terça-feira, 17 de julho de 2012

[À Descoberta de Vila Flor] e de repente é noite (XLVI)

Que realidade procuram surpreender
os cautelosos geólogos ao fotografarem
as paisagens
amputando-lhes quiméricas dimensões?
É agitando luzeiros nas escarpas da utopia
que as redes se enchem com o fascínio das sereias.
E há manhãs de natal sem dezembros dentro
que transfiguram em estames de bruma
um revérbero de sol
e transformam as nossas saudades
em dolorosas estátuas de gelo.

Poemas de João de Sá, do livro "E de repente é noite", 2008.
Fotografia: Rio Tua, em Ribeirinha, Vilas Boas.   

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Publicada por Blogger em À Descoberta de Vila Flor a 7/17/2012 06:30:00 AM

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