terça-feira, 8 de abril de 2014

[À Descoberta de Vila Flor] e de repente é noite (XVI)

Acenas-me de longe,
de caminhos onde ressoa já a eternidade.
Queres avisar-me da morte próxima,
sebes de amoras embargando-te a voz.
Mas vens ao meu encontro.
Corres através do ar iluminado de um dia
que nenhum calendário registou.
Ocultas a notícia.
Nos braços todo o fogo da manhã.
Abres as mãos. Sorris.
E vens dizer-me que não queima.


Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
Fotografia: Pôr do sol - Arco/Vale da Vilariça.


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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 4/08/2014 08:52:00 da tarde

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