sábado, 19 de abril de 2014

[À Descoberta de Vila Flor] e de repente é noite (XVIII)

Saber como são breves
as manhãs sem sombras.
Ir do latejo da luz
ao ondear da seara
desenhando cotovias
com o ritmo dos ventos.
Dar uma cor a este canto
de distraída cigarra:
talvez um Junho de cerejas
a escalar o branco do linho.
E um divino poder nos conceda
que aprendamos a arte do sol.

Poema de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.



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Publicada por Blogger às À Descoberta de Vila Flor a 4/19/2014 09:25:00 da tarde

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