Outono vai-se embora
Ficam, as folhas caídas
Sempre que chega a hora
Ficam as árvores despidas.
Vêm os dias escuros,
Chuvosos,de nevoeiro.
Vem o Inverno a seguir
Até acabar o Fevereiro.
Mas é também no Outono
O dia de São Martinho.
Bom é o convite de dono
Para provar o seu vinho.
E de fizer a marmelada.
Outono tem suas manhas
Para não ficar sem nada.
Tem dia de todos os Santos
Tem o dia dos Finados.
Recordam-se todos os prantos
Do ente querido lembrado.
É o tempo das sementeiras
Começam a cair orvalhos
Acendem-se já as lareiras,
Agradecem-se os agasalhos.
No Outono fazem-se as vindimas
Levam as uvas para o lagar.
Já não se ouvem concertinas
Nem os homens a pisar.
Outono é melindroso,
Não faz frio nem calor.
E. por vezes é chuvoso
E bom tempo para o pastor.
Secam os meloais,
Secas ficam as fontes.
Caçadores já são demais
A caminhar pelos montes.
Nozes, castanhas e avelãs
São frutos secos de Outono;
Diospiros, marmelos e romãs
Dão rendimento ao dono.
Poema do livro "Versos da Minha Terra", da autoria de José Manuel Remondes, editado em 2004 pela Câmara Municipal de Torre de Moncorvo.
Fotografias: 1- vinhas em Cabanas de Cima;
2 - Folhas de árvore junto à antiga estação do caminho de ferro de Torre de Moncorvo.
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Publicada por Blogger às À Descoberta de Torre de Moncorvo a 9/28/2013 03:29:00 PM
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