está a poucos passos de distância.
Trata-se de uma construção do século XVIII (com o aspeto que tem hoje), mas deve ter existido uma anterior, uma vez que Pinhal do Norte se tornou uma paróquia autónoma no séc. XVI, depois de estar ligada durante pouco tempo a Pombal. No frontispício não há grandes elementos que chamem à atenção. Para além da torre sineira central, com dois sinos, há um bonito óculo em granito que se destaca. Na padieira da porta pode ler-se ANO DE 17. Penso que nada se apagou nesta inscrição, o que me leva a questionar o porquê de apenas constarem dois algarismos, que devem querer indicar 1700. Os pináculos são muito singelos e os elementos em granito mais trabalhados estão em ambos os lados do portão que dá acesso ao adro.
No lado direito da igreja, de orago de Nossa Senhora das Neves (tal como Belver), está a casa dos milagres com data de 1859. No seu interior há várias imagens de entre as quais destaco Nossa Senhora das Dores e o Senhor dos Passos. A imagem de Nosso Senhor dos Passos tem dois pares de membros! Na procissão de sexta-feira Santa vai de joelhos e na de domingo vai de pé (depois de lhe serem trocados os braços e as pernas). Esta característica faz com que exista no Pinhal um dito bastante curioso "vai ao Sr. dos Passos que te empreste as pernas".
Na parede deste espaço há três ex-votos, todos referentes a um milagre ocorrido no rio Tua, perto de Brunheda, em 1856.
Vale a pena entrar na igreja. O templo não é muito grande mas é de uma rusticidade e beleza impressionantes. As paredes são em granito rústico; o teto apresenta pinturas, grande parte dele com caixotões representando Santos; o chão está como há muitas décadas atrás; os altares são em talha dourada, belos e muito bem preservados. Acredito que manter a igreja assim não agrade a todos. Seria fácil aplicar azulejos e colocar um chão novo, mais vistoso, mas, sinceramente, acho que está melhor assim.
No exterior há dois túmulos em granito que se pensa serem de uma família de nome Martins.
Depois de uma visita à igreja é tempo de subir o que resta da rua de S. Bartolomeu. Um olhar à retaguarda permite uma das mais características vistas do Pinhal. Para a direita fica a rua da Travessa, onde podemos beber de uma fonte onde a água não tem "produto", porque vem diretamente de uma fonte mais antiga situada alguns metros mais acima.
Continuando pela rua do Castelo (antiga rua Dr. Francisco Manuel) podem ser apreciadas algumas construções antigas, como uma adega, com lagar, que ostenta na padieira da porta a seguinte inscrição MDCCCVI. Se for tempo de vindima sentiremos o cheiro a mosto e assistiremos ao esmagar das uvas em grandes lagares.
Percorrer a rua até ao final conduziria ao extremo da aldeia, por isso o percurso deve fletir à direita, pela rua do Rossio. Não faltam exemplares das mais caraterísticas construções transmontanas, mas as ruínas da casa da sr. Ermelinda destacam-se pela altura das paredes em granito bem aparelhado, pelas mísulas nas janelas (ou no que delas resta). Há quem ainda se lembre de uma divisão da casa cheia de bichos-da-seda, quando a cultura destes insetos era uma prática corrente em quase todas as aldeias. Houve quem projetasse um lar de idosos para este espaço, mas tudo não passou de um sonho.
Continua em - À Descoberta de Pinhal do Norte (3/3)
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/18/2011 06:53:00 AM
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sábado, 17 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Vila Flor] Linha do Tua é a morte anunciada dos Transmontanos
São poucas as coisas de que os transmontanos se podem orgulhar, além do bom vinho, do fumeiro, e do azeite reconhecido mundialmente, temos o rio Tua e a linha que acompanha o seu serpenteio. Estamos a falar do último rio selvagem em Portugal, à beira da extinção logo a seguir à morte anunciada e executada no Rio Sabor.
Deveria ser criada uma linha turística de excelência, com viagens do Porto (São Bento) ao Tua e do Tua a Mirandela. De certeza que esses turistas iriam ficar maravilhados e regalados com o encanto do vale do Douro (ainda Património da Humanidade) e com o vale do Tua com a sua beleza natural. Davam lucros ao comércio tradicional, hotéis, restaurantes, industria, vendiam-se o bom vinho, o queijo, o fumeiro, as azeitonas, alcaparras, artesanato e o ouro da região, o Azeite.
