De todas os pontos já visitados este foi o único que o foi pela primeira vez, por isso teve um significado especial, porque se tratou de percorrer algum terreno do concelho pela primeira vez. Sabia da existência do marco geodésico por mapas, mas nunca o tinha visto. Quando parei no Nabo para me informar do melhor caminho a seguir, as pessoas que encontrei desconheciam a a existência, mas como se trata de uma área cultivada, com vinha, amendoeiras e oliveiras, foi relativamente fácil encontrá-lo.
O percurso foi feito de bicicleta, com saída de Vila Flor; passagem pela fonte do Olmo; passando pela Portela e pelo Cabeço do Cavalo. Desconheço a razão do lugar ter este nome, sei apenas que é um dos melhores miradouros para o Nabo. O declive é tão acentuado que é mesmo perigoso descer na bicicleta, até porque a que eu uso não é grande máquina e os travões não oferecem muita confiança. Não posso é negar que. mesmo usando poucas vezes as duas rodas, sinto uma grande emoção sempre que isso acontece. É mesmo um prazer (principalmente nas descidas).
Entrei no Nabo pela rua da Mãe de Água. O movimento na aldeia era pouco e só na Nossa Senhora do Carrasco encontrei alguém com quem falar. Ultimavam-se alguns arranjos para a inauguração do largo, depois de uma profunda remodelação. Confesso que está muito airoso e bonito, mas não pude deixar de fazer alguns reparos por terem dizimado a roseira de rosas vermelhas do cabido e alguns pequenos canteiros. Estou curioso por voltar lá, para verificar como ficou depois das obras terminadas.
Uma das pessoas que encontrei conhecia o marco geodésico. Deu-me alguma orientação e lá parti eu em direção à capela de Santa Cruz, já minha conhecida, apara depois atingir o marco geodésico.
Há muitos caminhos, talvez demasiados, e a falta de pontos de referência causa alguma desorientação. O cansaço também já se fazia notar. apesar do verão ainda estar no início, na Vilariça os caminhos são muito poeirentos e o calor muito intenso.
Por fim descobri o marco geodésico. Está no vale, por isso não tem a imponência nem os horizontes largos de outros já visitados, mas a paisagem não deixa de ser admirável. Deve ser o que está situado a menor altitude em todo o concelho, mas perece-me que também é o que está mais preservado.
Tirei algumas fotografias e preparei-me para voltar a casa. Apesar de estar planeado fazê-lo por estrada, sei como custa fazer aquele percurso. O declive não é muito acentuado, mas há muitas curvas e contracurvas e Vila Flor parece estar sempre muito distante! As reservas de água estavam quase esgotadas e foi penoso voltar a Vila Flor. Foi necessário ir buscar forças onde elas já não existiam, mas não foi a primeira vez, conheço bem a sensação.
Foram mais de 20 km por terrenos com grande declive, que proporcionaram momentos de muita emoção, com paisagens belíssimas que tentei registar em fotografia.
Está prestes a terminar a volta por todos os marcos geodésicos do concelho. Pelas minhas contas falta um em Assares e pretendo voltar ao Faro, em Vilarinho das Azenhas, não sei se haverá mais algum. No final publicarei uma lista com todos os marcos geodésicos visitados.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 10/18/2013 01:26:00 AM
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