Fui sozinho, e já parti tarde, a escolha do local também se prendeu com estes dois fatores. O relevo para ir ao Gavião e voltar, não é muito acidentado e pode ser feito por caminhos e estradas, sem dificuldades de orientação e mais rápido. Claro que isto é na teoria.
O percurso de Vila Flor à barragem do Peneireiro foi feito pelo caminho habitual, partindo da Quinta da Pereira. É pena que aqui tenham destruído o caminho e nem sequer tenham deixado uma pequena berma para peões. Devem pensar que já ninguém anda a pé!
Os caminhos têm muito pó, e não são agradáveis. Aliado ao calor, fazem com que esta seja a pior altura para se fazerem passeios pedestres no concelho.
Quinta de São Domingos, às portas de Vila Flor |
Na piscina municipal já havia muitas pessoas em banhos, principalmente de sol, porque no fresco da manhã muitos têm medo da água.
Campo de trigo, junto ao IC5 |
Até Seixo de Manhoses segui pela estrada. É curioso verificar que nesta aldeia se continua a construir, bonitas vivendas, por sinal, amostra de que algumas terras poderão ainda ter futuro.
Albufeira do Peneireiro. Quase vazia mas ainda com alguma utilidade. |
Depois de se percorrerem exatamente 500 metros do caminho é necessário abandoná-lo, e seguir por outro à direita. Andando não mais de 30 metros é necessário seguir à direita pela borda do terreno. Desde o caminho do Gavião até ao Marco Geodésico são 260 metros. O marco não é muito (nada) visível, mas basta procurar o local mais elevado, não há outro em volta. A sul do marco há alguns pinheiros altos e um armazém rural, que foi reconstruido recentemente e que chama à atenção. Pode ajudar na orientação, caso não se descubra o marco. Há também nas imediações em medronheiro, de maior porte do que o normal, muito bonito.
Localização do Marco Geodésico partindo de Seixo de Manhoses |
Vista do vale da Vilariça e barragem Nabo/Ribeiro Grande |
Depois de visto talefe e a paisagem, é preferível regressar ao caminho pelo mesmo percurso.
A minha primeira ida ao local, em 2007 |
Há muito mato à volta do marco geodésico |
Do centro do Gavião cruzam-se 4 caminhos, o que segue para norte vai dar ao Arco. É um caminho muito agradável, com umas vistas fantásticas já percorrido por mim por diversas vezes. Não encontrei os medronheiros que normalmente por aqui abundam, mas há várias amoreiras com frutos maduros.
A entrada no Arco poderia ser um lugar paradisíaco, com o sussurrar da água no ribeiro, rodeado de hortas com as mais variadas hortaliças, decoradas com cérceas e gladíolos, se não fosse o cheiro nauseabundo que se sente já à distância. É dos esgotos, que frequentemente transbordam para o ribeiro.
Vista parcial da aldeia abandonada de Gavião |
Já passava da uma da tarde e o calor era intenso. Ainda tinha agendada uma passagem pela Fonte do Olmo, mas segui pela estrada em direção à vila.
Mais do que os 14 km percorridos, ou mesmo as fotografias tiradas, o mais saboroso foi mesmo a tranquilidade que se vive pela área percorrida. Com poucas vias de comunicação e com o chegar do verão, o movimento nos campos é mínimo. Parece que até os pássaros respeitam o silêncio dos lugares!
Amoreira com amoras. Seriam para a cultura do bicho da seda no Gavião? |
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Publicada por Blogger em À Descoberta de Vila Flor a 7/21/2012 05:17:00 PM
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