Se querem revitalizar a economia local daquela terra é com este tipo de projectos que o devem fazer. A Pasta do Turismo deveria projectar esta região para o estrangeiro como fazem com a imagem de marca "Allgarve".
Qual é o custo benefício do projecto da barragem do rio Tua? O custo é, sem dúvida, a morte dos transmontanos e da região, esse é muito alto... mais alto de que qualquer estudo encomendado que demonstre que a barragem trás benefícios para esse povo! Não há estudos que vão contra a raça do transmontano, a linha pertence-lhes pois trata-se de um legado deixado pelos seus antepassados! E o governante que acabar por destruir o rio e a linha do Tua, também vai ser o mesmo responsável por retirar o estatuto de património da humanidade do vale do douro vinhateiro.
Fonte do texto: João Luís Sousa
Publicado em 2011-12-15 no JN
Fotografia: A Linha do Tua, Vilarinho das Azenhas.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/17/2011 01:11:00 PM
Deveria ser criada uma linha turística de excelência, com viagens do Porto (São Bento) ao Tua e do Tua a Mirandela. De certeza que esses turistas iriam ficar maravilhados e regalados com o encanto do vale do Douro (ainda Património da Humanidade) e com o vale do Tua com a sua beleza natural. Davam lucros ao comércio tradicional, hotéis, restaurantes, industria, vendiam-se o bom vinho, o queijo, o fumeiro, as azeitonas, alcaparras, artesanato e o ouro da região, o Azeite.
Se querem revitalizar a economia local daquela terra é com este tipo de projectos que o devem fazer. A Pasta do Turismo deveria projectar esta região para o estrangeiro como fazem com a imagem de marca "Allgarve".
Qual é o custo benefício do projecto da barragem do rio Tua? O custo é, sem dúvida, a morte dos transmontanos e da região, esse é muito alto... mais alto de que qualquer estudo encomendado que demonstre que a barragem trás benefícios para esse povo! Não há estudos que vão contra a raça do transmontano, a linha pertence-lhes pois trata-se de um legado deixado pelos seus antepassados! E o governante que acabar por destruir o rio e a linha do Tua, também vai ser o mesmo responsável por retirar o estatuto de património da humanidade do vale do douro vinhateiro.
Fonte do texto: João Luís Sousa
Publicado em 2011-12-15 no JN
Fotografia: A Linha do Tua, Vilarinho das Azenhas.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/17/2011 01:11:00 PM
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Vila Flor] Freguesia Mistério n.º54
A Freguesia Mistério n.º53 esteve a votos durante o mês de Novembro de 2011. Estava representada por uma imagem, ao ar livre, de Cristo Rei. Tive o cuidado de isolar a estátua de modo a deixar pouco espaço à volta que fornecesse algumas pistas extra. Mesmo assim, 5 das 10 respostas dadas (50%) foram na direção certa, apontando Samões como a Freguesia Mistério.
Os votos ficaram assim distribuídos.
Roios (1) 10%
Samões (5) 50%
Seixos de Manhoses (1) 10%
Vilas Boas (3) 30%
Desconheço se existem em Roios alguma imagem semelhante, mas, já mostrei há algum tempo uma imagem com algumas semelhanças em Seixo de Manhoses, mas trata-se do Cristo Rei com os braços abertos (também já foi a fotografia de um desafio).
A imagem do Cristo Rei faz parte de um conjunto arquitetónico que tem como elemento central a capela de Nossa Senhora de Lurdes. Este conjunto situa-se junto da estrada nacional, mesmo ao lado do Jardim-de-infância. É um local frequentado pelo jovens, nas tardes de fim-de-semana, principalmente no verão. Embora a imagem não seja a mais conhecida como Cristo Rei, é muito usada pelos católicos e por outros cristãos, com diferentes interpretações. Ajudam na identificação da imagem, o cetro, do lado esquerdo e a coroa, junto aos pés, do lado direito. Há uma placa em mármore que evoca o benemérito Eduardo Augusto Gonçalves, promotor das obras no local.
O desafio que se segue representa mais uma vez uma aldeia. A fotografia está em ponto pequeno e apenas se vê parte da aldeia em perfil. Um olhar atento deteta sempre elementos que ajudam na identificação. mesmo para quem nunca viajou pelas aldeias do concelho, as mais de 2000 fotografias que já foram colocadas neste blogue são uma boa base de dados para ajudar na identificação.
Participe, dando o seu palpite na margem direita do Blogue.
Qual é a freguesia que a fotografia mostra?
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/15/2011 07:07:00 AM
Os votos ficaram assim distribuídos.
Roios (1) 10%
Samões (5) 50%
Seixos de Manhoses (1) 10%
Vilas Boas (3) 30%
Desconheço se existem em Roios alguma imagem semelhante, mas, já mostrei há algum tempo uma imagem com algumas semelhanças em Seixo de Manhoses, mas trata-se do Cristo Rei com os braços abertos (também já foi a fotografia de um desafio).
A imagem do Cristo Rei faz parte de um conjunto arquitetónico que tem como elemento central a capela de Nossa Senhora de Lurdes. Este conjunto situa-se junto da estrada nacional, mesmo ao lado do Jardim-de-infância. É um local frequentado pelo jovens, nas tardes de fim-de-semana, principalmente no verão. Embora a imagem não seja a mais conhecida como Cristo Rei, é muito usada pelos católicos e por outros cristãos, com diferentes interpretações. Ajudam na identificação da imagem, o cetro, do lado esquerdo e a coroa, junto aos pés, do lado direito. Há uma placa em mármore que evoca o benemérito Eduardo Augusto Gonçalves, promotor das obras no local.
O desafio que se segue representa mais uma vez uma aldeia. A fotografia está em ponto pequeno e apenas se vê parte da aldeia em perfil. Um olhar atento deteta sempre elementos que ajudam na identificação. mesmo para quem nunca viajou pelas aldeias do concelho, as mais de 2000 fotografias que já foram colocadas neste blogue são uma boa base de dados para ajudar na identificação.
Participe, dando o seu palpite na margem direita do Blogue.
Qual é a freguesia que a fotografia mostra?
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/15/2011 07:07:00 AM
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terça-feira, 13 de dezembro de 2011
[A Linha é Tua] 10 anos da Classificação do Alto Douro Vinhateiro
Nos últimos dias vieram a publico noticias preocupantes da possível desclassificação do Alto Douro Vinhateiro pela UNESCO, devido á construção da Barragem de Foz Tua. A este propósito queremos mostrar a nossa preocupação e indignação com as más decisões acerca do futuro do Vale do Douro e do Tua!
Convidamos todos os defensores do Douro e do Vale do Tua a estarem presentes nas comemorações dos 10 anos do Douro Património da Humanidade e a vestir de Luto!
Tragam faixas e bandeiras negras! Vamos mostrar que não aceitamos a vergonha que é a Barragem do Tua!! Vamos fazer parar este crime!!
Francisco José Viegas Secretário de Estado da Cultura será um dos ilustres presentes nesta comemoração. Será muito importante a Vossa presença!
Apareçam na cidade de Peso da Régua, dia 14 de Dezembro, à entrada do Museu do Douro às 9.30h!
Apareçam e divulguem!!
From: Vila Real e Viseu QUERCUS quercus.vila.real.viseu@gmail.com
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Publicada por Anibal G. em A Linha é Tua a 12/13/2011 09:46:00 PM
Convidamos todos os defensores do Douro e do Vale do Tua a estarem presentes nas comemorações dos 10 anos do Douro Património da Humanidade e a vestir de Luto!
Tragam faixas e bandeiras negras! Vamos mostrar que não aceitamos a vergonha que é a Barragem do Tua!! Vamos fazer parar este crime!!
Francisco José Viegas Secretário de Estado da Cultura será um dos ilustres presentes nesta comemoração. Será muito importante a Vossa presença!
Apareçam na cidade de Peso da Régua, dia 14 de Dezembro, à entrada do Museu do Douro às 9.30h!
Apareçam e divulguem!!
From: Vila Real e Viseu QUERCUS quercus.vila.real.viseu@gmail.com
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Publicada por Anibal G. em A Linha é Tua a 12/13/2011 09:46:00 PM
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Linha do Tua
[À Descoberta de Miranda do Douro] Paradela (01)
Alminhas na freguesia de Paradela.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Miranda do Douro a 12/13/2011 01:00:00 PM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Miranda do Douro a 12/13/2011 01:00:00 PM
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Paradela MDD
[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Chafariz
Chafariz em ferro fundido, em Fontelonga.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/13/2011 11:36:00 AM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/13/2011 11:36:00 AM
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[À Descoberta de Vila Flor] Cores do Outono (II)
Atrás da serra, num encontro secreto com a a natureza.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/13/2011 07:29:00 AM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/13/2011 07:29:00 AM
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Mogadouro] Igreja do Azinhoso
Igreja do Azinhoso, uma das pérolas do concelho de Mogadouro.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Mogadouro a 12/12/2011 05:28:00 PM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Mogadouro a 12/12/2011 05:28:00 PM
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[À Descoberta de Torre de Moncorvo] Antes que a beleza se apague
Antes que a beleza se apague ... rio Sabor, perto de Cilhades (Felgar).
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Torre de Moncorvo a 12/12/2011 03:24:00 PM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Torre de Moncorvo a 12/12/2011 03:24:00 PM
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Rio Sabor
[À Descoberta de Miranda do Douro] Outono
Coisas simples... perto de Pena Branca.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Miranda do Douro a 12/12/2011 02:19:00 PM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Miranda do Douro a 12/12/2011 02:19:00 PM
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Pena Branca
[À Descoberta de Chaves] Cores de Outono (II)
As cores do Outono no Jardim do Tabuado, em Chaves.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Chaves a 12/12/2011 12:14:00 PM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Chaves a 12/12/2011 12:14:00 PM
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Chaves
[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Castanheiros
Há alguns dias atrás, em Fontelonga.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/12/2011 10:09:00 AM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/12/2011 10:09:00 AM
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[À Descoberta de Vila Flor] Parque de Campismo
Já há algum tempo que ando com vontade de ir visitar o Parque de Campismo para ver o outono das diferentes árvores que o integram. Ainda não foi possível. A imagem de hoje já é de anos anteriores.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/12/2011 06:55:00 AM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/12/2011 06:55:00 AM
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Carrazeda de Ansiães] Presépio Vivo
O Curso de Técnico/a de Informação e Animação Turística, da Escola profissional de Ansiães, vai organizar a apresentação de um Presépio Vivo, dia 20 de Dezembro às 10 horas, na zona envolvente da feira.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/09/2011 06:42:00 PM
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Carrazeda de Ansiães a 12/09/2011 06:42:00 PM
[A Linha é Tua] Requiem pelo Vale do Tua
Música de Chico Gouveia
Chico Gouveia (guitarra portuguesa)
José Neves (guitarra clássica)
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Publicada por Anibal G. em A Linha é Tua a 12/09/2011 06:28:00 PM
Chico Gouveia (guitarra portuguesa)
José Neves (guitarra clássica)
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Publicada por Anibal G. em A Linha é Tua a 12/09/2011 06:28:00 PM
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[À Descoberta de Vila Flor] Freguesia Mistério n.º53
Durante o mês de Outubro este a votos a Freguesia Mistério n.º 52. Procurei um imagem simples de identificar, com uma aldeia quase completa, mas a participação não foi a esperada. Foram 8 os palpites aceites e, desta vez, a tendência inclinou-se para a resposta certa. Quando coloquei a fotografia online formulei a pergunta de uma forma, mais tarde, reformulei-a, porque me apercebi que não permitia uma resposta direta.
Os palpites ficaram distribuídos desta forma:
Roios (1) 13%
Seixos de Manhoses (1) 13%
Trindade (5) 63%
Valtorno (1) 13%
A resposta certa era Trindade. A fotografia mostra uma vista parcial da aldeia de Macedinho, pertencente à freguesia da Trindade. Como Macedinho não é freguesia, não fazia parte das possibilidades de resposta. Havia esta dificuldade extra, que era a de saber que Macedinho pertence à freguesia da Trindade, mas já havia no blogue várias fotografias muito parecidas. Do local de onde foi tirada a fotografia têm-se uma excelente visão, quer para a aldeia, quer em direção ao concelho de Mirandela. Só é acessível a pé ou num veículo todo-o-terreno.
Para o mês seguinte escolhi a fotografia de uma imagem do Sagrado Coração de Jesus. É uma estátua, com uma dimensão bastante considerável, junto de uma estrada com bastante movimento. Resta saber se as pessoas estão atentas ao que as rodeia, quando passam na estrada.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/09/2011 06:41:00 AM
Os palpites ficaram distribuídos desta forma:
Roios (1) 13%
Seixos de Manhoses (1) 13%
Trindade (5) 63%
Valtorno (1) 13%
A resposta certa era Trindade. A fotografia mostra uma vista parcial da aldeia de Macedinho, pertencente à freguesia da Trindade. Como Macedinho não é freguesia, não fazia parte das possibilidades de resposta. Havia esta dificuldade extra, que era a de saber que Macedinho pertence à freguesia da Trindade, mas já havia no blogue várias fotografias muito parecidas. Do local de onde foi tirada a fotografia têm-se uma excelente visão, quer para a aldeia, quer em direção ao concelho de Mirandela. Só é acessível a pé ou num veículo todo-o-terreno.
Para o mês seguinte escolhi a fotografia de uma imagem do Sagrado Coração de Jesus. É uma estátua, com uma dimensão bastante considerável, junto de uma estrada com bastante movimento. Resta saber se as pessoas estão atentas ao que as rodeia, quando passam na estrada.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/09/2011 06:41:00 AM
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
[À Descoberta de Vila Flor] A forja
O ruído da oficina cresce. A vila está sob uma furiosa tempestade de neve e os homens desocupados vêm meter-se na forja. Está calor, dentro das paredes de madeira. Mário deita mais uma pá de carvão e aviva o fogo com a escopeta.
- Sei fazer isto - diz, tossindo. É um velho marinheiro que estoirou os pulmões a provar que era capaz de ficar tempo imenso debaixo da água, nos poços. Vem de casa, na curva do Moutinho, até à oficina. Entra na forja e toma conta do fole. Tem setenta anos e só espera um caldo e mais qualquer coisa, à hora do almoço. Substitui Francisco, que aproveita para ir estudar. O martelo de forjar continua a dança, no fino som do cavalete. O malho entra, Eduardo sabe como há-de acompanhar o mestre. Este canta. Está ali para dirigir o trabalho e tudo corre bem. Portanto canta, durante a manhã de neve violenta. Os homens acumulam-se à porta, são agora quatro, e olham gulosos para o lugar que o velho Marinheiro ocupa. Este não dá descanso ao pau do fole, que sobe e desce com rapidez estonteante. O ferro aquece,
quando sai do fogo da forja parece ir desfazer-se.
- Mais devagar - diz o mestre -, senão, não acompanhamos o ritmo.
Marinheiro deixa descer o fole, uma massa de couro e madeira, tudo preto do pó do carvão, atrás da parede da forja e do fogo.
Mestre usa a talhadeira e os ponteiros, faz os cortes e os buracos devidos. Eduardo aprende e olha para longe, para o céu escuro e brutal, sem ver a tempestade que se abate. É apenas o desenho do sonho, o romance que se escreve lá longe, algures, num mundo de mais sofrimento e dor.
Mas os homens, cá fora, não entendem o seu olhar. Nem o adivinham. Sabem apenas que o mau tempo torna mais difícil ganharem a jeira. O dia está perdido, a somar-se a outros. Nem se atrevem a regressar a casa, ao fundo da vila, à Portela grande,
de ruas estreitas e calor nas vozes das mulheres que gritam, já não às crianças, mas ao seu desespero duradouro. É isso que Eduardo entende, finalmente, cá de longe, quando escreve cartas ao filho e volta a memorizar o passado, esse doce regresso de uma noite à porta de casa, quando as mulheres inventavam histórias para as crianças, até elas adormecerem e deixarem de ter medo do escuro.
Extrato do Livro Mulher desaparecida a Sul, da autoria de Modesto Navarro. Este romance foi publicado em 2008, pela Edições Cosmos.
A fotografia da forja é em Pinhal do Norte, concelho de Carrazeda de Ansiães.
A da Travessa da Portela é na Portela, em Vila Flor.
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Publicada por Anibal G. em À Descoberta de Vila Flor a 12/08/2011 07:35:00 AM
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
[A Linha é Tua] Património da Humanidade, ou Betão?
MCLT - Comunicado
Património da Humanidade, ou Betão?
Desde Junho de 2009 que o MCLT – Movimento Cívico pela Linha do Tua vinha a alertar para o perigo real de desclassificação do Douro Vinhateiro como Património da Humanidade, graças à construção da barragem do Tua. Finalmente a UNESCO veio confirmar o nosso receio, e não é com o pó de arroz de um galardoado arquitecto nacional que este problema será de todo contornado, demais a mais num edifício de 6 andares a apenas 500 metros da foz do Tua, tendo como enquadramento uma parede de betão de 100 metros de altura. Apenas lamentamos que a voz da UNESCO tenha sido "abafada" desde Agosto pelo actual Governo, uma prática já utilizada pelo anterior Governo no dossiê Tua.
A questão é agora incontornável: ou o Governo opta por deixar prosseguir uma barragem de Sócrates, cujos argumentos falaciosos para a sua construção foram todos rebatidos um a um por mais do que uma vez, ou opta por salvar a classificação do Douro Vinhateiro como Património da Humanidade, naquela que é a 3ª região turística mais importante do país.
Para além do silêncio do Governo sobre o arrasador relatório da UNESCO, registamos as infelizes bacoradas da Ministra Assunção Cristas, segundo a qual o paredão desta barragem já estaria construído, e que seria impossível agora parar com a construção da mesma por causa do encaixe financeiro do pagamento da EDP pela sua concessão, sendo que o seu impacte em área classificada nem seria muito grande. Na verdade, não existe paredão, é preferível parar com esta loucura já! E, como finalmente ficou a descoberto, a barragem do Tua, se construída, VAI levar à desclassificação do Douro Vinhateiro como Património da Humanidade, por muito que Francisco José Viegas diga o contrário. Aliás, contra aquilo que o Secretário de Estado disse, relembre-se o vergonhoso arquivamento do pedido de classificação da Linha do Tua como Património Nacional, para ver se a Cultura foi ou não ouvida sobre este assunto, sob os auspícios da nada saudosa Ministra Gabriela Canavilhas.
Já uma representante da UNESCO em Portugal, Clara Bertrand Cabral, a 21 de Novembro, dizia num tom de estupefacção "Nunca ouvi de que o Douro pudesse ser desclassificado, não sei de onde vem essa ideia porque aqui não temos qualquer informação sobre isso", e ainda que "E nunca se falou sequer que o Douro pudesse ir para essa lista. Portanto não sei de onde vem essa ideia". Todos sabemos agora de onde veio a ideia: da própria UNESCO.
É mais que lamentável, é criminosa, a forma como este Governo está a conduzir este assunto, num lavar de mãos abjecto e alarmantemente danoso para o país. Esta é a sua última oportunidade para, em consciência ou por obrigação, anular esta odiosa Parceria Público Privada, plena de destruição de riqueza e de valores económico-sociais e vazia de argumentos para a sua construção; não o fazendo, Passos Coelho junta a sua assinatura à de José Sócrates e Francisco José Viegas na destruição de Trás-os-Montes e Alto Douro, terra natal destas três personalidades.
Em anexo junta-se um mapa extraído do EIA (ano 2008), onde inequivocamente está representado o contorno da área classificada e os elementos da barragem.
Mapa constante no Estudo de Impacta Ambiental da Barragem do Tua
Pelo MCLT
Mirandela, 7 de Novembro de 2011
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Publicada por Anibal G. em A Linha é Tua a 12/07/2011 08:14:00 PM
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Linha do Tua
[A Linha é Tua] O que diz a comunicação social - Dez2011
- 07.12.2011 - Expresso - UNESCO pode desclassificar Douro
- 07.12.2011 - Económico - Barragem do Tua põe em risco Património Mundial no Douro
- 07.12.2011 - Público - Até Novembro UNESCO não tinha recebido resposta do Governo, diz PEV
- 07.12.2011 - Público - EDP reformula projecto e promete "o melhor enquadramento ambiental" para barragem
- 07.12.2011 - Público - Barragem do Tua põe em risco Património Mundial no Douro
- 07.12.2011 - Público - Quercus questiona o que é mais importante: barragem do Tua ou classificação do Douro
- 07.12.2011 - RTP - Barragem de Foz Tua tem "impacto irreversível" no Alto Douro Vinhateiro
- 07.12.2011 - O Mirante - CLAC organiza expedição pedestre ao Vale do Tua
- 06.12.2011 - TVI24 - Tua: ambientalistas contra construção da barragem
- 02.12.2011 - Correio da Manhã - Protesto pela linha do Corgo
- 01.12.2011 - Noticias de Vila Real - Movimento Cívico pelas linhas do Corgo e Tua organiza novo protesto
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Publicada por Anibal G. em A Linha é Tua a 12/07/2011 07:19:00 PM
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